As mulheres funcionam todas mais ou menos da mesma forma – incompreensível para nós. Muitos homens já tiveram a amarga experiência de ver surgir, à sua frente, uma mulher acabada de arrumar perguntando “que tal?”
Muitos casamentos, namoros e casos terminaram exatamente neste momento. Porque a gente acha, à primeira vista, que é uma pergunta simples, que pede uma resposta simples.
Alguns até dizem com sinceridade o que acharam. São as famosas últimas palavras.
Uns pobres coitados olham cuidadosamente e examinam todos os detalhes antes de responder. Jamais conseguirão recuperar-se.
Outros, mais experientes, respondem de bate-pronto: “tá ótima, linda!” Dependendo do tempo que levaram para isso, do tipo de olhar que lançaram, essa pode ser a resposta certa. Mas nem sempre.
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As mulheres, nós sabemos, são seres complexos, com uma forma extremamente misteriosa de entender o mundo e os homens. Nós, os homens, elas sabem, somos seres singelos, com uma forma de entender o mundo e as mulheres muito previsível. Por isso elas estão sempre em vantagem.
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Ou vocês vão dizer que nunca deram uma resposta errada (que era, antes da reação dela, a coisa mais certa a dizer ou fazer)? Nunca tiveram que ouvir palavras ásperas sem saber o que teria causado tal coisa?
No começo eu até falava em voz alta “o que foi que eu fiz?” mas com o tempo, embora continue tendo exatamente esta mesma atitude diante das coisas incompreesíveis que ouço e recebo sobre a cabeça, apenas penso: “o que foi que eu fiz desta vez?”
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Desistir de tentar entender é a melhor coisa a fazer. Tenho um amigo que fez tanta força para entender as mulheres que acabou se transformando numa delas. Hoje eu não o entendo. Muito menos como é que ele faz para se equilibrar naqueles saltos altos, com duas bolsas de silicone de dois litros cada implantadas no peito.
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Não entender como as mulheres chegam àquelas conclusões e não se preocupar com isso não é coisa que atrapalhe o relacionamento. Ao contrário, ajuda, porque permite que a gente se concentre nas coisas realmente importantes. Quando a mulher quer ter uma conversa séria sobre o que lhe vai n’alma, procura uma amiga. Conosco a história é outra. As conversas, mesmo sérias, são de outro tipo. Do tipo onde, na dúvida, a melhor resposta sempre é “sim, querida”.
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De qualquer forma, por mais que elas achem que a gente é apenas um primata com quem é necessário conviver para a procriação e para ter quem troque as lâmpadas e mude o sofá de lugar, não podemos reduzir nossa auto-estima nem entrar nesse jogo. É necessário usar toda a inteligência e todo o prozac disponíveis para manter o equilíbrio nessa dificílima situação: elas passam dez anos nos amestrando em todos os aspectos da vida a dois. Da tampa da privada à temperatura dos pés na cama. Quando fazemos exatamente como elas nos ensinaram, nos descartam porque deixamos de ser interessantes. Ficamos chatos e piegas.
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Jamais vou entender as mulheres. Mas não consigo entender os homens que não vêem a graça desse jogo. Ou que desistiram de esperar ansiosos que a briga, o amuo ou o fricote termine, para que o primata ressurja em seu esplendor e restabeleça a ordem no muquifo, entregando a ela o controle remoto da TV, oferecendo chocolate e fazendo-lhe uma massagem relaxante nos ombros e na nuca. “Tá melhor assim, querida?”
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
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A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 3 horas
6 comentários:
O que deu em vc hoje, hem? Tá querendo apanhar e não sabe como? Aff...!
Boa, César. Mas cuidado com o pau de macarrão...
Eita que também temos cá o nosso Arnaldo Jabor...rsss
Olá Cesar.
Com certeza a psicologia poderá explicar aqueles "coraçõeszinhos" (?!) separando os parágrafos.
Abraços.
Uncle Ceaser desde a belíssima crônica sobre os encantamentos que as bem torneadas coxas e calipígias maçãs de sua melhor amiga provocaram em uma tarde distante de outono, demonstra peculiar conhecimento da 'alma' feminina! Quanta vasourada já não levou... tá bacana. Só não concordo que seja nossa Lya Luft de calças... uma coisa é uma coisa... outra coisa é ourra coisa, certo Professor? Paulão
Será tão bela crônica um pedido de desculpas à Sua Senhoura pela ode à "oxota"?
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