Luís Nassif, que estará em Florianópolis para palestra na Assembléia Legislativa amanhã (dia 23), é um jornalista com uma rica história profissional e sua passagem pela cidade ganha interesse na medida em que anda, ultimamente, envolvido com uma série de polêmicas jornalísticas.
De uns tempos pra cá tem ocorrido um fenômeno muito interessante, com jornalistas metidos em bate-bocas e/ou denunciando más práticas de colegas. Alguns são genericamente catalogados como lulistas, outros como petralhas, outros como membros da “mídia golpista”, etc.
Alguns se destacam e são, naturalmente, atacados por um maior número de “desafetos” e, da mesma forma, defendidos por um número expressivo de seguidores.
As opiniões têm sido tornadas públicas, em geral, por intermédio de blogs, esses sites de internet fáceis de fazer, de atualizar e, sobretudo, baratos ou mesmo gratuitos. A ferramenta permite que, em poucos minutos, qualquer pessoa publique o que quiser e coloque à disposição do mundo inteiro.
Tal como no antigo espectro político de direita e esquerda, os contendores desse... vá lá, debate, são colocados em suas posições pelos adversários. Assim, temos desde o extremo lulista Paulo Henrique Amorim, ao extremo golpista Diogo Mainardi. E, nas várias etapas intermediárias, Luís Nassif ocupa as vagas destinadas aos lulistas. Não tão radical quanto o PHA, mas ainda assim definitivamente simpático ao governo.
E, até onde entendi, nesse jogo não basta falar bem (ou mal) do governo, é preciso falar mal de quem diz o contrário. Desqualificar o oponente, saca?
Claro que o Nassif não começou seu famoso “dossiê Veja” porque a revista é considerada uma pedra no sapato do governo. Ele vê, no jornalismo de Veja, um montão de problemas éticos e tenta mostrar isso numa série de artigos (reunidos sob o título geral de “O Caso Veja”) que estão disponíveis em seu site (www.projetobr.com.br).
As guerras são sempre muito complicadas porque, no calor dos combates e na ânsia de avançar, acabam-se cometendo, de um e de outro lado, crimes e injustiças. Da mesma forma, quando se está sob ataque, é fácil imaginar que os inimigos estão todos mancomunados, formam uma rede de aliados cujo único objetivo é nos aniquilar.
Assim, Nassif parece ter uma certa tendência a considerar que todos aqueles que falam mal dele ou mostram-se em posições opostas à dele, fazem parte de uma mesma confraria. Colocou no mesmo saco, por exemplo, a repórter Janaína Leite e o colunista Diogo Mainardi, como se tivessem arquitetado e coordenado seus movimentos. Depois, achou que a vereadora Soninha (PT-SP) também participava do “esquema” porque um funcionário do seu gabinete, num blog, defendeu a Janaína. Alertado sobre isso pela própria Soninha, retificou-se publicamente.
Do outro lado, afirmam que o milionário empréstimo que a empresa de Nassif obteve no BNDES, e que foi renegociado há pouco em, segundo contam, excelentes condições, o impediria de ter outra posição sobre o governo, que não a de um admirador otimista.
Ou seja, um rolo danado. Como não tive tempo (nem muito saco) pra estudar o caso com a seriedade que ele merece, não sei quem está certo, quem está errado e muito menos se tem alguém certo ou alguém errado. Mas vocês, que são grandinhos e bem espertos, poderão, se quiserem, dar uma olhada no site do Nassif, no site da Janaína (arrastao.apostos.com) e onde mais acharem necessário para tentar, primeiro, entender. E depois, formar algum juízo.
Pretendo ir à palestra do Nassif, que tem como título “O Brasil no mapa da economia mundial” e na coluna de sexta conto como foi (principalmente se jogou lenha em alguma fogueira, das várias que estão ardendo por aí).
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
-
A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 6 horas
3 comentários:
Caro Cesar, fiz minha inscrição, via internet, no dia 16/4. Não recebi qualquer confirmação por email. Você recebeu? O comprovante é somente a página onde está escrit "confirmação de inscrição"? Naquele dia dia havia mais de 300 vagas disponíveis. Hoje não há mais nenhuma.
Pergunto a você pois a página da ALESC é um pouco confusa e no link da palestra só informam que as vagas estão esgotadas.
Obrigado de antemão.
Se for igual ao da palestra do Noblat, é só chegar lá e identificar-se. Eles têm várias pessoas à disposição com a lista de presença separada por letra. Você se identifica, assina a lista e recebe um adesivo para colar na roupa.
Marcelo Santos
Obrigado pela informação, Marcelo.
Ats, José.
Postar um comentário