O jornalista Eugênio Bucci foi presidente da Radiobrás (empresa que tem a agência de notícias oficial do governo e produz, entre outros programas, a Voz do Brasil), de 2003 a 2007 e agora lança um livro, “Em Brasília, 19 horas”, com uma espécie de prestação de contas do seu trabalho.
As resenhas publicadas mostram uma obra intrigante e interessante, que revela alguns detalhes importantes do jogo pelo poder e a forma como esse poder vê a comunicação oficial. Como, por exemplo, o bombardeio que sofreu de Bernardo Kucinski (jornalista e militante do PT, autor de um relatório diário que Lula lia durante o café da manhã, até 2006) e José Dirceu.
Uma excelente contribuição ao debate sobre a forma como se portam certas figuras que agem nas sombras dos governos (qualquer governo) são os sete pecados capitais do pensamento autoritário, que Bucci reuniu:
“1. O esquecimento proposital
Sonegar a história e ocultar os fatos que não convêm ao argumento.
2. O coletivo compulsório
Dizer “nós” para impor obediência e intimidar a divergência.
3. A futrica instrumental
Semear a intriga palaciana para prejudicar os que pensam diferente.
4. A apologia do aparelhismo
Promover – abertamente ou, se necessário, de forma dissimulada – o uso dos meios de comunicação públicos para fins do grupo de governo.
5. O ódio à imprensa
Banir a reportagem e profetizar que todo jornalismo será castigado
6. A arrogância sem substância
Desdenhar do outro para desqualificá-lo.
7. Condenar a priori
Acusar pelas costas, na escuridão, sem provas e sem tolerar o direito de defesa.”
À direita e à esquerda, uma das funções públicas mais incompreendidas e deturpadas é justamente a comunicação. Os repórteres públicos (jornalistas que prestam serviços a órgãos públicos) nem sempre encontram ambiente favorável ao exercício correto das suas funções. E às vezes eles próprios não têm claro o que devem fazer.
Como o assunto nunca é tratado adequadamente, porque talvez seja considerado um problema “menor”, não admira o sucesso de tantas ações judiciais contra o mau uso (e o abuso) da comunicação por governos de vários níveis, que confundem informação com propaganda.
[Para ler mais sobre o livro de Bucci, clique aqui ]
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
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A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 7 horas
Um comentário:
Mô Caro Professor Cesar
Sumaríssima síntese sobre o que tem faltado a muitos de nós, estando em qualquer lado do 'balcão', sem concessão ao convescote canalha com a 'inquisição reinante'.
Abç PAULÃO
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