sábado, 29 de março de 2008

OS VELHOS JORNALISTAS SE DIVERTEM

O lançamento do livro (de memórias?) “Da Olivetti à Internet”, na quinta à noite na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, reuniu um grupo grande de jornalistas da, como direi, “velha guarda”. A maioria trabalhou no jornal O Estado, em diferentes períodos e muitos foram companheiros de redação.

E o clima estava tão bom, que se alguém tivesse convidado todos para sair dali direto para uma redação de jornal, topariam na hora. Aposto que fariam a gurizada comer poeira. Como nos velhos tempos.

Elaine Borges, repórter e fotógrafa, no momento em que me fotografava fotografando. Metalinguagem, saca?

Raul Caldas Fº, cronista, Laudelino Sardá, repórter, editor e Jair Hamms, estavam matando a saudade (foto mais acima), quando o chato do fotógrafo chegou e desmanchou o abraço, pra fazer a foto posada.

Saulo Silva, publicitário, mostra o dedo para o cronista/publicitário Jair Hamms. Diomário Queiroz só observa.

Ademir Arnon, da ACI, Sérgio Lopes, repórter de política, Raul Caldas e o insuperável Orestes Araújo, fotógrafo.

Os Sérgios (Sérgio Lopes e Sérgio da Costa Ramos, com a esposa) riam, contando boas histórias. Aí eu cheguei e eles se aprumaram pra foto.

Depois do “evento” social na livraria, os grupos foram tratar da vida. Acima, Flávio Sturdze, repórter, editor, Mário Medaglia, repórter, editor (hoje é comentarista de esportes do DIARINHO) e Saint-Clair Monteiro, repórter e editor, foram rememorar a consagrada prática de conversa de botequim. Um clássico das antigas redações, onde as experiências eram compartilhadas e os conhecimentos acumulados, à medida em que as garrafas iam esvaziando. Saint-Clair, no momento da foto, estava pensativo, tentando decidir se atacava o pastel ou a tábua de frios.

sexta-feira, 28 de março de 2008

INSEPARÁVEIS

Aviso aos mais distraídos: a foto acima, no centro do coração, é apenas uma ilusão. Um sonho, talvez. Os dois presidentes apenas se abraçaram apertado, comemorando tantas coisas que têm em comum e o fato de estarem juntos mais uma vez. Não iam se beijar na boca nem se beijaram. É só o ângulo da foto que dá essa impressão de sensual intimidade entre bons amigos.

[Para imprimir a foto e poder colocar numa moldura, basta clicar sobre ela para abrir uma ampliação e depois gravar ou fazer o que seu coração mandar. Boa sorte.]

EMERGÊNCIA

Florianópolis varre pra debaixo do tapete a situação crítica de seus hospitais e serviços de urgências médicas. Quando e onde existem, estão lotados. Ou sem servidores.

Há, aqui e ali, ações que alertam para este problema. Mas nada de muito importante tem sido feito. Mais ou menos como o caso das cadeias e penitenciárias, que é uma bomba que pode explodir a qualquer momento. Todo mundo sabe, todo mundo viu, mas ninguém acha prioritário mexer nisso agora.

Quando soube da morte do Zeca D’Acâmpora (na ambulância, de infarto), fiquei com a pulga atrás da orelha. Teria sido atendido a tempo? A carta de uma amiga da família, publicada no blog do Cacau, levantou suspeitas graves sobre a falta de uma resposta rápida. E, nesses casos, o tempo é tudo.

Já virou piada a história da crônica falta de ortopedistas nas emergências. Nem sei se agora a situação é diferente de alguns anos atrás. Mas todos os dias a gente ouve relatos assustadores de novas deficiências. De vez em quando a TV mostra as cenas degradantes de gente depositada em corredores, esperando em macas. E falta gente, falta equipamento, falta vaga.

De vez em quando o governo nos informa que construirá mais um mega-hiper-ginásio/centro de convenções. Mas e o super-mega-hiper hospital de pronto-socorro que Florianópolis necessita desde a década de 80?

OUTRA OBRA MEZZA BOCA

Quando terminaram aquele elevado do Itacorubi, com o inacreditável funil (duas pistas sobre o viaduto se transformam em uma, na saída), a gente deveria ter feito bastante barulho. Pra que a prefeitura do seu Darío pensasse duas vezes antes de fazer coisa parecida.

Mas agora é tarde. Segundo informam os correspondentes desta coluna no Continente, o viaduto de Campinas, inaugurado às vésperas da Páscoa, também tem lá seus gargalos. Desta vez nas alças inferiores.

Ora, pelo tempo que demorou, era pros engenheiros da prefeitura terem ajeitado a coisa, pra evitar novos constrangimentos. Mas não tem jeito. Acho que eles não viram o problema. Ou então pensam: “se o Darío, que é o Darío, achou lindo, quem sou eu pra colocar água no chope do rapaz”. E dá-lhe discurso, mãos pra cima, fotos sorridentes e muito pedido de voto.

