Em política não existe impossível. Nem o “para sempre”. Basta ver como sobrevivem os políticos a grandes desgastes, que pareciam tê-los sepultados “definitivamente”.
O exemplo mais recente e didático que temos à mão, em Florianópolis, é o do abalo sísmico conhecido como Operação Moeda Verde. No embalo das escutas, a PF chegou até a executar uma mini-operação paralela, que apreendeu os vinhos que o vereador Juarez Silveira trouxe do Uruguai para seu amigo Içuriti Pereira, também flagrado nas escutas oficiais comemorando a chegada do mimo.
O desgaste político que todo aquele furdunço causou parecia enorme. Içuriti teve que sair de cena (era presidente da Codesc). Manteve apenas seu papel nos bastidores (é tesoureiro do PMDB).
Vereadores cassados, histórias cabeludas circulando, processos, suspeitas de delitos de vários tamanhos... na época parecia mesmo que estava tudo acabado para muitos dos personagens.
Mas o tempo passou e as coisas estão voltando a ser o que eram antes do furacão. Erros no processo devolveram a Juarez a cadeira na Câmara. Voltou a usar seus carrões (é apenas um fiel depositário, mas quem se importa com este detalhe técnico, quando o vê passar, lépido e fagueiro, na boléia do bólido?).
Não será surpresa se outra palha mal colocada também ressuscitar o ex-vereador Marcílio Ávila.
Içuriti, entretanto, não vai apenas voltar: teve uma promoção. Por fidelidade, por merecimento, ou por ter-se mantido calado. Segundo informa Moacir Pereira, em seu blog, o Suçu, assim que voltar da Europa, será chamado a Palácio para receber novas incumbências: será secretário de Estado da Casa Civil (ou que nome tenha, depois de tantas reformas).
Equipe recomposta e recuperação completada a tempo de mergulharem todos no principal projeto do governo LHS para a capital: reeleger o Darío e derrotar o Amin. Não necessariamente nesta ordem.
Quem resolve a pobreza é o capitalismo, não os burocratas do G20 com as
garras no Estado.
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O sistema capitalista se mostrou o mais eficiente na criação de riqueza,
desmistificando a ideia de que economia é um jogo de soma zero. Alan Ghani
para ...
Há 5 horas
6 comentários:
Cesar, por falar em moeda verde, veja o vídeo que tá circulando no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=6v8ZLorIvbE
Abraço.
Geisi
Caro Cesar... ficamos envergonhados com essas figuras da capital, esses políticos que somem e voltam, fazem e se calam... e agora se promovem ganhando novo cargo do desgoverno de toda Santa Catarina. Deveriam as investigações continuarem por conta da Codesc e suas loterias, e passarem a régua na Procuradoria Geral do Estado, onde Procuradores, com salários que todos conhecem, com rápida passagem por cargos comissionados, de repente passaram a morar em Jurerê Internacional... um procurador honesto não tem essa granda toda para comprar terreno e construir mansão e morar lá...
A cara de pau é institucionalizada. O Fernando Marcondes de Matos, do Costão do Santinho, indiciado pela Moeda Verde, com direito à escutas telefônicas feita pela PF e amplamente veiculadas pela imprensa, foi “punido” pelo governador Luiz Henrique com a presidência do Conselho Estadual de Turismo.
O prefeito Dario Berger assim respondeu à CPI, justificando o fato de não ter instaurado qualquer sindicância para averiguar as acusações da Polícia Federal: “Desconheço qualquer irregularidade apontada pela Operação Moeda Verde que motive alterações dos procedimentos administrativos que norteiam nossa administração”. (Quá,quá,quá!).
O vereador Juarez da Silveira, mais do que pego em escutas, procedimentos escusos, etc, voltou à Câmara e declarou, referindo-se a si mesmo: “Um grande líder não guarda mágoas” (guarda o quê? Na mala...).
Ou seja estamos na república dos avessos, onde os suspeitos são promovidos, os condenados são beneficiados, os corruptos são aplaudidos. Este é o Bananil dos anos 2.000. Alguém sugere algo?
Carlos X
Esse é o nosso país. Isso somos nós, pois tudo o que está ai é produto nosso. Somos todos culpados porque aqueles que poderiam mudar alguma coisa NÃO resistem ao poder e se corrompem. Ninguém resiste a essa coisa "poder". Eles não sabem o sofrimento do povo que leva o país nas costas, o trabalhador, aquele que realmente são responsáveis pela produção. Mas eles não tem mais nenhuma sensibilidade com o povo. Nessas épocas fingem e muito bem e, nós como somos sensíveis acreditamos mais uma vez. É A BRIGA PELO PODER E NÃO PELO BEM COMUM, pelas políticas públicas, por mais segurança, saúde e educação. A guerra mesmo é o poder. Esse é o nosso País.
teste
Teste? Cada vez entendo menos os comentaristas deste blog... ;-)
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