quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Zero com Três repercute no OI

Desculpem, mas não resisti em fazer um titulinho numérico/esotérico para esta nota. Pretendia chamar a atenção para o fato da entrevista que o jornal-laboratório Zero, da UFSC, fez com o procurador da República Celso Três, foi republicada pelo Observatório da Imprensa.

O comecinho:
ENTREVISTA / CELSO TRES
"É a RBS que governa o estado"

Por Rafaela Mattevi e Cora Ribeiro em 16/12/2008
Publicado originalmente no jornal-laboratório Zero, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), edição de novembro 2008

Na quarta-feira (10/12), o Ministério Público Federal de Santa Catarina entrou com uma Ação Civil Pública (processo nº. 2008.72.00.014043-5) contra o oligopólio da empresa Rede Brasil Sul (RBS) no Sul do Brasil. O MPF requer, entre outras providências, a diminuição do número de emissoras da empresa em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, de acordo com a lei; e a anulação da compra do jornal A Notícia, de Joinville, consumada em 2006 – que resultou no virtual monopólio da empresa em jornais de relevância no estado de Santa Catarina. O quadro geral da situação pode ser conferido a seguir, na entrevista realizada em novembro com Celso Tres, um dos procuradores que elaborou a medida judicial.”
A íntegra pode ser lida aqui.

Ah, a certa altura, o procurador cita o DIARINHO:
Dizimar a concorrência

E isso não é contrato simulado, colocar tudo no nome da família inteira?

C.T. – Essa questão da titularidade é uma questão criminal, porque é uma falsidade ideológica. Isso a gente vai verificar mais tarde. O objetivo, agora, é mudar a realidade. O MC diz que não controla isso porque a RBS está em nome de terceiros. É óbvio que é irrelevante que a concessão esteja no nome de A ou B, até porque – como é o caso de Blumenau, que não está no nome da família Sirotsky – retransmitem a mesma programação, essa é a grande questão, o conteúdo.

A lei diz que ter 20% do mercado é ter posição dominante e obviamente a RBS tem isso. E essa questão tem vários aspectos: direito à informação e direito à expressão, e também a questão da publicidade. Por exemplo, o Diarinho de Itajaí, o que a RBS faz com os caras? Na Rede Angeloni, faz contratos publicitários, impedindo que o supermercado coloque lá o Diarinho para os caras venderem. Então não existe concorrência, acabou. A concorrência é dizimada. Na Grande Florianópolis, eles lançaram o jornal A Hora a R$ 0,25, o que é claramente um preço inferior ao de custo, pra dizimar com a concorrência. Essas são as práticas deles.”

DONOS DA MÍDIA

Ainda sobre o problema da concentração de propriedade dos meios de comunicação, o Observatório publica uma entrevista com o James Görgen, do projeto Donos da Mídia, igualmente produzida pelo Zero. Ele explica o que é e como funciona o levantamento das complexas e às vezes obscuras redes que dominam a mídia brasileira.

Leia aqui
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9 comentários:

Orlando Tambosi disse...

O Três gosta muito é de mídia. Não perde um holofote.

Anônimo disse...

Não vai faltar lenha pra este negócio, por que estão esquecendo o Hagah, que é uma bosta, mas que vao incomodar...hahahahahaha!!!!

Bonassoli disse...

O ZERO, como sempre, furando a "grande" mídia. Bom saber que a tradição continua.

Anônimo disse...

Du-vi-de-ô-dó.

Anônimo disse...

Tio, Cesar!

Olha, a coisa é assim:
- Este anúncio que você esta publicando no Diarinho... pagou quanto?
Nós do DC, publicamos de graça desde que não publiquem mais lá! Vai ou tá com mêdo?

Isto é ou não é, canibalismo comercial!
Agindo assim, mataram O Estado do Comelli.

Fiquem com Deus!

Antônio Carlos

Anônimo disse...

O Globo, no Rio, dizimou o Jornal do Brasil desta maneira. Eram ambos os diários mais fortes do estado, sendo que os Classificados eram tradicionalmente do JB. Bom, com a Rede Globo apoiando, o jornal O Globo foi crescendo e instituiu o sistema de “Anúncio pela metade do preço, contando que não fosse veiculado no JB”. Foi minando o concorrente até que a família Pereira Carneiro não agüentou e teve que vender o jornal, um dos mais tradicionais do Brasil. Hoje o JB é um pequeno tablóide com má fama, pois a “nova administração” Tanure acabou por enterrar um dos maiores e mais respeitados títulos da imprensa nacional.
Carlos X

Anônimo disse...

Isso tem nome: TRUSTE

Anônimo disse...

O nome é BANDIDAGEM!!!

Fernando Silva disse...

E a Lei 8.884 (crimes contra a ordem econômica), por onde anda?