Seria engraçado se não fosse trágico. Toda essa discussão sobre grampos legais e ilegais, em vez de inibir a arapongagem, parece que deu um gás extra.
Hoje fiquei sabendo que tem um lote de telefones celulares de jornalistas que está sendo escutado ilegalmente. Alguém contratou alguém pra “monitorar” a turma. Decerto pra saber quem são os informantes, espicular como que a gente fica sabendo das coisas.
Fiquei todo bobo quando me disseram (não, não foi pelo telefone) que o meu celular está sendo escutado. Não deixa de ser um atestado de importância. Afinal, se alguém quer ouvir as abóboras que falo ao telefone e se interessa por saber com quem eu falo, é porque represento algum “perigo”. Uêba!
Houve tempo, no século passado, em que essas coisas me preocupavam. Afinal, como resultado do que tivessem escutado, poderia ser preso, torturado e desaparecer. Agora não levo mais a sério, embora saiba que nada, ou muito pouco, impede que aconteça hoje a mesma coisa daqueles tempos (claro, estamos falando de escutas ilegais, de uma gente que se move no subsolo do Estado de Direito). Mas já plantei árvores, fiz filhos e o livro, ora, o livro está pronto. Esperando apenas o ponto final.
Ah, caso a turma do grampo perca alguma ligação ou o som não tenha ficado bom, é só ler o blog e a coluna do Diarinho. Eu costumo escrever tudo. Raramente ouço ou falo alguma coisa que não transcreva, depois, aqui. O que não publico é porque não tem grande interesse. Ou alguém gostaria de saber que minha mulher me pediu que eu comprasse sabão em pó, q-boa e duas baguetes quando estivesse voltando do centro?
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Há 4 horas
Um comentário:
Haaaa garoto!! Parabéns, monitorado full time agora.
Não é pra qualquer um.
Agora é só soltar umas e outras no fone e ver o povo ficar apavorado. hehehehe
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