Volta e meia os Poderes da República reclamam das críticas e do pouco caso que boa parte da população faz de suas responsabilidades e importância.
E, de fato, em algumas ocasiões, generalizam-se acusações que talvez só coubessem a alguns. Mas...
Quando no Tribunal Superior Eleitoral, que cassou duas vezes o governador da Paraíba, um ministro resolve dar-lhe mais alguns meses no cargo, para que, quem sabe conclua o mandato sem ser incomodado, é claro que temos todo o direito de achar que o TSE não funciona.
Para que serve mantermos um caríssimo aparato judiciário para crimes eleitorais, se não se consegue julgar e fazer cumprir suas sentenças antes que o mandato que está em questão termine?
Quando o Congresso, depois de ter reduzido o número de vereadores percebe que, malandramente, as Câmaras Municipais tinham aumentado suas despesas, em vez de determinar o corte de gastos trata de repor o número de vereadores, é claro que temos todo o direito de achar que estão nos fazendo de palhaços.
Não sei se tinha razão o presidente Lula quando disse, antes de ser presidente, que todos os deputados eram picaretas. Mas, vamos e venhamos, quando se trata de resolver os probleminhas dos cabos eleitorais (a maioria dos vereadores não passa de cabos eleitores de deputados e senadores), são rápidos e trabalham até de madrugada. Mas quando se trata de cuidar de problemas sérios que atrapalham a nossa vida, é uma dificuldade e sempre tem uma semana de três dias, dois recessos por ano e muito corpo mole.
O que os senadores fizeram, votando às três da manhã pelo aumento do número de vereadores, foi patético. Antes, os deputados também tinham se esforçado para aprovar essa coisa tão importante. Mas agora fazem um esforço para se redimir diante da população, impedindo (por quanto tempo?) a promulgação do que o Senado aprovou.
E alguns ainda têm a coragem de vir a público justificar a afronta: “estamos cuidando da democracia, porque quanto mais representantes tiver a comunidade, melhor será atendida”.
Tenho vontade de chamá-los a eles de idiotas, mas acho que é melhor parar diante do espelho e chamar-me de idiota. Palhaço. Imbecil. Porque foi com o meu voto que eles foram parar lá, pra fazer o que estão fazendo. E agora ainda serão mais numerosos, formando, com suas famílias, verdadeiras capitanias hereditárias na carreira política, mamando nas tetas da viúva, torrando nosso saco e rindo, rindo muito, da nossa cara.
Portugal: o problema do 25 de Novembro.
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O problema do 25 de Novembro é que a sua história e celebração obrigariam a
oligarquia a reconhecer que a democracia assentou numa coligação diferente
da...
Há 13 horas
3 comentários:
César, uma correçao: nao foi o Congresso que em 2004 cortou as vagas de Vereadores. Foi o TSE.
Já que é obrigatório votar, devemos aprender a ANULAR O VOTO. E dá-lhe pedra na Geni...
Babanil, Bananil, sempre dá para piorar. Isso aqui é um karma, não vai pra frente nunca. Ainda não saímos das capitanias hereditárias e do vale tudo. Brasil, P Q P!
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