A solidariedade é um dos sentimentos nobres, daqueles que aquecem a alma e nos enche de esperança. No caso de desastres como este que ocorreu por aqui, a solidariedade precisa ser temperada com uma boa dose de racionalidade.
Uma pessoa cheia de boa vontade que se jogue para a área crítica, tanto pode ser uma ajuda inestimável, quanto um fardo a mais, que além de tudo consuma os parcos recursos disponíveis por lá. É preciso, portanto, ter muito cuidado nessa hora. Jamais agir por impulso, simplesmente.
O mais importante é avaliar como se dará a sua própria subsistência. Não tem sentido ir daqui para Itajaí ou outro município em emergência, esperando que alguém, magicamente, vá fornecer alimentação, água e hospedagem. Só quando esta primeira equação estiver resolvida é que se deve pensar nos passos seguintes: fazer o quê, por exemplo.
Há necessidades de todo tipo, porque todas as pessoas que estão trabalhando nos hospitais, nos abrigos e nos centros de distribuição de donativos, estão cansadas, precisam ser rendidas. Mas é bom que quem se apresente tenha alguma familiaridade com o que se propõe a fazer. Pra não ser um peso pros demais, pra não quebrar o ritmo do serviço, pra não atrapalhar em vez de ajudar.
Apesar do sentido da palavra “voluntário”, nesses casos o melhor é não agir isoladamente, mas integrar-se a algum esforço organizado. Defesa Civil, bombeiros, prefeituras, entidades que já estejam atuando e distribuindo tarefas. Afinal, a última coisa que a gente deve querer, nesta hora, é criar problemas. Há excesso de problemas, todos já criados e instalados.
Reuni essas anotações de memória, baseando-me no que vivi nos dias seguintes à enchente de Tubarão em 1974 (cidade onde passei a infância e pra onde fui, como enviado de um jornal de Porto Alegre, logo em seguida, quando a região ainda estava interditada). E na enchente de 1983, época em que estava na UFSC e participei de várias ações, aqui mesmo, para ajudar o trabalho dos que estavam no Vale do Itajaí.
Portugal: o problema do 25 de Novembro.
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oligarquia a reconhecer que a democracia assentou numa coligação diferente
da...
Há 6 horas
4 comentários:
Cesar ouvi agora na reportagem q muitos caminhões parados na 101 tem comidas q estaum estragando dentro dos caminhões como frutas,etc...
Acho q eles devem abrir esse caminhões e distribuir a comida p/ o pessoal dos caminhão q tão la parado e nau comida...parece q as comunidades pertos é q tão ajudando...
T peço q abra um post teu principal p/ q o povo leia e comuniquem a policia rodoviaria e a civil p/ q eles fassão isso...
obrigado,
De um leitor teu q te admira muito,
Edgar floripa
Cesar...
Demião, processo neles. Deu no Impacto Tanto as prefeituras dos municípios atingidos pelas fortes chuvas em Santa Catarina quanto o Estado e, eventualmente, a União podem ser responsabilizados judicialmente pela tragédia que está devastando cidades da região. Esta é a opinião do advogado Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, professor de Direito Constitucional da PUC de São Paulo e especialista em Direito de Estado, para quem qualquer cidadão que tenha ficado desabrigado ou desalojado por causa das chuvas pode pleitear a responsabilidade do Estado por meio de uma ação ordinária de indenização por danos materiais e morais. “Cabe, ainda, uma ação civil pleiteada pelo Ministério Público”, afirma. As ações a que se refere Luiz Tarcísio estão ancoradas em atos omissos do poder público que, neste caso específico, deveria ter providenciado obras para evitar as enchentes e não providenciou, uma vez que o Estado de Santa Catarina já vivenciou caos semelhante a este há mais de duas décadas.
[cesar laus]
Ave Cesar....
"Nós podemos desrespeitar a lei dos homens, mas nunca as leis da natureza." (Júlio Verne)
Luiz XV e seu “séqüito ruralista”, atendendo à poderosa agroindústria catarinense (que elege muitos políticos catarinenses) e, fazendo de bobos e massa de manobra os produtores rurais, vão empurrar goela abaixo do povo catarinense o hilário “Código Ambiental de Santa Catarina” que quer diminuir as áreas de Preservação Permanente.
Justamente nestas áreas, sob o manto da impunidade e falta de controle do Poder Público, é que, a grande maioria das vítimas fatais ocorreram, nesta tragédia anunciada. Ocorrerão outras, mortes e tragédias. Chegará o dia em que se responsabilizará civil e criminalmente os agentes públicos municipais (principalmente) que permitem, cobram impostos, deixam ligar energia elétrica e água em edificações erguidas em áreas em que, além das restrições da legislação ambiental, a Lei do Parcelamento do Solo Urbano (Lei n º 6.766/79 – art. 3º) proíbe.
Enquanto isto nossas “otoridades” (nos três níveis) mantém o couro alemão de seus sapatos, lustrado e limpos! Sem uma séria coordenação entre Defesa Civil Nacional e Estadual, com a instalação permanente de um Gabinete de Crise, com a participação efetiva e com agilidade das Forças Armadas e PM/SC, a solidariedade continuará sendo a melhor arma contra as tragédias.
Nós, o povo, pagando a conta através de uma das maiores cargas tributária do planeta! E eles ainda anunciam número de conta bancária para depósito???!!! Peguem o meu que já está aí ...e o utilizem com parcimônia por favor....sem sacanagem e sem roubalheira!
Fui lembrar de outro francês metido: o Charles De Gaulle ....olhó ...lhó!!!
Jairo Viana
Caro César,
muito muito bom esse seu post. Quanto à responsabilidade do poder público pelos danos causados pelas enchentes, só posso dizer o seguinte: aqui na Suíça, que tem a metade do tamanho de SC, uma população maior (7,5 milhões) e enchentes frequentemente, são investidos anualmente mais de 3 bilhões de dólares em obras e medidas contra cheias, deslizamentos e avalanches de neve. O motivo é muito simples: o poder público tem o dever de proteger os cidadãos contra riscos naturais - e isso contra a pressão de quaisquer lobbys. Está escrito na lei, que serve de orientação também para o planejamento urbano. Mas também a população assume uma parte de responsabilidade por essa prevenção, por exemplo, pagando um seguro contra riscos naturais. Esse seguro, em casos de catástrofe, cobre os prejuízos privados. O Estado repõe a infra-estrutura pública - e investe ainda mais para que a tragédia não se repita.
Geraldo
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