quarta-feira, 23 de abril de 2008

O PADRE VOADOR

Dizer o quê? O balonismo é uma arte (ciência?) com séculos de conhecimento acumulado. O litoral catarinense tem vários pontos de onde voam, com ornitológica precisão, paragliders, asas deltas, ultra-leves, etc. Os centros de previsão meteorológica mantêm os aeronautas informados com razoável antecedência. Ao decolar numa tarde de céu carregado, chuvoso, ameaçador, decerto o padre sabia como se comportaria o vento, seu único propulsor.

No começo achava que alguém, em terra, deveria ser responsabilizado por alguma informação errada ou orientação mal dada. Mas aí ouvi aquele diálogo surrealista, inacreditável: o sujeito, já no ar, sendo carregado pelo vento para seu destino trágico pergunta, candidamente, como usar o gps.

Aí o jeito é ficar quieto. E lamentar o desperdício, dessa forma tão pueril, de uma vida que, ao que tudo indica, era útil e produtiva.

6 comentários:

Anônimo disse...

Cesar, eu sempre digo para os meus filhos: burrice machuca, e às vezes, mata.

Anônimo disse...

Será que esse padre não tinha nada melhor pra preencher suas horas de ócio? Ler um livrinho, carpir um quintalzinho, nada?
E a Igreja Católica, porque pertime tessas cretinices?
Não devemos ser condescendentes com a estupidez só porque ela parte de um padre.
Mal empregados os recursos gastos no seu resgate.

Anônimo disse...

Atitude tresloucada de um sujeito que, teoricamente deveria se comportar como conselheiro espiritual de uma comunidade (rebanho). A Igreja é uma instituição milenar que está, desde sempre, na berlinda pelas atitudes impensadas de muitos de seus integrantes, pedofilia enre elas.

Não condeno a Igreja. Até porque sei que, em qualquer lugar onde haja mais de uma pessoa, as chances do VDM aumentam em 50%.

O padre pagou caro, com a pópria vida, por uma brincadeira mal feita. Ponto.

Anônimo disse...

César, concordo com você em tudo. Torço (embora não acredite nisso) para que o padre esteja vivo, principalmente pelo que você escreveu no último parágrafo. Mas não dá pra negar que o padre gostava mesmo é de promoção pessoal. Não dá pra se conceber um religioso tão vaidoso (embora a gente conheça uns quantos assim). Além de torcer para que ele esteja vivo pelo valor da vida humana em si, ainda quero que ele sobreviva para receber um pito bem dado do bispo da diocese dele e que, também, pague os custos da operação de resgate.
Abraço,
Marcelo Santos

Anônimo disse...

Pobre coitado enclausurado em uma batina que tentava levar uma vida com mais emoção. Pena que foi longe demais.

Anônimo disse...

e se esse porra louca derruba um avião com essa parafernália ??? Deviam prender ele e quem o ajudou nessa empreitada.