DIGA LÁ, LEITOR!

“César,
passei na quarta-feira pelo viaduto de Capoeiras. Os ônibus parados no ponto perto do ginásio Capoeirão trancam a passagem de quem vem da Ivo Silveira em direção à Via Expressa. Mais os carros que tentam entrar pela via lateral, e está formado o caos. Se ao menos fizessem um recuo para os ônibus, talvez melhorasse. Mas aí, é claro, teria que convencer os motoristas de ônibus a entrar no recuo e não parar na avenida, como muitos fazem em toda a cidade.

Marcelo Santos”

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“Acontece, amigo, que o órgão de planejamento da prefeitura fez um projeto para aquele cruzamento da Ivo Silveira, sem viaduto, e os irmãos Berger queriam porque queriam um viaduto lá, então contrataram o projeto com quem projetou aquele outro viaduto enjambrado que tem na SC-401 no acesso ao bairro João Paulo.

Deu no que deu, uma obra cara que põe em risco os motoristas que passam embaixo (não tem visão de quem vem da direita), de quem passa por cima (encontra o tráfego que quer entrar na Ivo Silveira) e, o que é pior, além de não resolver o engarrafamento, não dá chance para o pedestre atravessar em nenhum dos sentidos!

No viaduto do Itacorubi, além do funil, eles alteraram o projeto e acabaram impedindo a solução para o tráfego que vem do norte da Ilha em direção à Lagoa.

Tripla medalha de ouro para os irmãos Berger e para o projetista desses viadutos, na categoria ignorância de trânsito !”

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“Sem falar no valor da obra. Pela demora e custo era pra sair perfeito, não? Mas Cesar, desde quando os elevados aqui saem bem feitos? O que dá acesso as ponte cada dia com mais remendo, o do CIC tem uma curva fenomenal e assim vai indo... Não acho que se resume a gestão do Dário.”

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“O viaduto de Capoeiras é uma vergonha. E não é só quem passa por lá às 18h, irritado com o engarrafamento que continua igual, que sente isso. Lembro que o Henrique Ungaretti, quando tinha uma coluna no ANCapital, já tinha advertido sobre este erro de projeto. Faz tempo. E o que aconteceu?”

O PODEROSO JUQUINHA

Entre os servidores públicos municipais está se formando uma convicção: o prefeito Darío só ouve o Juquinha (presidente da Comcap e parceirinho desde tempos imemoriais).

Nesta greve ficou claro o papel que o Juquinha desempenha. Primeiro, o Alemão (que é outro dos apelidos do prefeito Darío) negou tudo. Brabo, disse que não tinha conversa. E criou o estresse nos servidores, que se prepararam pro confronto.

Quando a bagunça tava armada, o Juquinha, que segundo os próprios servidores tem mais jogo de cintura, chamou o Darío num canto e explicou pra ele os fatos da vida. Aí o prefeito começou a falar que ia ver, que ia estudar, que talvez desse. Coisa que poderia ter falado no primeiro momento.
Já tem servidor falando em acabar com essa intermediação e colocar de vez o Juquinha no lugar do Darío.

A TURMA DO CONTRA

Fazer oposição é sempre mais divertido que defender o governo. Além de ser útil, também, porque oxigena a democracia e mantém todos alertas. Por isso, mesmo que a gente acredite que a situação está fazendo um bom trabalho, é bom dar uma circulada pelos quintais onde se malha o pau no governo, pra ver o que está pegando no momento.

Já recomendei aqui, mas não custa requentar o prato: para tomar a temperatura da política nacional, visite o Coronel (coturnonoturno.blogspot.com). E para sentir o clima local, o Blog do Vieirão (vieirao.com.br).

“Peralá, essa gente tem compromissos partidários e ideológicos!” dirá alguém que, ingenuamente, acredita que exista no mundo quem não tenha nenhum tipo de compromisso. É lógico que eles defendem seus pontos de vista. Exatamente como faço aqui e como fazem todos os colegas em todos os veículos de comunicação.

E os leitores e espectadores usam suas inteligências para confiar em quem lhes pareça confiável. E para discernir, em tudo o que é dito, onde tem menos contrabando. O problema não é o cara defender o Amin ou o LHS, o Lula ou o FHC: é fazer isso parecendo que está em outro lado ou defendendo outra posição. Tentando enganar o leitor.

E esse não é o caso desses dois sites (e de tantos outros), que não escondem suas posições. Ao contrário.

PsicoPACta
Numa nota com esse título aí, o Coturno Noturno transcreve um alentado artigo técnico sobre o psicopata. Como coloca, para ilustrar, uma foto do Lula, entende-se que ele esteja classificando o presidente nesta categoria. Ficou curioso? Vai lá.

