sábado, 6 de dezembro de 2008

MAIS UMA TRAPALHADA

Meu colega Moacir Pereira dá uma informação importante, no blog dele, sobre aquela palhaçada do Décio Lima (PT) a respeito da federalização do porto de Itajaí: “O repórter Rodrigo Pereira, do Jornal de Santa Catarina, que produziu o furo jornalístico, tem a gravação integral da entrevista.”

Ótimo! Então, ao contrário do que chegaram a sugerir petistas ilustres, não foi algum engano do repórter, que teria ouvido mal a história.

Mas continua sendo, e agora com indícios ainda mais fortes, um balão de ensaio. O Moacir começa a nota dizendo que, porque existe a gravação, “não foi um balão de ensaio”. Data vênia, precipitou-se o preclaro colega na conclusão. O balão raras vezes é perpetrado por jornalistas. É criado e lançado por personagens (geralmente políticos ou executivos da área pública ou privada) com o objetivo de ser veiculado por jornais, tv ou rádio (e agora também por internet). Daí, dependendo do efeito que tiver na “opinião pública”, adota-se outra posição ou implementa-se a proposta. Por isso o nome “balão de ensaio”.

A única coisa que não bate com o modelo clássico de “balão de ensaio”, é a identificação do autor da proposta. O normal é a notícia ser publicada com uma fonte oculta, tipo “funcionário graduado do Planalto”, “político com bom trânsito no Ministério” ou coisa parecida. Ao contar que foi Décio Lima que fez a proposta e informar que ele disse isto ao repórter, o que era pra ser um “balão de ensaio” pode ter se transformado, apenas, numa trapalhada constrangedora (mais uma?) do PT. Ou de parte dele.

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