sexta-feira, 7 de março de 2008

MODERNIDADE

Esta ninguém me contou. Eu vi com estes olhos lindos que fizeram, fazem e farão tantas mulheres suspirar.

Uma pensionista do Ipesc foi à agência do BESC onde tem conta, para pedir um pequeno empréstimo consignado. Daqueles garantidos pelo contracheque, que qualquer financeira de quinta categoria libera em dois minutos.

Aí aconteceu o seguinte. Primeiro o sujeito que estava atendendo era inexperiente ou mal treinado mesmo. Não sabia nada de nada. Tudo tinha que perguntar pra outro. Um verdadeiro inútil. Seria mais eficiente deixar só o outro, que sabia das coisas, atendendo. Iria tudo mais rápido, sem tanto estresse.

Bom, aí explicaram pra senhora o seguinte enredo: o BESC só se comunica com Ipesc por fax. E essa conversa só acontece duas vezes por semana, às terças e quintas!

Neste momento, meu queixo caiu, fez um barulhão e todos me olharam. Recolhi-o discretamente e continuei ouvindo.

Como era quarta-feira, o pedido de autorização só seria encaminhado, por fax, na quinta (ontem) e só na terça da semana que vem, receberiam a resposta. Então, a senhora teria que voltar na terça ou quarta, para concluir a operação.

A senhora, provavelmente uma viúva, mal se continha, decerto louca pra sentar a bolsa na cabeça do atendente. Mas reuniu as forças e perguntou, como quem busca uma luz no fim do túnel; “e quando é que a gente vai passar pro Banco do Brasil?” Certamente imaginando que um dia isso de comunicação por fax duas vezes por semana iria acabar.

O moço que não sabia nada de nada riu, porque isso ele sabia: “ah, vai levar cinco anos, é o prazo pra ser feita a incorporação”. E arrematando, num lance de pura maldade com a viúva: “e vocês não vão poder mudar quando quiserem, tem um cronograma e a gente é que vai dizer quando que podem mudar”.

A senhora deu um suspiro, sentiu que não valia a pena perder tempo com o desmiolado, levantou-se e saiu.

Tive vontade de ir lá dar um cascudo no cara e em quem teve o desplante de colocar, para atender o público, um despreparado. Mas não me animei. Ultimamente ando muito desanimado com as coisas. Uma vontade grande de mandar...

Update do domingo: vi, pelo teor dos comentários, que não deixei claro a que tipo de “modernidade” me referia. O problema principal, relatado acima, não está no BESC (ele participa da historinha apenas pelas mãos inábeis do despreparado atendente e de quem o colocou ali e por outras coisinhas menores). O causo é com o Ipesc, desse governo recheado de modernidade e voltado para o futuro, fugindo da escuridão medieval. O Instituto não consegue “conversar” com um banco (e aí é irrelevante que banco seja) a não ser duas vezes por semana e por fax. Por que só duas vezes por semana? Falta gente? Falta empenho? Falta “choque de gestão”? Ou é apenas uma manobra para que as pensionistas desistam de usar o direito que têm de se endividar?

10 comentários:

Anônimo disse...

Esse é o BESC que todos nós conhecemos!!!

Upiara B. disse...

Por sorte, nesse caso, o funcionário está errado. Cinco anos é só o prazo em que o BB é obrigado contratualmente a manter a marca Besc.

Anônimo disse...

Cesar,
Me explique direitinho cinco questões:
1ª- Qual foi a real vantagem para nós, rés correntistas, em manter o BESC público ?
2ª- Que diferença há entre incorporar o BESC ao Banco do Brasil e fazer um leilão para a venda do BESC, onde o próprio BB poderia dar um lance ?
3ª- Quem realmente "ganhou" com essa incorporação ?
4ª - Você acredita que em pequenas cidades o BB vai fechar para manter o BESC funcionando ?
5ª - Qual será o destino da marca BESC após esgotado o prazo de cinco anos ?
ME ENGANA QUE EU GOSTO !