EXTRAORDINÁRIO
Já o Vieirão descobriu que a prefeitura da capital tem um “Secretário Extraordinário para Assuntos Extraordinários”. Parece piada, mas é assim que está grafado em documentos oficiais. Quer saber mais? Vai lá.

GENTE ATRASADA

Dia desses li uma notícia que os norte-americanos estão usando menos o automóvel. Pressionados pelo preço da gasolina, cada vez mais gente está experimentando deixar o carro em casa. Pelo menos uns 60% mudaram algum hábito automotor nos últimos tempos.

São uns caipiras. Uns atrasadões medrosos. Só agora, depois das últimas altas, o preço da gasolina deles está chegando perto da nossa. Mas ainda está mais barata que a gasolina vendida em Florianópolis.

E eles têm carros melhores e mais baratos que os nossos e ganham salários mais altos que os nossos: não tem sentido andar de ônibus. Nem de bonde, trem ou metrô. Um dia a gente ainda vai ter que ensinar a eles como se locomover nas cidades.

quinta-feira, 27 de março de 2008

NÃO ENTENDO MAIS NADA!

Mais de uma vez, nestes quase três anos em que comento política estadual, fiquei em dúvida sobre minha saúde mental. Como não parece possível que coisas tão absurdas aconteçam, fico achando que o maluco sou eu.

Pra que vocês possam me ajudar no diagnóstico, transcrevo abaixo o texto oficial, distribuído pelo governo, explicando o que foi a tal “webconferência” de Brasília. E a seguir, depois das fotos oficiais do... “evento”, compartilho com vocês o meu estupor. Minha perplexidade.
O TEXTO OFICIAL

Governador coordena webconferência em Brasília

Florianópolis (26/3/2008) - O governador Luiz Henrique coordenou nesta quarta-feira (26) a webconferência que contou com a participação de senadores e deputados catarinenses para falar com o Estado diretamente da Secretaria Executiva da Articulação Nacional, em Brasília. Ao abrir a sessão, Luiz Henrique destacou a implementação da webconferência, a partir de Brasília, como mais um passo dentro da filosofia descentralizadora. Durante o evento, destinado a garantir aos gestores públicos e servidores do Estado informação qualificada, os parlamentares fizeram uma exposição sobre os trabalhos no senado e Câmara Federal.

Ao passar a palavra ao secretário-executivo da Articulação Nacional, Geraldo Althoff, o governador reforçou o papel da Casa de Santa Catarina como espaço de apoio aos interesses do Estado em Brasília. Por sua vez, o secretário Althoff mencionou dados de pesquisa para mostrar que o Estado pode melhorar seu índice de repasse nas transferências voluntárias do governo Federal se apresentar mais projetos aos programas disponíveis.

Na ocasião, cada parlamentar fez uma breve exposição sobre suas atividades e o andamento dos projetos. O evento alcançou forte audiência e participação em toda Santa Catarina, com o envio de perguntas e comentários por e-mail.

O governador convidou todos os prefeitos para assistir a seqüência dos trabalhos em Brasília, nesta quinta-feira (27), às 13h15min, numa sessão transmitida diretamente do Ministério da Integração Nacional, com a participação do ministro Geddel Vieira.

Secretaria Especial de Articulação Nacional
CASA DE SC EM BRASÍLIASDR CAMPOS NOVOS

O governador foi a Brasília, sabemos todos, dar um atendimento pessoal ao processo que corre no TSE e onde, se condenado, poderá perder o mandato. É uma preocupação perfeitamente compreensível.

Bom, mas decerto para justificar a estadia, o LHS inventou de fazer uma surrealista “webconferência” de Brasília para Santa Catarina.

Trocando em miúdos: o governo aluga equipamentos de TV e joga, na internet, som e imagem. E obriga a turma de comissionados a assistir (como esse pessoal da SDR de Campos Novos, na foto acima).

E qual foi o asssunto urgente, que justificou essa edição extraordinária, esse esforço de reportagem? Nada. Pelo que se lê no texto do próprio governo, foi uma conversa mole perfeitamente desnecessária. “Cada parlamentar fez uma breve exposição sobre suas atividades e o andamento dos projetos”. Uau!

Vejam bem:

1. Todos aqueles parlamentares federais e secretários vêm toda semana para Santa Catarina, para não perder contato com suas bases. Por que não reuní-los no Centro Administrativo e dali fazer a tal “webconferência”?

2. Tá ali, escrito, que “Luiz Henrique destacou a implementação da webconferência, a partir de Brasília, como mais um passo dentro da filosofia descentralizadora.” Aí endoidei de vez: o próprio LHS cansou de citar Brasília como ícone da centralização do poder. Agora reunir parlamentares catarinenses em Brasília, pra falar aos catarinenses, virou coisa da descentralização?

