Não canso de me espantar como os administradores do dinheiro público odeiam a lei de licitações. Detestam esse instrumento quase tanto quanto as leis de proteção ambiental.
No mínimo, dizem que é um atraso de vida, que as coisas demoram, que obras ficam inviabilizadas. E, na prática, tentam de todo jeito e maneira dar um nó na lei.
E o fazem sem qualquer pudor, abertamente, com a absoluta certeza que nada acontecerá. A última manobra pra fugir da licitação foi anunciada na primeira página do jornal A Notícia: o governador LHS decretou um espantoso “estado de emergência eletroenergético” no norte do Estado, para “ajudar” a Eletrosul a construir uma subestação sem licitação.
Às vezes penso que os administradores do dinheiro público deixam propositadamente a situação se agravar, para poder, num determinado momento, requerer dispensa de licitação por motivo de urgência urgentíssima, desastre iminente ou calamidade inesperada.
Como é que em seis anos de governo e mais não sei quantos como prefeito, só agora o LHS viu que seria preciso reforçar o fornecimento de energia para a sua base eleitoral?
Mas agora tudo se resolverá, porque as palavras mágicas foram ditas: “dispensa de licitação”. Elas são o equivalente moderno do “Abre-te Sésamo”, usado por Ali Babá, aquele dos 40 ladrões, para abrir a porta da caverna dos tesouros roubados.
Quem resolve a pobreza é o capitalismo, não os burocratas do G20 com as
garras no Estado.
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O sistema capitalista se mostrou o mais eficiente na criação de riqueza,
desmistificando a ideia de que economia é um jogo de soma zero. Alan Ghani
para ...
Há 5 horas
4 comentários:
Caro Cesar... esse trololó de estado de emergência é uma vergonha, mais uma do LHS. Como bem foi destaque em vossa nota: depois de seis anos de governo e 30 de prefeito em JOinville, vem o LHS decretar estado de emergência para contratar empresa sem licitação? Cesar, é tempo de eleição, e o homem precisa de grana. Sem licitação ele contrata quem quer e pede do contratante o quando quiser para o caixa 2, caixa 3... Tem mais uma: por que convidou ou aceitou a GM se instalar no município se não tem garantia de energia elétrica? Nâo teria sido por essa "obra" da GM a pressa do Governador? Mais uma: esse governo anunciava a litorização da economia que estava o Estado de Santa Catarina, e que iria privilegiar o Oeste... Por que não levou a GM para fora de Joinville? Joinville não é litoral? Esse desgoverno tem que tirar a bunda de vez do município de Joinville, e olhar para "toda Santa Catarina"... Ministério Público, fique de olho nesse estado de emergência criado pelo governador na sua cidade.
ATENÇÃO: O custo da construção da subestação de Joinville será pago pelo consumidor final, ou seja, POR VOCÊ, que consome energia com seu computador, com sua geladeira, com seu micro-ondas, com seu ar condicionado e com a iluminação !
A Eletrobrás avalia que sem licitação o preço da construção da subestação e da linha de transmissão deve pelo menos dobrar !
Ou seja: "eles" esqueceram que precisava da subestação, "eles" agora decretaram emergência eletroenergética para fugir da licitação, "eles" vão contratar a empresa que ofereça maior retorno para as campanhas eleitorais "deles", "eles" vão dividir as sobras de campanha e quem paga a conta com 25% de ICMS é VOCÊ, eterno "otário" contribuinte POR TODA SANTA CATARINA !
Cadê o Ministério Público e o Tribunal de Contas ? Ah, não precisam se incomodar, pois depois tudo se resolve com os juízes em Brasília !
Cesar.
É evidente que as situações de emergência são criadas para "justificar" compras ou contratações diretas.
Veja o caso da Copa do Mundo que ocorrerá no Brasil.
Já sabemos que será aqui.
Sabemos que serão necessárias muitas obras.
Movimentação, até agora nada.
Imagine quanto se gastará na construção ou reforma dos estádios e infra-estrutura geral.
Daí já é possível imaginar também quantos cuequeiros ou aloprados irão cruzar os céus abarrotados de dinheiro vivo.
Depois é só pizza.
Vocês são uns tansos mesmo...
Agora há pouco assisti o Dep. Herneus De Nadal defender o Governador. O argumento dele: As obras serão feitas pela Eletrosul, ou seja, pelo Governo Federal.
Daí tirei duas mensagens: A primeira, é que o Dep. acha que o Gov. Federal pode superfaturar a obra, que nada temos com isso. A segunda e mais importante: Lembram quem está para ser nomeado DIRETOR ADMINISTRATIVO e FINANCEIRO da ELETROSUL? Paulo Afonso Vieira. De que Partido ele é mesmo? Digo e repito: Vocês são uns tansos, e me incluo com vocês...
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