terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O xadrez político

A mudança no secretariado que se concretiza neste dia 18 (quinta-feira, depois de amanhã) mostra, de forma cristalina, que o governo se prepara para um 2009 essencialmente político.

O eleitor até pode pensar que se trata de uma precipitação, já que as eleições serão só em 2010. Mas na verdade será em 2009 que as convenções partidárias começarão a definir as chapas e a abrir (ou fechar) espaços para aqueles que, no ano seguinte, aparecerão nas listas de votação. Ou ficarão de lado.

Assim, o movimento mais importante e definidor é a substituição do secretário da Fazenda Sérgio Alves (na foto), um técnico, por um político, o atual secretário da Administração, Antônio Gavazzoni.

A rigor, não tem muita lógica o sujeito deixar a Fazenda para assumir a direção de uma estatal. Desceu na hierarquia. Fez um “downsize” na escala de poder. A única justificativa é o pedido, do amigo LHS, para que abra espaço para as necessárias acomodações políticas.

Acomodações que já começam pelo fato, igualmente relevante, de entregar ao DEM a secretaria da Fazenda. É a primeira vez, na gestão LHS, que esta pasta sai da “cota pessoal” do governador e é franqueada a um partido político.

A agitação entre os comissionados da Fazenda já está grande e ficará ainda mais nervosa, com a posse do novo secretário. Naturalmente, tratará de adaptar a casa não só a seu estilo, mas também às necessidades políticas de seu partido.

Na Celesc, o presidente do PMDB deixa a direção executiva e passa para a presidência da holding. Fica com mais tempo para a campanha.

Outra mudança que chama a atenção justamente por não mudar nada, é a da secretaria da Administração, que estava com o DEM (Gavazzoni) e com o DEM ficou. Agora com o ex-prefeito de Grão Pará, José Nei Alberton Ascari, Chefe de Gabinete e braço direito do atual presidente da Alesc, Júlio Garcia.

E o que mais? Ah, o Dado Cherem reassume a Saúde e o Mauro Mariani a Infraestrutura. Ao deputado Peninha, como prêmio de consolação por ter sido preterido na disputa pela presidência da Assembléia, foi oferecida a secretaria de Articulação Estadual (do Ivo Carminatti). Pra valorizar o passe, o Peninha disse que ia “consultar as bases” e responder depois.

[Foto: Ênio “Parker 51” Novaes/SECOM]

6 comentários:

Anônimo disse...

Isso alguém acha que é fortalecer o PMDB. É fortalecer o LHS no senado porque sabe ele que o PMDB não tem mais. Tomara que o Julio seja Governador mesmo, ele não é cão raivoso. Se pedir ao LHS ele tem convicção que fortalece o PMDB, ele faz isso porque o partido ficará ssem opção. Comerá na mão de qualquer outro porque está sem força para lutar PERDENDO TODOS OS ESPAÇOS. Que pena, pois tem gente boa no PMDB que não merece tanto enfraquecimento. O xadrez está meio ....meio...O peninha estão chamando de sem expressão...VAI DAR O TROCO?

Anônimo disse...

O Peninha devia se articular com o PT, o PP, o PMDB e enfrentar o DEMO e o PSDB, esses dois que estão engolindo o PMDB, como salvaçao do partido. O PMDB é maior que o Luiz XV, maior que o Pinho Moreira. Peninha, não te entrega. Nunca os deputados foram tão capachos do executivo. Onde está a autonomia? Por que o governador tem que impor a vocês, deputados, o presidente e vice presidente da Assembléia Legislativa?

Anônimo disse...

César, então estão fritando o Sérgio Alves? Se eu fosse esse empresário, que dizem ser, lá de Joinville, pegaria minha bagagem e me mandava de volta. Trocar a poderosa Secretaria da Fazenda por uma diretoria merreca, por favor, isto é pior que um chute no saco..

Anônimo disse...

Cesar,

O Gavazzoni é da conta pessoal do Governador. Ele é mais ligado ao LHS que ao DEM.

Anônimo disse...

O anônimo das 3:35 deve estar com o copo de vinho sobre a mesa, só pode! De onde tirou a idéia de que o Gavazzoni "é mais ligado ao LHS que ao DEM". Se não fosse soldado fiel do DEM não estava lá. E tem mais, se não obedecer ao DEM, na Fazenda, será substituído. Ou alguém é ingênuo a ponto de pensar que o Gavazzoni vai ter alguma autonomia com a chave do cofre na mão? Só falta o anônimo-Poliana pensar que os cargos comissionados da Fazenda vão ficar como estão. Desde quando o DEM "ganha mas não leva"?

Anônimo disse...

Lamentável toda esta costura pobre e ineficaz,com intuito falido em alongar uma carreira final, deflagrada com todas as arestas nestes últimos anos. Idiotas os que se prestam neste projeto falido.
Pobres pecadores. Deus tenha compaixão, na última hora.