3. E vai ter uma seqüela! Tal e qual Rambo e Duro de Matar, a coisa continua hoje, com convidados especiais. O LHS, desse jeito, vai acabar inventando a TV! “Sessão transmitida diretamente do Ministério da Integração Nacional”. Ora, ora, ora.

Parece que, definitivamente, o secretário da Comunicação, Derly de Anunciação, já está com a cabeça nas novas funções que dizem que exercerá em breve. Porque não é possível que ninguém tenha dito ao governador que não faz sentido transmitir para o estado uma reunião de catarinenses em Brasília. No máximo, grava e coloca num site, pra quem quiser assistir quando tiver tempo.

Ou ninguém contou pro governador que já existe essa modernidade? Não cabe, a não ser em programas de treinamento específicos, adequadamente preparados ou em situações de urgência, fazer tal teatro. A eficiência (se é que ainda se busca isso) é mínima.

Bom, mas enquanto LHS fazia esse showzinho brasiliense, o presidente do Ciasc anunciava licitações que vão dotar o estado de uma estrutura de telemática que não haverá igual no País, quiçá no mundo. Hum... Então seria bom alguém explicar de novo ao governador que “governo eletrônico” não é exibir-se, e aos seus, na internet.

CHAVES E QUICO

O tiranete da Venezuela esteve ontem em Pernambuco, visitando a obra de uma refinaria e aproveitou para ter um tête-a-tête com seu principal aliado continental, bem longe dos fotógrafos. Só não entendi o que fazia aquela câmera ali no chão. Ligada! Gravando a conversa secreta?

CONSULTORES ABANDONADOS

Na SDR de Itajaí tem 21 consultores educacionais que vivem uma situação esdrúxula: estão lotados na SDR, mas não pertencem ao quadro da SDR. Coisas da descentralização. E o mais engraçado é que uma das defesas do tal trem da alegria é que as leis foram feitas para regularizar as mudanças de pessoal necessárias para a descentralização.

Se isso fosse verdade, a turma de Itajaí não estaria há dois anos pastando no limbo lodoso onde os colocaram. Apesar da situação triste, eles ainda mantém o bom humor: “luz no fim do túnel, pra nós, quando aparece é trem em sentido contrário...”

SEMPRE ELA

LHS quer colocar a peemedebista Anita Pires na Fundação Catarinense de Cultura. Não conseguiu pensar em nenhuma outra mulher pro lugar da Bete Anderle. Ou faltam quadros, ou esta mulher é um fenômeno de polivalência.

Atualização da madrugada – Moacir Pereira informa no seu blog que Anita, convidada, recusou. Parece que LHS vai ter que continuar a procura.

Atualização da manhã – leitor afirma que exagerei na interpretação da nota do Moacir. Não teria sido uma recusa, apenas uma meia trava. Como por enquanto só se tem a informação publicada ali (cuja fonte, pelo que entendi, foi o Galina) e o preguiçoso aqui ainda não arranjou um tempo pra ligar pra ela, transcrevo a nota. E vocês, se quiserem, tirem suas próprias conclusões:
“A professora Anita Pires colocou algumas dificuldades para assumir a presidência da Fundação Catarinense de Cultura, quando foi sondada pelo secretário Valter Galina, em nome do governador. Alegou que preside a ONG Floripamanhã, que presta consultoria ao governo do Maranhão, que realiza o mesmo projeto de descentralização e que está na direção nacional da Associação Brasileira de Empresas de Eventos.”
Segunda atualização matutina – já o colega Prisco Paraíso (em A Notícia) não parece ter a menor dúvida e já dá o assunto por encerrado:
“Conforme o Canal Aberto antecipou ontem, a professora Anita Pires será confirmada hoje como nova diretora-geral da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A cúpula do PSDB aceitou perder essa posição para o PMDB por dois motivos. Primeiro, porque o nome de Anita não merece questionamento de nenhuma vertente partidária ou ideológica. E também porque alguns deputados tucanos se atravessaram, tentando atropelar o vice Leonel Pavan. E acabaram se dando mal!”
Isto que o Prisco fala, que “o nome de Anita não merece questionamento de nenhuma vertente partidária ou ideológica” é forte. Nem Anita Garibaldi foi (ou é) uma unanimidade.

quarta-feira, 26 de março de 2008

PRA NÃO DIZEREM QUE NÃO FALEI NA FARRA

Este ano consegui cumprir uma das promessas que fiz para meus próprios botões: não falar na farra do boi durante a quaresma. Nos anos anteriores eu já havia começado a me afastar desse assunto. Principalmente por causa da campanha cega e cheia de ódio movida por quem não conhece o problema e não tem lá muito interesse em ajudar. Só em embolar o meio campo.

Mas é um problema sério demais pra gente passar ao longe, como se não tivesse nada com isso. Terminada a quaresma, republico um texto de 24 de março de 2006, onde acho que deixo razoavelmente clara a minha visão sobre os vários aspectos da questão.

