LHS CHAMA THOMAZI E DERLY

Quem está acompanhando o andar da carruagem do processo de LHS no Tribunal Superior Eleitoral sabe que já está no TRE-SC a carta do TSE mandando ouvir algumas testemunhas do vice-Pavan.

Pois bem, o LHS gostou da idéia e agora também quer que o TSE autorize novas testemunhas no seu processo. Mais do que isso, quer produzir novas provas. Não sei como os ministros do TSE vão responder a esses pedidos, depois de terem dito que o processo só foi reaberto para a entrada do vice e que quanto ao LHS estava tudo pronto.

Mas no pedido, que deu entrada dia 15 último, os advogados de LHS pedem que sejam ouvidas duas novas testemunhas: o empresário Moacir Thomazi (ex-proprietário do jornal A Notícia, de Joinville) e o secretário de Estado da Comunicação, Derly Massaud da Anunciação.

Uau! Será que o destino de LHS ficará nas mãos do Thomazi, que foi secretário de Educação do Amin e era (é?) filiado ao PP?

Quanto ao Derly, não faço idéia do tipo de novidade que poderá dizer uma pessoa que pertencia ao núcleo político (não era o coordenador da campanha?) e foi um dos autores da política de comunicação do governo. Ou seja, estava no centro dos eventos que geraram os processos. A expectativa sobre o que ele dirá, se a inclusão do testemunho for autorizada, é grande.

E quanto às novas provas que os advogados querem inserir no processo:

a) querem que o TCE forneça os valores orçamentários, de 1999 a 2006, da verba de comunicação à disposição do gabinete do governador;

b) que a Assembléia informe quais os valores orçamentários de publicidade em 2005 e 2006; e

c) que os filiados da Acaert, da ADI e a Adjori (são dezenas ou centenas de emissoras de rádio, TV e jornais) informem os valores recebidos do governo, em 2005 e 2006, por publicações oficiais (imaginaram o tempo que isso vai levar, para produzir um número que já está disponível e que o relator disse que não é relevante?).

Como citei de memória, sem ter à mão o pedido, pode ter alguma pequena incorreção na descrição das provas, mas o sentido é esse aí. Apesar do relator já ter dito, com todas as letras, que a discussão não se dará sobre os valores dispendidos, parece que o esforço é para chegar a um total dos gastos com publicidade e comunicação.

Aqui na planície eu achava que o governo sabia o quanto tinha gasto e tinha controle das suas despesas. Mas vejo agora que, ao ter que pedir ao TSE que requisite as informações do TCE, da Assembléia e dos beneficiados com as verbas, talvez exista alguma dúvida sobre quanto foi gasto.

Tomara que os ministros não considerem essa história de pedir, a cada emissora de rádio, TV e jornal de Santa Catarina uma declaração, um abuso no esforço legítimo de empurrar com a barriga o processo e evitar o exame do mérito. Não seria nada bom que, além de tudo e a esta altura, LHS ainda fosse condenado por litigância de má fé, tal como aconteceu com o Dário “Teflon” Berger. Ainda mais porque pode ser que o governador não tenha a mesma cobertura anti-aderente que parece imunizar o prefeito da capital contra os efeitos da divulgação de sentenças, processos, multas e outros percalços jurídicos.