quinta-feira, 19 de junho de 2008

SEUS DESMEMORIADOS!

Outro dia publiquei o bonequinho abaixo, que foi, desde a década de 70, o símbolo do jornal O Estado, fazendo algumas perguntas básicas.

Dos meus oito leitores e duas leitoras, 23% responderam coisas nada a ver. Decepcionado com a memória deles (será que o alemão aquele já começa a atacar a nossa geração?), desisto de esperar respostas corretas e dou-as a seguir.

Bem verdade que, para clarear minhas próprias lembranças, tive que trocar uma idéia com o Osmar Schlindwein, mas aí estão:

1. Qual a origem do bonequinho? Por que ele está vestido assim?

O jornal tinha uma coluna política, na década de 60, chamada (se não me engano) “Frechando”, que era assinada pelo “Guilherme Tal” e usava, como uma espécie de logotipo, uma figura que lembrava o Guilherme Tell (aquele famoso arqueiro que teria acertado uma maçã colocada na cabeça de seu filho). Quando o jornal passou para off-set, em 1972, o bonequinho foi redesenhado, reestilizado e tornou-se o símbolo do jornal. Na verdade, como o Osmar, o Marcílio, o Comelli e todos os que tocavam o jornal eram fãs do Jornal do Brasil, que tinha um elefantinho como ícone, quiseram encontrar uma coisa que pudesse dar, a O Estado, o mesmo tipo de simbologia.

2. Quem escrevia a coluna que está ligada à origem do bonequinho? Em que período ela foi publicada?

“Guilherme Tal” era o pseudônimo do diretor do jornal, Rubens de Arruda Ramos. Naturalmente, as flechas eram todas dirigidas à UDN e aos Bornhausen, já que na época (décadas de 50 e 60) os jornais eram abertamente partidários e O Estado era PSD.

3. Quem desenhou o bonequinho?

Essa versão “moderna” do arqueirinho, que vemos acima, foi criada pelo Picolé. Ele mesmo, o George Peixoto, da Propague.

2 comentários:

Anônimo disse...

Porque o bonequinho arqueiro parece ter 6 dedos na mão que segura o arco? Dedos estranhamente disformes, aliás!

Anônimo disse...

São teus olhos: tem cinco dedos segurando a besta. Pode conferir. E, caso não tenhas percebido, é um personagem caricato, um cartum. Não é uma representação realista.
As deformidades fazem parte deste tipo de desenho: veja as perninhas, por exemplo.

Não sei o que é pior, fazer um comentário desprovido de humor como esse acima, ou perder tempo respondendo.