Volta e meia libero uns comentários de criaturas que acreditam que, se eu não pareço ser “a favor” do Dário ou do LHS, então devo ser “a favor” do Amin.
Não sei que parte daquela frase (do Millôr) que digo sempre eles não entenderam: “imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”.
O jeito de testar a coerência desta afirmação é esperar que, um dia, algum dos políticos que hoje faz oposição seja governo. Esta coluna continuará onde sempre esteve e fará o que sempre fez: olhar critica e desassombradamente para o Poder.
E quanto ao que realmente parece interessar a esses comentaristas que não gostam que seu candidato seja vitrine, vidraça e telhado (talvez preferissem que estivesse “na oposição”, sem mandato, mas também sem fiscalização), ainda não sei em quem vou votar. E em toda eleição é mais ou menos a mesma coisa. Às vezes só decido no dia mesmo, num tête-a-tête com Dona Lúcia na mesa do café da manhã, antes de sair para votar. Acho que vocês também já perceberam que o papel da família e dos amigos na escolha do candidato é fundamental.
É uma decisão difícil. E ao contrário do que parecem acreditar os fãs do Dário, que me colocam apenas duas escolhas, existem várias opções. Gosto de pensar que, quanto àquelas histórias de obras, projetos e promessas, não há grandes diferenças. As coisas acabam sendo feitas, independentemente de quem esteja no cargo. Então, essa parte do horário político gratuito não me impressiona. Mas parece evidente que existem diferenças no jeito que cada um e cada uma vê o mundo. E no modo como constroem suas carreiras.
E por falar em indefinições, outro dia encontrei o deputado Edison Andrino (PMDBdaL), a quem conheço há muitos anos, e perguntei, só pra provocar: “e aí, como vai o teu candidato?” Ele parou uns segundos, certamente pensando como responderia à pegadinha. E disse, rindo: “não tenho candidato... mas talvez tenha candidata”. É claro que não se trata de uma declaração de voto, mas é, sem dúvida, uma demonstração que até dentro dos partidos há quem, por inúmeras razões, ainda esteja pensando no que fazer.
Enquanto isso, continuo metendo o bedelho onde não sou chamado e correndo o risco de ser confundido com simpatizante deste ou daquele. Coisas da vida.
Portugal: o problema do 25 de Novembro.
-
O problema do 25 de Novembro é que a sua história e celebração obrigariam a
oligarquia a reconhecer que a democracia assentou numa coligação diferente
da...
Há 4 horas
7 comentários:
É isso mesmo, Cesar. Houve um rebaixamento da crítica no Grotão. Se você criticar o Lula, por exemplo, é porque é tucano. Mundeco maniqueísta.
E concordo também com o Millôr: jornalismo a favor é boletim de propaganda sindical.
Desculpem-me os "do outro lado", mas apoio o César incondicionalmente em publicar as suas idéias e críticas, aliás, e são palavras minhas, e não dele, o que esse pessoal tem na cabeça para apoio Dário e LHS?
Coerência e transparência é contar quem foi assessor de comunicação do Secretário Marcos Vieira, coordenador de campanha do Cesar Junior. Onome desse assessor, meu caro, vc não tem coragem nem peito de publicar.
Os cães ladram e a caravana passa...
Quá-quá-quá! Esse pessoal é muito engraçado. Ô anônimo das 10:39, nunca te contaram não? Então vou te contar os detalhes, mas, por favor, não espalha. Fui convidado, no final de 2002, pelo José Augusto Gayoso, para compor a equipe de assessores de imprensa do governo que estava se instalando. Coube-me prestar serviços à Secretaria da Administração. E o secretário era o Marcos Vieira, ora vejam só. Que, além de tudo, tinha sido meu colega no Colégio Catarinense, em priscas eras. Até junho de 2005 ocupei uma função comissionada de assessor de comunicação naquela Secretaria. Conheci bastante do serviço público, deixei lá bons amigos, espero que tenha também deixado boa impressão. Sei que tem gente que mistura tudo e acha difícil de acreditar, mas tive com o secretário, um relacionamento apenas profissional. E, como sempre faço onde trabalho, procurei fazer tudo da melhor maneira possível. Quando me convidaram para voltar ao jornalismo, desliguei-me da secretaria. Que coisa, né?
O Andrino pode ter todos os defeitos, mas ninguém pode negar a sua coerência política e ele tem razão para estar incomodado.
Afinal, o "galego" como ele costuma chamar nosso prefeito, foi vereador pelo partido do Brizola, depois buscou amparo no PFL do Dr. Jorge que era situação, apoiou a reeleição do Amin para o Governo do Estado em 2002, mas com a derrota do Amin, bandeou-se para o PSDB da tríplice aliança, se licenciou para coordenar a campanha do Geraldo Alkmin na Capital e finalmente foi para o PMDB do Luiz 15, que depois da reeleição voltou a ficar amiguinho do Lula para vender o BESC e para receber recursos do PAC !
Para completar, o "galego" está fazendo campanha a favor do "ficha suja de São José", contra o candidato do PMDB que o abrigou !
Mas pelo visto o povo gosta !
Ah, e tem mais, agora relacionado diretamente com campanhas políticas. Sabias que já fiz material de campanha para o Jaison Barreto, para o Nelson Wedekin, para o Walmor de Luca (sim, sim, ele mesmo, para quem, aliás, até escrevi alguns discursos, na época em que ele era deputado federal), uma coisinha ou outra para candidatos do PT e... tchan, tchan, tchan, tchan! para o Dr. Juca, na campanha para vereador. Isso mesmo. Diagramei e dei palpites num jornalzinho que contava a vida dele. Bem interessante a vida dele, por falar nisso. Só que nunca misturei o trabalho em redação com esses frilas de campanha: não faço assessoria (de nenhum tipo, nem política, nem empresarial) quando estou trabalhando como jornalista. E vice-versa. Deixa ver que mais... nunca fui filiado a partido nenhum e mantenho respeitosa distância da vida partidária. E pra terminar: numa das vezes que trabalhei no governo (sim, teve outras!) recebi, no último pagamento, uns dias a mais. Fiz questão de devolver a graninha. Para espanto do pessoal do RH, que me disse que nunca tinha visto alguém devolver dinheiro por dias não trabalhados.
ÁGUA DA CASAN IMPRÓPRIA PARA HOSPITAL
DE NOVO A CASAN
O antigo Hospital no Largo da Igreja São Sebastião em Florianópolis ficou na manhã deste sábado por mais de 15 minutos ESVAZIANDO cerca de 100 mil litros de água. Disse o técnico: "a água é imprópria para consumo humano. Já contratamos um caminhão pipa. A água que vem da rede só serve para limpar as privadas"!
Postar um comentário