Tem um leitor (anônimo, como tantos dos comentaristas que meu coração benevolente ainda permite que se expressem) que desde o começo desta história está apostando todas as fichas no seguinte desfecho:
“O Nei vai retirar as acusações, devidamente “incentivado” em sua con$ciência. Em seguida as acusações contra si serão retiradas também e ele sumirá do mapa, para umas férias bem longe de Santa Catarina.”
Parece claro que se trata de um palpite de alguém desencantado com tantas pizzas que, pessimista, acredita que nada será apurado e tudo vai acabar bem para todos os envolvidos.
Com a divulgação, no DC de hoje, de alguns detalhes da operação que resultou no flagrante por extorsão, a turma que está jogando na hipótese acima se assanhou. Lá está dito que a polícia recolheu uma declaração, assinada pelo Nei Silva, desmentindo tudo o que estava no livro. Mas, pelo que está escrito, se entende que essa declaração foi apresentada no momento do pagamento, naquela sexta-feira.
Naquela ocasião Armando Hess entregou para seu interlocutor, além do dinheiro, uma declaração do governo (com assinatura falsa do Ivo Carminatti) reconhecendo a dívida. E, em troca, recebeu uma declaração, assinada pelo Nei, desmentindo o livro/dossiê. Ora, se uma das duas declarações é falsa (o próprio delegado teria admitido que foi forjada), qual a credibilidade da outra? Diante da possibilidade de receber uma bolada, gente como o Nei assinaria qualquer coisa. Ou faria qualquer coisa. Alguém duvida?
Portanto, façam seu jogo. Será que a previsão do anônimo descrente vai se confirmar? Não percam os próximos capítulos, a serem escritos pelo Ministério Público Estadual, para onde o delegado disse que remeterá o inquérito, amanhã.
Em tempo: essa história de “retirar as acusações” é coisa de filme americano. Aqui a coisa não funciona assim. Dependendo do indício e do crime, o processo corre mesmo que o denunciante mude de idéia. Os advogados presentes que me corrijam, por favor, se eu estiver errado.
A dancinha do trumpismo
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Diferentemente de manifestações polêmicas do passado, como ajoelhar-se
durante o hino nacional, o gesto é visto como celebração patriótica.
Alexandre Bor...
Há 4 horas
3 comentários:
...o process "corre" é licença poética sua...
Jânio
Corre em círculos, por isso não sai do lugar.
César
Tu que és um reporter das antigas, de bom faro, dê um observada com atenção no texto do livro e compare com o prefácio. Jogo um doce como foi a mesma pessoa que escreveu os dois.
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