terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fora do ar

Tive alguns problemas técnicos durante o dia e não pude atualizar o blog como gostaria. Mas fiquem tranqüilos, porque continua tudo na mesma.

Ah, tem a história do governador preso... nos Estados Unidos.

Aqui, pra variar, o PMDB está chateado com o LHS.

Ou seja, novidade mesmo, nenhuma. Até breve.

6 comentários:

Anônimo disse...

Só o TSE que publicou as DECISÕES Nº 553/2008.
ACÓRDÃOS
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA Nº 703 – CLASSE 21ª – FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA.
É o moribundo andando. Bem devagar. Ou seria de vagar?

Anônimo disse...

Problemas técnicos?
Humm...tá parecendo aquelas desculpas da Casan.
Tio Cesar, tio Cesar, eu tô só te espiando!
Sai dessa e abre uma Oxota, ou entrasse nesta por causa de mais de uma oxota?

Anônimo disse...

Prezado Cesar, segue um texto importante, sobre a tragédia em nosso estado, escrito pela ex ministra Marina Silva.
Abs
Carlos X

A DOR QUE NUNCA PASSA

Nos anos 1970, quando abriam a BR-364 no Acre, ela cortou ao meio o Seringal Bagaço, onde eu morava com minha família. À derrubada da mata seguiu-se uma epidemia violenta e incontrolável de sarampo e malária. Era gente doente ou morrendo em quase todas as casas. Perdi um primo e meu tio Pedro Ney, que foi uma das pessoas mais importantes da minha infância. Morreu minha irmã de quase dois anos e, quinze dias depois, outra irmã, de seis meses. Seis meses depois, morreu minha mãe. Tudo era avassalador, assustador. Uma dor enorme, extrema, que nunca passou. Para sair disso,
tivemos que reconstruir, praticamente, o sentido inteiro do mundo. Aceitar o inaceitável, mas carregá-lo para sempre dentro de si. Ir em frente, enfrentar a dureza do cotidiano, sobreviver, cuidar dos outros. Viver, enfim, e dar muito valor à vida e às pessoas.
Em 1985, numa das maiores enchentes do rio Acre em Rio Branco, eu morava no bairro Cidade Nova, na periferia da cidade, numa pequena casa de onde tivemos que sair às pressas, levando o que foi possível numa canoa. O resto foi levado pelas águas, inclusive o único retrato que tínhamos de minha mãe.
Penso agora nisso tudo e acho que consigo entender o que sentem os catarinenses, mas ainda estou longe de alcançar o significado estarrecedor de uma perda tão total e instantânea como a que sofreram. Na escuridão, o morro descendo, destruindo tudo, a busca desesperada pelos filhos, a impotência. E, depois, descobrir-se só em meio ao caos: acabou a casa, foram-se as pessoas amadas, o lugar no mundo. Não há mais nada, só a vida física e a força do espírito.
Meus filhos andam pela casa com todo vigor, com toda a beleza da juventude,
e sequer consigo imaginar o que seria, de uma hora para outra, vê-los engolidos pela terra, debaixo de toneladas de escombros ou mutilados para o resto da vida. É algo terrível demais até no plano da imaginação. Fere a própria alma tão fundo que chega a ser impossível entender plenamente a profunda tristeza de quem enfrenta essa realidade.
Na Londres de 1624, os sinos da catedral de São Paulo, onde o poeta John Donne era o Deão, tocavam quase ininterruptamente anunciando as milhares de mortes causadas pela peste. Atingido por grave enfermidade (que chegou a ser confundida com a peste) Donne escreveu então um de seus textos mais conhecidos, a Meditação XVII: "Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de teus amigos ou mesmo tua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca
mandes indagar por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti."
Hoje, no mundo, os sinos dobram por todos nós e para nos acordar. Grandes
desastres podem virar acontecimentos corriqueiros. Não se pode afirmar peremptoriamente que a tragédia de Santa Catarina deriva, em linha direta, das mudanças climáticas identificadas no relatório do IPCC, o Painel Internacional de Mudanças Climáticas da ONU. Mas em tudo se assemelha às previsões de possíveis impactos da mudança no clima do sul do Brasil, até o final do século 21.
A natureza, numa pedagogia sinistra, parece exemplificar o que significam
esses fenômenos extremos que, em várias regiões do planeta, tenderão a provocar períodos de seca muito mais severos e outros com precipitações intensas.
As ações de mitigação necessárias e as adaptações para enfrentar esses efeitos e reduzir nossa vulnerabilidade diante deles ainda são precárias e estão atrasadas. Os países ricos, detentores de recursos, conhecimento e tecnologia, já avançam em medidas para se proteger. As piores conseqüências deverão recair sobre os países pobres e os em desenvolvimento. A urgência é auto-explicável. Não é um cientista quem o diz e nem um livro. É a natureza, cujos avisos e alertas têm sido insanamente ignorados.
O Brasil, que lançou o seu Plano Nacional de Mudanças Climáticas, não tem como deixar de fazer a sua parte, mesmo sem os meios disponíveis nos países ricos. O acontecido em Santa Catarina é um sintoma e deve ser seguido de um esforço de grandes proporções, de início imediato, para tentar evitar que se repita.
É preciso que cada um de nós, autoridades públicas, empresas e cidadãos,
pensemos nos mortos, nas famílias inteiras soterradas, nas vidas destroçadas debaixo do barro, antes de sermos tolerantes com ocupação em encostas, com destruição de matas ciliares, com o adensamento de áreas de risco, com mudanças de conveniência nas legislações. Não há mais espaço para empurrar os problemas ambientais com a barriga, como tentam fazer alguns, e deixar para "o próximo" o ônus de medidas ditas antipáticas. A omissão que ceifa vidas humanas tem que acabar, mesmo à custa de
incompreensões.
Nos tempos atuais, há mais um componente na agenda ética: não se deixar corromper diante das pressões para ignorar a proteção ambiental e as medidas de precaução exigidas pela intensificação dos fenômenos naturais. Quem detém algum tipo de representação pública deve se convencer de que é preciso mudar profunda, rápida e estruturalmente os usos e costumes, de modo a preparar o País para um futuro de sérios desafios ambientais. Cada vez mais, não é só uma questão de errar, corrigir o erro e aprender com ele. Agora a palavra de ordem é prevenir o erro, para que não se repitam os olhares perdidos, os rostos esvaziados, o choro inconsolável, a desesperança e as mortes que vimos nesses últimos dias em Santa Catarina.

Marina Silva

Quarta, 3 de dezembro de 2008, 08h30

Marina Silva é professora secundária de História, senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente.

Cesar Valente disse...

Epaminondas, se desse pra resolver abrindo uma Oxota, seria uma maravilha. É que estou preparando algumas mudanças no blog pra janeiro e, pra variar, me atrapalhei com a rebimboca da parafuseta. Mas já está tudo voltando ao normal. Como, aliás, diria a Casan: a volta da pressão será gradativa e hoje à noite, mais tardar amanhã, as regiões baixas já terão água.

Anônimo disse...

Tio César , que papo é esse de problemas técnicos? Acho que és um baita dum invejoso. Só por que o Tijoladas mudou, ficou bunitinho , tu vem com esse papo. Te liga.
Meu blog é filho bastardo do teu , mas já caminha com vida própria.
Falando nisso temos que conversar sobre a ABA . Associação dos Blogueiros autônomos, que é pra de mode se organizar com relação a publicidade, tás compreendendo.
A ABA vai ser bem curtinha uns 10 blogueiros no máximo.

Anônimo disse...

tio tô esperando o teu comentário.
Um abraço . De teu admirador.
Mosquito