Tinha acabado de ver o noticiário sobre mais uma fuga, onde se contava que, como em outras ocasiões, foi aberto um buraco na parede, ou no teto, com ajuda de algumas ferramentas rudimentares.
E aí comecei a lembrar que, há algum tempo, morando no sexto andar de um prédio de apartamentos, ficava muito incomodado com o barulho de uma obra no primeiro andar. Nada muito dramático, estavam apenas abrindo um passa-prato da cozinha para a copa. Ou então, já morando numa casa, ouvia perfeitamente as obras do vizinho, que trocava o piso de um dos banheiros. Não consegui imaginar como será possível abrir, em silêncio, buracos como aqueles mostrados pelas imagens.
Recuso-me, porém, a acreditar que tantas e tão freqüentes fugas sejam favorecidas ou estimuladas por quem as deveria impedir. E, se forem mesmo, como têm sugerido alguns maledicentes, é preciso dizer ao governo que esta forma “inteligente” de resolver o problema da superlotação não é aceitável numa sociedade civilizada.
Uma terra só deles
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Como chegamos ao ponto de os mais extremistas dos dois lados considerarem
que o outro sexo é dispensável? Como podemos corrigir o que foi feito? Eis
duas...
Há 12 horas
3 comentários:
Ave, César!
Em se tratando de governo, nos dias atuais, se espera de tudo. Até mesmo - e não é de hoje-, essa de “facilitar/ignorar/descuidar/não ver/ não posso afirmar/ mas algo leva a crer” sobre fugas de cadeias super-povoadas. Conheces bem o sistema prisional neste país e outros mais.
Michel Foucault já se referiu a esse sistema falido, há mais de cem anos, mas que precisa ser mantido, ou que não pode ser mudado, ou que o governo não dispõe dos meios ou vontade de mudá-lo.
É um jogo de bate e assopra! Até que a morte nos separe! Eu disse: “nos separe”. Somos todos responsáveis.
Penso até que os excluídos, também chamados de “bandidos” e outros vocativos mais, são até muito complacentes com nossa desprotegida e omissa sociedade, ( .que não nos ouçam!) mas... se quisessem, haveria um assalto a cada minuto, a cada esquina! Condições de impunidade as há de sobra, pois o governo... ah!.. o governo...., a preocupação dele é outra!
Abr, waltamir
Cada vez que há uma fuga de presídios no Brasil lembro do livro "Lucio Flávio, o passageiro da agonia". Desde a década de 1970, o esquema é o mesmo, conivência do sistema carcerário e da polícia.
Quando a coisa começa a ficar muito feia, abrem uma "sindicância" interna e jogam um bagrinho aos leões...
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