Lá, ainda no começo, tem uma fábula de Esopo (que viveu na Grécia, acredita-se em 550 a.C.), atualíssima.
O HOMEM BOM, O FALSO E OS MACACOS
Esopo
Dois homens, dos quais era Bom um e o outro Falso, viajando juntos chegaram ao país dos Macacos. O rei destes animais mandou que eles fossem detidos e trazidos a sua presença.
– O que dizem de mim nos outros países? – perguntou-lhes.
O homem Falso respondeu-lhe desmanchando-se em elogios, dizendo que ele parecia ser um excelente monarca, sábio e poderoso, e que sua corte estava cheia de grandes cavaleiros e valorosos capitães. O rei Macaco muito deliciou-se com tais lisonjas e ordenou que aquele homem ganhasse uma recompensa.
Considerando o homem Bom que o Falso conseguira mercês do monarca dizendo mentiras, acreditou o infeliz que seria ainda mais premiado se dissesse a verdade. E em seguida, perguntado pelo rei o que achava dele e dos que o rodeavam, o Bom respondeu sinceramente:
– Não sois todos nem mais nem menos do que macacos.
Indignado, o soberano mandou que tirassem a vida do homem Bom.
Assim caminha o mundo comum. Quem ama ser lisonjeado não aprecia a verdade.
2 comentários:
Sr. Jornalista,
Há muito leio cotidianamente a sua coluna on line. É imperdível. Sem maiores demagogias: 'fosse uma acusação anônima contra LHS ou mesmo com padrinho, mas furada, o sr. daria a notícia e diria LHS.' Sei quem é o jornalista/procurador, era a regra da época, já foi - com outros - processados por tal - o processo já teve publicidade na mídia - e absolvido. LAMENTO, PROFUNDAMENTE, SÓ PORQUE ELE É FAMOSO, E NÃO DIGA O NOME, ATÉ PORQUE É CASO DE INTERESSE PÚBLICO. A DENÚNCIA NÃO SERIA CONTRA O JORNALISTA LAUREADO E SIM CONTRA UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO APOSENTADO, EVENTUALMENTE DE FORMA ILEGAL. O SR. USOU SIM DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS. FOI PARCIAL. COMO O SR. MUITAS VEZES ACUSA SEM PROVAS E É BASTANTE PARTIDÁRIO, FIQUEI NO CASO DECEPCIONADO. PEÇO O MEU ANONIMATO E QUEIRA-ME BEM, POIS SOU SEU ASSÍDUO LEITOR E FAÇO UMA CRÍTICA CONSTRUTIVA.
Ô das 11:26. Em primeiro lugar, obrigado, pela leitura e pela crítica. Em segundo lugar, tento manter uma coluna de opinião. E a opinião inevitavelmente toma partido. Só procuro não ficar cego nem surdo às outras opiniões ou aos efeitos que minhas opiniões produzem. Mas é evidente que nem sempre estou certo. E às vezes também não estou muito errado.
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