Agora só se fala na prisão do dono da revista Metrópole e na tal extorsão. Tanto o governo, quanto o preso, sonham em posar de vítimas. De injustiçados.
Vou tentar explicar, para minhas queridas leitoras e meus bons leitores, por que ainda não consigo distingüir, neste caso específico, “mocinhos” e “bandidos”. Pra mim, até agora, não tem inocente neste rolo. Só não me arrisco a dizer, ainda, que “só tem culpado”, porque pode ser um exagero.
O dono (ou os donos) da revista não têm a minha simpatia porque, enquanto atuaram, denegriram, com sua forma de atuação, o Jornalismo e corromperam, com seus negócios, as boas normas de condução de negócios de comunicação.
O que eles faziam é conhecido, no nosso meio, pela classificação genérica de “picaretagem”. O fato de não serem os únicos na praça e nem os mais ricos, não os torna menos picaretas.
A pior coisa (a mais desonesta) que se pode fazer, em jornalismo e comunicação, é vender matéria. Cobrar pelo conteúdo de uma reportagem. As televisões que vendem horário estão cheias de programas “independentes” onde se faz exatamente isso: aparece quem paga. Há programas de entrevistas que cobram das “autoridades” que querem ser entrevistadas. E há jornais e revistas igualmente picaretas, em todas as cidades. Já falei aqui de jornais de bairro, em Florianópolis, que têm tabela para as reportagens e artigos.
Portanto, o tal Nei Silva e seu companheiro Danilo Gomes não merecem uma única lágrima. Colhem o que plantaram. Ou achavam que iriam “se dar bem”?
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