quinta-feira, 3 de abril de 2008

E AGORA, SEU DARÍO?

Cidade sem lei, freguesia onde cada um faz o que bem entende, de vez em quando cria uns rolos como este: a Procuradoria da República em Santa Catarina quer construir sua sede num terreno da União, mas não pode, porque a prefeitura autorizou que se instalassem ali estacionamento de ônibus, um camelódromo e uma feira de hortifrutigrangeiros.

Comunicada em janeiro de 2006 dos planos da Procuradoria para o terreno (de 32 mil m2), a prefeitura fez o que normalmente tem feito em casos semelhantes: nada. E o tempo vai passando.

Sem ter sucesso nas negociações com a prefeitura, o Ministério Público Federal recorreu à Justiça Federal, para pedir que dê um calor no seu Darío pra ver se ele se mexe e desocupa a moita, digo, o terreno.

O juiz Hildo Peron, da 2ª Vara Federal da capital, negou ontem o pedido de liminar (desocupação imediata do imóvel), porque acha que se a pendenga se arrasta desde 2005, não teria sentido escorraçar a turma assim, de uma hora para outra. Mas mandou intimar a prefeitura, para que não conceda mais alvarás e autorizações na área e apresente uma série de documentos que irão embasar a decisão a ser tomada.

Parece até que estou ouvindo a trilha sonora de sempre: “o terreno não é teu, mas te instala aí de qualquer jeito, que depois é muito complicado te tirarem. E qualquer coisa ainda podes pedir uma boa indenização pra desocupar, né?”

3 comentários:

Anônimo disse...

Alguém sabe quanto as empresas de transporte coletivo pagam à prefeitura pela utilização daquela área? Ou não pagam nada justamente porque a área não pertence à prefeitura?
Outra indagação: Quando existia todo aquele projeto paisagístico na Baia Sul, tal projeto já estava fadado à morte? Gastaram dinheiro à toa?
Dada a situação caótica do trânsito, conhecida por todos, não seria uma solução melhor fazer uma permuta daquela área com outra, por exemplo nas proximidades da via expressa sul? Se isso fosse possível, e mais, fosse aceito pela Procuradoria da República, o povo poderia receber de volta o que era seu (as área)? Ou seria preciso criar uma empresa de transporte coletivo para poder usufruir dela?
Caso nem cogitem essa idéia de permuta e conseqüente construção em outro local, qual rua será fechada desta vez para fazer estacionamento privativo para a Procuradoria da República?
Ali não poderia ser construído um grande, mas grande estacionamento, para desafogar ruas próximas (na atual situação, a Av. Hercílio Luz é ali do lado)?
Um argumento que NÃO é válido, para haver esse "ajuntamento" de prédios do poder público em uma área que não suporta mais nada, é a necessidade de aproximação dos órgãos. Estamos no século XXI; existe internet de alta velocidade que encurta qualquer distância.
Simplesmente decidiram fazer assim e irão fazê-lo e pronto, e depois verão no que vai dar, tipo o elevado de Capoeiras?
Minhas perguntas são muito tolas? Sou muito ingênuo? Existe solução para que o povo seja incluído nestes projetos?

Anônimo disse...

Lembrem-se que toda esta área foi ocupada pela Tia e as licenças dadas por ela.
Mais um problema da cidade herdado pelo Dário.
Este problema ainda não deu para resolver, mas no próximo mandato ele dará um jeito, com certeza.
Inclusive ele está solicitando parte daquele terreno para construção da sede definitiva da Prefeitura. (Já tem até dinheiro no caixa para isto).
Que, pasmem, até hoje os governos dos Amin não fizeram uma sede para poder alugar prédios dos amigos.
Maior exemplo disto é o prédio da Conselheiro Mafra.

Anônimo disse...

O anônimo das 9:41 está mal informado, pois o antigo "Cestão do Povo" e o estacionamento de ônibus, o Centro de Convenções, os estacionamentos da Comcap e da Aflov, o Sambódromo, a estação de tratamento de esgoto, são todos anteriores à gestão da "Tia".
O camelódromo sim, esse foi feito quando o "camaleão" João da Bega era Secretário da Susp, na gestão dela.
Agora, é bom saber que foi o Darííu que vendeu o prédio do Pró-Cidadão (esse sim, da gestão dela), com a finalidade de "arrecadar recur$$os para a nova sede da Prefeitura" e só depois descobriu que não tem o terreno, e paga aluguel pelo Pró-Cidadão !
Foi como o elevado de Capoeiras: fez o elevado sem nenhum estudo prá depois ver como fica o trânsito. Não poderia deixar de dar essa nhaca !