A FARRA, ESSA PRAGA
Parei de falar na Farra do Boi porque nesta época em que ela ocorre ninguém parece muito interessado em conversar sobre o assunto. Só tem, de um lado, gente histérica que quer porque quer matar-nos a todos que vivemos em Santa Catarina, sem levar em conta se somos contra ou a favor. E do outro lado, gente histérica e sangüinária que só comprova, com suas maldades, que os farristas são mesmo uns animais.

Os poucos que ainda mantém uma certa lucidez são tão poucos que quase nada podem fazer. A não ser esperar que passe a histeria, para então poder conversar sobre a melhor maneira de fazer a civilização avançar.

PEDIDO DE AJUDA
Mas tive que sair do meu silêncio porque recebi uma convocação pública. A jornalista Cora Rónai, editora do Caderno de Informática e colunista de O Globo, minha amiga e dona de um dos blogs mais visitados e respeitados do País (o InternETC), publicou ontem (25/3/2006) uma carta da Vice-Presidente Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Ana Maria Pinheiro, sobre um boizinho que estaria sendo preparado para a Farra no Santinho (na Ilha de Santa Catarina) e ao final deixou o seguinte recado:
“Cesar Valente, meu querido amigo manezinho, como se pode despertar o governador da sua (dele) letargia?! O que podemos fazer para evitar esta boçalidade medieval, este desvio de caráter, esta patologia inexplicável?!”
OSSO DURO DE ROER
Como diria o açougueiro, vamos por partes. A história de acordar o governador: posso, no máximo (e tenho feito isso de vez em quando), dar umas sacudidas por aqui. Não tenho acesso ao governo e faço questão de manter uma certa distância. Além do que, como nunca conversei com ele sobre este assunto, não sei exatamente o que ele pensa a respeito.

A questão da letargia. Enquanto os defensores dos animais acham que o governo se omite ou está paralisado durante a “estação” de Farras, eu acho que o governo se omite no resto do ano. Não acredito que nenhum problema social possa ter uma solução duradoura a partir do uso da força policial.

Até para que os policiais saibam o que fazer e como fazer quando tiverem que “invadir” uma comunidade, é preciso que durante o ano o assunto seja adequadamente discutido e sejam implementados programas de conscientização sobre a violência.

PATOLOGIA INEXPLICÁVEL

A Cora, que é famosa também por gostar e defender animais, é ainda mais conhecida por ser uma mulher inteligente e de bom senso.

Há de perceber que hábitos e tradições não são modificados a golpes de porrete. Ao contrário, em muitas localidades onde a Farra estava quase se extinguindo porque a gurizada estava preocupada com outras coisas e os mais velhos não tinham mais ânimo pra brincar, a coisa ressurgiu com redobrada violência, porque passou a ser proibida. E ficam torcendo para que a polícia (e/ou a TV) apareça: a transgressão fica completa.

Os bandidos, os doentes da cabeça (detentores da tal patologia inexplicável), que gostam de maltratar os bois (e os demais animais), deram à Farra a fama e as imagens que tornam sua defesa impossível. Estes talvez até possam ser tratados a cassetete e sob os rigores da lei.
Mas não toda a comunidade litorânea de origem açoriana.

BOÇALIDADE MEDIEVAL
Esse povo, formado na sua maioria por gente hospitaleira, generosa, simples e solidária (sim, solidária) deve ser tratado com o respeito que todos merecemos e queremos para nós mesmos. Afinal, estamos pedindo a um velho pescador, que durante 60 anos ou mais, sempre participou da brincadeira (sim, brincadeira), que deixe de achar que aquilo é normal, bom e divertido. E mais, queremos que ele diga a seus netos que eles não devem brincar.

Convencer esse pessoal que o que eles fizeram a vida toda é considerado uma “boçalidade medieval” é tarefa educativa. Difícil e delicada como foi fazê-los acreditar que o médico talvez resolvesse melhor os problemas de saúde que as benzedeiras.

Em todo o mundo há práticas atrasadas ou tradicionais que precisam ser modificadas para que a civilização avance. Não digo que se deva manter essas práticas simplesmente porque são tradicionais. Só digo que, porque são tradicionais, é mais difícil fazer com que sejam modificadas.

Essa tarefa exige mais inteligência, mais esforço, mais amor e mais dedicação do que para modificar outras práticas. E só cassetete, spray de pimenta ou alguns meses ou anos numa cadeia superlotada não são as ferramentas apropriadas para fazer a civilização avançar.

SEM BRINCADEIRA
Como tudo, em todas as áreas (basta ver o futebol e o que ocorre entre as torcidas), a Farra não pode mais ser chamada de brincadeira.

Por causa da repressão, não se consegue mais aqueles animais fortes, vistosos e valentes que pudessem dar um corridão na manezada. Acabam sobrando uns boizinhos franzinos, que cabem numa kombi (o cara do caminhão de gado cobra muito caro por causa do risco). E assim a coisa vai sendo cada vez mais deturpada e fica cada vez mais repulsiva.

