segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O RECADO DO RAUL SARTORI

É nos momentos de crise que a gente conhece a grandeza das pessoas e das instituições. Demitir e admitir colaboradores é coisa que as empresas deveriam tratar com límpida clareza e admitir as exatas circunstâncias de cada ato.

A dispensa do colunista Raul Sartori está sendo transformada, pela incompetência dos gestores de A Notícia/RBS, num lamentável caso a ser estudado nas escolas de Administração, no capítulo dedicado ao “o que não fazer”.

Leiam, por favor, o esclarecimento que o Raul enviou, para colocar a coisa em pratos limpos e desmentir o que a RBS/A Notícia está dizendo a quem lhes pergunta por que o demitiram:
A verdade

Dezenas de meus leitores (ex-leitores agora, de quem já tenho cerca de 700 e-mails de solidariedade, todos guardados comigo e que podem render um livro mais tarde) estão ligando para “A Noticia” para cancelar ou não renovar sua assinatura justificando que sem minha coluna o jornal perdeu sua graça.

Atendentes bem instruídas não falam da regionalização do jornal, já em passos bem acelerados, a principal razão para me descartarem. Elas dizem que fui eu quem pediu para sair, porque criei um jornal em Nova Trento e não podia mais atender os dois compromissos.

Não é verdade.

Quando lancei o jornal, em maio, sem comunicá-los (não o fiz por se tratar de um projeto pessoal, muito restrito e, em segundo lugar, porque não era funcionário da RBS e, por isso, não devia prestar contas de minha vida pessoal), eles ficaram sabendo e me chamaram em Joinville, para explicações. Foram dadas. Exemplares do jornal foram enviados. Ficaram de dar uma analisada urgente da situação. Demoraram sete meses. Meu jornalzinho deve estar fazendo uma concorrência danada. A análise que fizeram, pelo que pude concluir da forma cruel como fui mandado embora, é que eu merecia a dispensa, sem conversa nenhuma, após mais de 17 anos de casa. Esta é a verdade.

Raul Sartori

7 comentários:

Anônimo disse...

Tudo bem, foi uma injustiça contra o Raul, mas não é nem um pouco ético ser colunista e ao mesmo tempo proprietário de um jornal, que é em última análise, concorrente no município em que circula.

LesPaul disse...

Fico contente que a singela homenagem cancelando nossas assinaturas tenha servido de exemplo. Aliás, não há porque assinar um regional de Joinville e não assinar os jornais menores da região metropolitana da Capital.

Anônimo disse...

Bem ao estilo desimulado daqueles que se acham acima do bem e do mal, e querem parecer amigos da filantropia e da comunidade, e falseiam seus atos protegidos pelo marketing mentiroso.

Anônimo disse...

Não entendi direito... O AN, cuja circulação passou a ser voltada à região de Joinville após a compra dele pela RBS, sofreria concorrência de um Jornal editado pelo Sartori, de circulação em Treze Tílias?

Anônimo disse...

Que papo caolho de ética barata é esse? Pela sua ética nenhuma matéria sobre o Governo é isenta porqu eo Governo é o maior assinante.

Jornal de Nova Trento ameaça quebrar o monopólio da RBS. kkkkk

Anônimo disse...

Cesar, já conseguiste transformar o Mosquito em blogueiro, quem sabe dás uns conselhos ao Sartori, acho que ele leva jeito!

Anônimo disse...

Depois da saida do Moacir Benvenutti, eu só tinha que esperar a minha vez de ser dispensado em A Noticia. Assim, comtoda liberdade para fazer o que bem entender da minha vida (era prestador de serviço da RBS) há seis meses, com uma sobrinha jornalista de sócia, montamos nosso pequeno jornal comunitário em Nova Trento. Não sabia que isso iria incomodar tanto o grupo RBS, que usou isso como um dos pretextos (sencudário, mas foi) para me mandar embora.