A notícia, aliás, saiu também na Folha de S.Paulo, que fez o levantamento. E Santa Catarina tem um importante representante na lista:
“Por exemplo: Jilmar Tato (PT-SP) recebeu R$ 173 mil de uma indústria de resina e de construtoras. Vai presidir a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Conveniente coincidência.O jornal e a colunista nem mencionaram que o parlamentar é dono de escolas. Na comissão poderá, com conhecimento de causa, defender os interesses do ensino privado. Como já o fez em outras oportunidades.
Luis Fernando Faria (PP-MG) recebeu R$ 450 mil de mineradoras, siderúrgicas, empreiteiras e petroquímicas. Vai presidir, imaginem vocês, a Comissão de Minas e Energia.
Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), por sua vez, recebeu R$ 608 mil de montadoras, locadoras de carros, concessionárias de rodovias e postos de gasolina. Vai presidir a Comissão de Viação e Transportes, claro.
E João Matos (PMDB-SC) recebeu R$ 100 mil de um fabricante de brinquedos pedagógicos, uniformes e equipamentos escolares. Naturalmente, vai presidir a Comissão de Educação e Cultura.”
E o grande trunfo das comissões permanentes é que nem o Congresso e muito menos a sociedade ficam sabendo da maior parte das coisas que passam por ali, já que nem tudo precisa ir ao Plenário. Uma espécie de conveniente área de sombra e desinteresse mantém a atuação das comissões fora do noticiário.
Como diz a Lúcia, “por isso mesmo, as comissões permanentes do Congresso Nacional se transformaram no parque de diversões dos lobistas.”
Um comentário:
"Uniformes e equipamentos escolares"? Espero que não seja aquela empresa que vende aqui para o estado aqueles uniformes que deram um "salto" de preços.
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