Quem lê esta coluna com alguma freqüência deve lembrar que, há pouco tempo, fui vítima da corrente do ódio, aquela enxurrada de e-mails peçonhentos onde não faltou sequer ameaça de morte e anúncio da ação de “terroristas ecológicos”.

Essa gente, a meu ver, é tão nociva e perigosa quanto os idiotas que maltratam os animais. O ódio os nivela e iguala. Não tem como amar um animal e odiar todos os seres humanos. Por mais que existam seres humanos desprezíveis.

Portanto, cara Cora, para quem não faz parte da corrente do ódio e está sinceramente preocupado com a correção desse desvio, o jeito é arregaçar as mangas e trabalhar sério. Como tanta gente já vem fazendo. Na porrada não iremos a lugar nenhum.

ESSE DIARINHO...

Quando a Cora Rónai registrou no blog dela a minha resposta (essa, aí de cima), explicou para seus leitores como era o jornal onde eu escrevia. Vale republicar, porque é um elogio e tanto pra nós todos:
“Cesar Valente escreveu sobre o assunto num fenomenal jornalzinho local chamado “Diarinho – Diário do Litoral”. É um tablóide que trata assuntos graves com a maior irreverência, não tem filiação política alguma e é o que eu já vi de mais parecido com o falecido Pasquim dos anos 70*. As manchetes são o que a gente comentaria na mesa do boteco. Exemplos: “Tiroteio deixa os manezinhos cagados de medo”. A notícia, apesar da linguagem, é tratada com uma seriedade de deixar muito jornal “sério” encabulado.

Resultado: sucesso total. São tirados 10 mil exemplares que chegam às ruas às 7hs. Às 8hs estão esgotados. Já viu que se eu morasse aqui tava frita...

As colunas do Cesar, que é o titular da página 3, no less (você abre o jornal e dá de cara com ele), estão todas num blog, vejam lá: De olho na capital.

Cesar, Valente que é (taí um trocadilho que ele não deve mais agüentar ouvir, mas é tão bom que é inevitável) pegou o touro à unha – ao contrário dos covardes que se “divertem” por aqui – e abordou a questão de forma ampla e, embora muitos defensores de animais radicais possam discordar – humana.

Leiam, é talvez o que de mais equilibrado e sensato já se escreveu sobre a Farra do Boi e o papel do estado nessa história toda.”
* Levando-se em conta que ela foi casada com o Millôr Fernandes e conhecia toda a turma do Pasquim, é uma comparação feita com toda a autoridade.

terça-feira, 25 de março de 2008

ALEGRIA, ALEGRIA!

[Clique na foto para ampliar]

O CALVÁRIO RECOMEÇA!

Passada a Páscoa, com o Cristo devidamente ressuscitado, recomeça a agonia daquele moribundo que LHS disse que se arrastaria pelos escaninhos da Justiça.

Como nos filmes de terror, onde os mortos-vivos correm e fazem uma pressão danada sobre os mocinhos, o processo aquele, que deveria ficar imóvel embaixo de sete palmos de recursos, deu ontem sinal de vida.

Com a publicação do acórdão do TSE, o cadáver insepulto do abuso do poder econômico volta a feder. Como anunciado desde o primeiro momento, só o vice deverá ser ouvido. E o presidente do TSE parece disposto a manter sua previsão e concluir o julgamento do caso ainda neste semestre.

Aparentemente soprado pela defesa de LHS, circula um balão de ensaio alegando que o TSE não é o foro adequado, porque os pretensos ilícitos teriam ocorrido fora do período eleitoral.

Até aí morreu Neves. Está na inicial da ação que os atos relatados aconteceram entre novembro de 2005 e junho de 2006. Era coisa sabida. Mesmo assim, a defesa esgrimiu durante um tempo a tese de que LHS tinha se licenciado antes das eleições e que por isso não poderia ser acusado de nada.

Quem não pode ser acusado de nada e provavelmente nada terá a dizer é o atual vice, que na época era senador. É mesmo, né? O que será que o Pavan dirá? Atirará no próprio pé, no pé do LHS ou dirá o óbvio: “me incluam fora disso”? Bom, mas nunca se sabe o que poderá sair da cabeça dos advogados, que vão usar com criatividade todas as possibilidades de protelação e recurso.

O que a turma do LHS parece temer mesmo é o exame do mérito. Não custa lembrar que três ministros, quando foram se pronunciar sobre o mérito, o fizeram sem hesitação. E sem economizar no vocabulário.

Resta, portanto, fazer o possível para evitar que o julgamento reinicie. Vai que, ultrapassada a questão cabulosa e nada pacífica de permitir que o vice fale, o entendimento sobre os delitos continue o mesmo e se repitam dois, três, quatro votos pela cassação? O suspense, em todos os casos, está garantido até o quarto voto. Tanto para um lado, como para o outro.

