sábado, 27 de setembro de 2008

AS TESTEMUNHAS

Ontem à tarde foram ouvidas, no Tribunal Regional Eleitoral, cinco das seis testemunhas que o vice-Pavan, o litisconsorte passivo, pediu ao TSE que fossem ouvidas como parte de sua (e do LHS) defesa no processo que pede a cassação do mandato.

Uma das testemunhas, o deputado Jorginho Mello, deu um presentão pros advogados do governador: disse que só poderá atender o pedido do TRE no dia 9 de outubro, depois das eleições. Até lá estará envolvido com a campanha. Como é deputado, pode escolher a hora e o dia em que será ouvido. E neste processo, vocês já sabem, cada minuto vale ouro. Fazer com que a coisa fique paradinha por uma semana e pouco, tem lá seu valor.

Bom, mas e o que disseram, as testemunhas? Segundo o advogado Gley Sagaz, da coligação que propôs a ação (do Amin e do PP), “nada que seja útil para o processo, nem para a acusação, nem para a defesa”. Ele acha (como alguns ministros do TSE também já disseram nos autos) que o processo trata da potencialidade que os atos denunciados tiveram, para alterar o resultado da eleição.

E os ouvidos, diretor de jornal, presidentes de associações de jornais, rádio e TV e de sindicato de agências de publicidade, apenas repetiram informações que estão no processo, sobre o relacionamento das empresas de comunicação com o governo.

Em todo caso, acho que teve uma coisa interessante, sim: todas as testemunhas têm o governo como cliente. Todas têm interesse comercial (legítimo, claro) no governo, que é anunciante e a quem várias agências de publicidade prestam serviços. Não são, portanto, testemunhas no sentido clássico do termo: parecem-se mais com avalistas, que foram lá reafirmar que o LHS e o Pavan são do bem.

4 comentários:

Anônimo disse...

A relação de dependência comercial transforma as testemunhas tecnicamente em 'informantes' (em 'bom' juridiquês) se oportunamente contraditadas, ou seja, logo após apregoadas as partes e anunciadas as tais testemunhas. Bom... e daí??? Les

Anônimo disse...

É mas os experientíssimos advogados contra LHS não requereram a contradita, isto é, q eles fossem ouvidos como informantes. Logo, concordou q eram imparciais. Ou dormiram de touca?

Anônimo disse...

O Governo continua distribuindo as verbas e todos eles sabem que se o AMIM voltar, vão voltar todos, para o Pão e Água. Todos os veículos de comunicação, associações e entidades, vão ser enterrados juntos com o LHS, mas não abandonam as possibilidades de continuar" mamando ", enquanto vivo este Governo.

Anônimo disse...

ENGRAÇADO, NESTE MESMO DIA (por volta das 15:30 às 16 hs) ENCONTREI-O CIRCULANDO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA (as câmaras devem ter captado a sua imagem "e semelhança). Até pensei comigo: deve ter dado um tempinho pra campanha na região do Vale do Rio do Peixe para vir dar o seu testemunho no processo Moribundo!

Deve ter vindo pra garantir estar presente se caso não fosse aceito a "desculpa".
Mas dia 09 de outubro tá logo alí!!