Anônimo disse...

Aquele ato de incorporação do BESC foi um verdadeiro circo, onde nós somos os palhaços. Sou correntista do BB e tentei usar um caixa eletrônico do BESC. IMPOSSÍVEL. Tentei ir direto no caixa do BESC. Sabem o que ele fez? Riu e deu de ombros. Ou seja, NÃO FUNCIONA. Ah, fui procurar um caixa do BB e este estava "indisponível" e escutei a seguinte VERDADE: "foi só o BB se juntar com o BESC e olha o que dá".

Anônimo disse...

O BESC sempre foi um banco de praça e pelo jeito continua sendo. Outro dia eu também vi com esses belos olhos que fizeram e ainda fazem muito marmanjo suspirar (he he he.. foi tio César que provocou) vi um monte de correntistas se apinhando na agência da Trindade, enquanto apenas 2 caixas atendiam. Como um deles era "só para idosos", estes eram atendidos, com educação e paciência, na medida em que chegavam. O resto que esperasse de 45 minutos a 1 hora pra ser chamado e atendido com má educação.

Anônimo disse...

Cesar,

Senhores, o Besc tem uma fila maior que a da concorrencia por que é o Banco mais simpático e tem a marca mais forte aqui no nosso Estado.

Se alguém quer pagar uma conta de luz, ao invés de ir na lotérica ou em outro Banco, vai no Besc.

O Besc, presensa em todos os municipios do Estado, pagando o funcionário publico, financiamento o pequeno agricultor, o pequeno empresário, e fez isso ao longo dos anos, tem a marca mais simpática do Estado de Santa Catarina.

Por isso, sua privatização, ou mesmo sua incorporação pelo Banco do Brasil, tem levado grande parte dos catarinense que trabalharam, que tem parentes que particaparam da história do Banco, a uma situação de grande tristeza.

O Besc tem uma marca, uma história, que como os outros exemplos de catarinenses, nos orgulham.

Eu tenho orgulho do Besc, mesmo tão vilipendiado pelos Governantes Catarinense como no epsódio do Paulo Afonso e Jorginho Melo.

O Besc é uma marca catarinense de valor.

Pedro de Souza

Anônimo disse...

Não tive problemas pra usar o Besc/BB.
Mas só dá pra saque e saldo, extrato ainda não.Mas quebra bem o galho onde não tem caixa-e do BESC.


Lia

Anônimo disse...

Acho que quando um jornalista divulga uma informação deve dar-lhe um caráter mais amplo possível. Tio César diz que tem "olhos lindos que fizeram, fazem e farão tantas mulheres suspirar". Então bota uma foto deles aí, ou pelo menos permita que se possa ampliar a que tem no blog pra gente poder conferir se é verdade...KKKKKKK

Anônimo disse...

Tem gente que fala muito mal do Besc. Sou cliente deste banco desde 1990 e não troco ele por nenhum outro, nem mesmo pelo Banco do Brasil. Minha preocupação com a incorporação pelo Banco do Brasil é: como ficarão as taxas bancárias. Pois temos as menores taxas. E tenho certeza que os clientes do Banco do Brasil não serão beneficiados com isso. Somente os clientes do Besc é que sofrerão, pois, provavelmente terão que pagar as altas taxas do Banco do Brasil.

Anônimo disse...

Sim concordo ,que eles fazem discaso com as viúvas,achando que nós pencionista somos verdadeiras retardadas.
ficam regulando esses emprestimos dissserto achando que não vamos pagar ,mas se nós pedimos é por que precisamos ,não é pra comprar doces.
temos que suar muito para dar conta da casa , ser pai , mãe dos filhos ,então ainda temos que mendingar para o ipesc um direito nosso .
na hora de descontar da folha do nossos finados maridos que Deus os tenha els não queriam nem saber se ia passar a margem ou se o funcionario estava em dificuldade.descontavam mesmo.
Se eles pudessem tiravam mais ess direito nosso .
É revoltante isso.