TERRA DE NINGUÉM

O Tribunal de Contas do Estado vai construir uma nova sede, um edifício de 13 andares. Para fazer a obra com toda a liberdade, sem as dificuldades dos mortais, o TCE ganhou da prefeitura a metade da rua Eng. Newton Valente da Costa. E enfiou-lhe lá um tapume para marcar claramente o território.

Era uma rua larga, que permitia a passagem de dois carros, agora virou uma ruinha estreita. Florianópolis é mesmo uma cidade sem qualquer problema de trânsito, espaço é o que não falta. E como quem tem contas públicas tem medo, manda o bom senso que o TCE seja tratado a pão-de-ló. Então que use a metade da rua. Se precisar, pode fazer como a Assembléia Legislativa e usar a rua inteira.

Isso não mostra que a cidade não tem dono, mas o contrário: a cidade tem dono, sim. Só que com certeza não somos nós, reles contribuintes de IPTU, que ficam com os olhos cheios d'água quando cantam o Rancho do Amor à Ilha.

FALA, LEITOR!
Cesar:
Esta prática agora é praxe.

A loja que sofreu um incêndio na Felipe Schmidt, também fechou parte do calçadão.

Na escadaria da Igreja Nossa Senhora do Rosário, uma obra fechou quase metade da escadaria.

Os carrinhos de coleta de papel circulam, agora, no calçadão em qualquer horário, E quem não sair da frente fica com o hematoma.
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Você já viu aquela kombi que comercializa frutas e que fica estacionada em frente ao banco ABN (antigo Real)?

A kombi não funciona e fica permanentemente estacionada ali.

A Prefeitura chegou ao cúmulo de asfaltar a rua ao redor do veículo.
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E o elevado de Capoeiras, hein?
O blog não vai falar dessa obra improvisada?

Obra sem planejamento dá nisso!
Merece uma comparação com o elevado do CIC!
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FALA, COLEGA!
Cesar, no dia 17/03 publiquei as fotos da rua Eng. Newton Valente da Costa, do estacionamento da Assembléia Legislativa e da zona azul, na praça tancredo neves, que foi fechada pelo TJ.

Alexandre Brandão (Blog do Tupã)

[Para ver a Cidade Sitiada clique aqui]

E pra ler as coisas recentes do Blog do Tupã é só clicar aqui.

JORNALISMO CIDADÃO

Essa nova tendência mundial, nascida das facilidades da tecnologia e da conectividade da internet, tem vários nomes: jornalismo participativo, jornalismo colaborativo, nova mídia, etc.

É quando o leitor, ouvinte, espectador, abandona sua atitide passiva e resolve meter sua colher torta nesse angu. Jornais como o DIARINHO fazem isto há muito tempo: aqui o leitor fala e é ouvido. Participa ativamente, trazendo ao conhecimento da redação problemas de todo tipo.

Esta coluna, além de publicada aqui no jornal, também é publicada num blog e ali há um espaço para comentários. Uma leitora deixou ali uma convocação que resume bem esta nova atitude dos cidadãos diante da realidade e dos meios de comunicação. Ela se referia ao “trem da alegria”, aquele caso das transposições de cargos sem concurso. Vejam só:
“Leitores, este é um importante espaço de comunicação e, principalmente, registro de fatos que a maioria dos meios de comunicação de nosso estado não publicam.
Também, a coluna do Sr. Cesar é acessada por um número limitado de catarinenses, claro que em relação a população total de SC.

Portanto, proponho a todos e a cada um em especial, a partir de hoje, a pressionar - com classe, categoria, com argumentos e provas - a todos os meios de comunicação que tem acesso - mas precisamos chegar aos telejornais.

Outra providência é encaminhar denúncias, mas bem fudamentadas, ao MP/SC.

Também precisamos nos valer deste blog para nos organizar. Precisamos de orientação de como proceder para mover uma ação civil pública. Solicito, principalmente o pessoal da capital que teoricamente tem mais acesso, por favor, procurem pessoalmente os deputados estaduais da oposição, levem provas, tenho certeza que eles não sabem o “vulto” que tomaram as leis que eles aprovaram, cobrem medidas.

Eu, pessoalmente, já encaminhei no final do ano passado representação junto ao MP/SC (Centro de Controle a moralidade pública e Centro de Controle a constitucionalidade) Acessem o site do Ministério Público: lá está o nome e endereço de todos os responsáveis pelos diferentes centros de controle, enviem denúncias, solicitem resposta, mas atenção, somente o que tenham provas, e com “linguajar” apropriado, não deixem margem para o descrédito ou para complicações futuras. Provas não faltam, basta pesquisar as centenas de portarias publicadas a partir de maio/06 no Diário Oficial/SC.

