quarta-feira, 23 de abril de 2008

O CASO ISABELLA

Também não tenho muito a dizer sobre o assunto de todas as rodas de conversa. Concordo com algumas avaliações sobre exageros da imprensa. Fotógrafos e cinegrafistas jogando-se sobre carros como se fossem uma da sete pragas do Egito, para tentar obter uma imagem de gente assustada, cujos rostos já conhecemos, é uma desnecessidade em termos de informação. Só ajuda a revelar mais algumas facetas assustadoras dos seres humanos.

As duas únicas hipóteses sobre o que pode ter causado a morte da menina são igualmente inaceitáveis, inacreditáveis e incompreensíveis.

Como acreditar que uma pessoa entra num apartamento vazio, onde dormia uma criança, trucida-a e, não satisfeito, abre um buraco na rede e a arremessa? Qual motivo? Vingança? Alguma tara diabólica? Não teria sido “suficiente” matar a criança e fugir? Por que o requinte de jogá-la pela janela?

E como acreditar que adultos, tendo agredido uma criança num descontrole qualquer, resolvam, em vez de socorrê-la para tentar salvá-la, montar uma farsa para tentar salvar-se? Que tipo de conversa terão tido, para combinar os detalhes, enquanto a menina estava desfalecida e tentavam, canhestramente, cortar a rede que estava atrapalhando a conclusão do plano “perfeito”?

Razão tinha Millôr Fernandes, quando escreveu que “o ser humano é inviável”.

3 comentários:

Anônimo disse...

Cesar, o Nelson Rodrigues, grande frasista, diria: de perto, ninguém é normal ...

Anônimo disse...

Para encontrar alguma explicação para essa ação inexplicável, pela reação da mãe, que foi abandonada grávida, do pai e da madrasta, eu acho que essa menina era rejeitada pela mãe que queria empurrá-la para o pai, contrariando a vontade da madrasta, então eles simplesmente encontraram uma forma de acabar com o problema !

Anônimo disse...

Eu acho que nesse caso a pilicia devia de ja ter tomado mais do que uma decisão. A propria mãe da menina dizia que a menina chegava em casa toda arranhada, quando isso acontecia ela devia já ter ido diretoo a uma delegacia.
Na minha opinião eu acho que a mãe da menina contribuiu para o assasinato.