Tecnicamente, nem tudo o que o governo arranca da gente pode ser chamado de imposto. Há vários nomes para o mesmo efeito.
Ontem a Câmara aprovou a criação da CSS, a nova CPMF, que ressurge dos mortos, com uma cara nova, um pouco menos voraz, mas igualmente fantasmagórica.
Ainda falta passar pelo Senado, mas não custa registrar que a nova mordida do governo foi apoiada pelos seguintes deputados:
Carlito Merss (PT)
Celso Maldaner (PMDB)
Cláudio Vignatti (PT)
Décio Lima (PT)
João Pizzolatti (PP)
João Mattos (PMDB)
Nelson Goetten (PR)
Valdir Colatto (PMDB)
A SAÚDE DA DEMOCRACIA
Lula, como sempre, diz uma coisa em público e atua, nos bastidores, em sentido diferente. Disse que não ressuscitaria a CPMF e articulou o lançamento da CSS. Sua base partidária, em ano eleitoral, teve que se sujeitar ao desgaste de aprovar um novo imposto, para que a vontade presidencial fosse atendida.
Em público, para inglês ver e otário acreditar, bradam sobre a falta de recursos para a saúde. Como se os problemas da saúde pública tivessem se agravado com o fim da CPMF.
E aí entra o principal problema dos impostos. Ninguém gosta de pagar imposto. Mas também ninguém é insensível ou burro, para negar-se a contribuir, se isso for ajudar a melhorar a vida de todos.
Só que, ao pagar, pagar, pagar e pagar montanhas de dinheiro para o governo, sem ver resultados palpáveis, a gente se sente um palhaço.
Pagamos muito imposto, mas não vemos os benefícios de tanto dinheiro confiscado, arrecadado, recolhido e alegremente entesourado nas burras do governo de plantão.
Falar em reduzir despesas é tabu. Reduzir número de funcionários, então, pecado grave. Mas criar “novos” impostos é ato exercido com desfaçatez, como se fosse coisa essencial, nobre e decente.
O povo adverte: gastar sem controle e criar novos impostos é prejudicial para a saúde da democaracia.
Atualização a madrugada: sinal evidente que estou precisando de férias, a lista de deputados que apoiaram o novo imposto, publicada na coluna que saiu no jornal e aqui, mais cedo, estava errada (incluía, por exemplo, a deputada Ângela Amin, que votou contra). Agora (antes tarde do que nunca), está correta (no Congresso em Foco tem a lista completa, estado por estado).
O motivo do erro: usei informações de um site só, sem conferir nos outros que normalmente leio quando se trata de decisão do Congresso. Aí, como eles erraram, embarquei junto.
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
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A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 3 horas
5 comentários:
Não sei se o link abaixo está correto, mas ele mostra uma informação diferente da que foi postada no blog sobre o voto dos deputados a favor ou contra a CSS. Acho que vale a pena dar uma olhada. Abraço.
http://www.camara.gov.br/internet/votacao/mostraVotacao.asp?ideVotacao=3350&numLegislatura=53&codCasa=1&numSessaoLegislativa=2&indTipoSessaoLegislativa=O&numSessao=134&indTipoSessao=E&tipo=uf
Tio Cesar, que foi essa "barrigada"? A Tia votou CONTRA...Veja aí ...http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u411423.shtml
César, uma pequena correção:
Angela Amin (PP), Fernando Coruja (PPS), Gervásio Silva (PSDB), Mauro Mariani (PMDB), Paulo Bornhausen (DEM) e Odacir Zonta (PP), votaram CONTRA a CSS.
Um abraço !
A melhor foi do João Pizzolatti: "nós deveríamos ter acabado com outros impostos e não a CPMF". O cara manja...
Nomes bem anotados para nunca serem votados. A Ângela Amin votou pela CPMF, mas agora voltou atrás, serão os tempos eleitorais?
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