Em resumo pessoal, proponho que façamos um mutirão ‘POR TODA SANTA CATARINA’ de denúncia da dimensão que o trem da alegria tomou. Vamos levar ao conhecimento da população de Santa Catarina o que foi feito e paralelo a isto cobrar do judiciário as medidas cabíveis. Somente assim acredito que poderemos ter alguma chance de que medidas efetivas sejam tomadas, e precisa ser logo, sabemos da cultura que impera, logo tudo isto pode cair no mais profundo esquecimento. Somente com ações encadeadas poderemos pressionar. Pensem a quem recorrer, em cada canto do estado. Boa sorte para todos nós.”
Não é interessante? Nada de esperar sentado que as coisas caiam do céu. Vão à luta, como naquela antiga canção da velha esquerda, “caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao andar”.

PARABÉNS, CHICO!

Meu amigo Chico Amante foi um dos homenageados ontem, pela Câmara de Vereadores da capital, com a Medalha do Mérito de Florianópolis. A entrega foi na sessão solene comemorativa aos 282 anos da cidade, realizada pela Câmara, mas no plenário da Assembléia Legislativa. Homenagem justa e merecida.

Na foto, o Chico, faceiro, sentado numa das cadeiras normalmente ocupadas pelos deputados estaduais, esperando a hora de receber a sua medalha.

domingo, 23 de março de 2008

Parabéns, Florianópolis

Estava pensando em como registrar a passagem de mais um aniversário desta nossa cidade e resolvi fazer como a gente faz sempre que sente saudade de um ente querido que está distante: folheia o álbum de fotografias. Não sou fotógrafo profissional e uso a câmera como quem usa um bloco de notas. Pra registrar e guardar. E poder, em ocasiões como esta, dar uma olhada.

Não tive tempo pra fazer um levantamento completo e mostrar a ilha inteira (o jornal dos gaúchos fez isso). Nem consegui reunir imagens de todos os personagens que acho importantes na vida da cidade. Relevem, portanto, a coleção incompleta e o relato visual cheio de falhas. Não reparem. É só uma lembrancinha despretensiosa. Mas é de coração.

As fotos estão no post abaixo. Prabéns pra todos nós. Mesmo debaixo de muita chuva.

A minha cidade (pequeno álbum de retratos)

Pra ampliar uma foto, é só clicar sobre ela

Cochilo do Tio: tinha escrito errado o nome do Chico Pereira (aquele que está na mesa do Raul Caldas e do Olsen). A Adriane Canan me puxou a orelha e aí corrigi. Descurpa.

sexta-feira, 21 de março de 2008

E DÁ-LHE PAC

O presidente Lula estava inspirado, ontem. Fez em Florianópolis um discurso muito interessante. Teve aquelas coisinhas menores de sempre, mas no geral foi bem. Os bons momentos, a meu ver, foram a defesa que fez das obras de saneamento (“que o político não quer fazer porque não dá pra botar placa com o nome da mãe”), o diagnóstico da paralisia imposta pela burocracia e a necessidade que a comunidade acompanhe e cobre, a cada dia, o que está sendo feito com o dinheiro dos impostos, pra evitar a corrupção. Uma das frases do dia foi “na oposição fazemos a lei pra atrapalhar a situação, imaginando que nunca seremos governo”. Não é à toa que tanta gente gosta dele.

Atualização da madrugada: o Joanildo, leitor da coluna e morador do Saco dos Limões, mandou algumas fotos do evento. Duas delas achei especialmente interessantes.

Nesta panorâmica vê-se que o ex-terminal de ônibus do Saco dos Limões afinal está servindo pra alguma coisa: pra abrigar do sol ou da chuva a turma que foi até lá ver o presidente. Lula e demais autoridades ficaram nessa tenda maior, que tem ao lado daquelas duas pirâmides de lona branca, de frente para o ex-terminal. Outra coisa interessante que se vê nessa foto, é aquela mancha vermelha e branca na encosta à esquerda, no fundo. É o supermercado Bistek, que foi citado na operação Moeda Verde. Foi concluído e está funcionando sem problemas. Ah, quanto ao fato de aparentemente ter pouca gente, isso não faz a menor diferença. É que nem jogo de futebol: tendo transmissão pela TV, é o quanto basta. Não precisa lotar estádio. Os míopes podem clicar sobre a foto pra ver se, na ampliação, conseguem ver melhor.

As faixas, como se pode ver mesmo de longe, foram todas feitas pelo mesmo pintor. E dizem mais ou menos a mesma coisa: “a (nome da entidade) agradece o prefeito, o presidente e o governador pelo projeto...” Como estamos em plena campanha eleitoral, algumas falam especificamente o nome de candidatos preferenciais: “obrigado Rose Berger por ser a grande defensora...” e, claro, “obrigado prefeito Dário Berger por lembrar-se de nós...” Tudo na maior espontaneidade.