segunda-feira, 8 de setembro de 2008

JUSTIÇA ELEITORAL

Outro dia um leitor disse que eu estava falando pouco da eleição municipal. De fato, não tenho me ocupado muito disso. Um dos motivos é a dificuldade de tocar no assunto sem tomar posição. É possível informar com uma certa isenção (o que é feito nos jornais, nas páginas de notícias). Também é relativamente fácil fazer, como fiz na nota acima, uma avaliação sobre alguns aspectos da campanha. Mas opinar de tal forma que não se antecipe um julgamento, ou não pareça que se está colaborando com este ou aquele, é muito difícil.

Ao mesmo tempo, é fundamental que o eleitor tenha acesso a informação e opinião, para ir formando suas convicções. E este dilema é uma questão que deve ser enfrentada, discutida e, se possível, resolvida, para que a gente possa contribuir de fato com o eleitor.

Se eu fosse comentar, por exemplo, os pontos que considero fracos, ou fortes, em cada um dos candidatos à prefeitura da capital, ao final da leitura estaria claro que acho que um (ou uma) deles é melhor (ou menos pior) que os outros. Isto sem falar no problema adicional, que é o fato do jornal para onde escrevo estes comentários ter a sua principal circulação em outros municípios que não a capital.

Não sei se estou exagerando, mas me parece um problemão. Tenho, em tese, liberdade para falar o que bem entender, mas com receio de alimentar alguma injustiça eleitoral, me calo. E agora?

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