DINHEIRO SOBRANDO

De vez em quando alguns desses abnegados, que vivem de ler o Diário Oficial, fazem a gentileza de me passar algumas das jóias que encontraram. Ou porque estão de saco cheio e querem se divertir um pouco, ou porque a pepita localizada irá atingir algum desafeto.

Quando a informação é interessante, até faço de conta que não sei o que motivou o “desinteressado” aviso. Como é o caso destes registros do dinheiro distribuído pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, usando ou não esses Funturismos e Fundesportes que, ao que parece, encheram as burras da secretaria.

Sim, porque só quem tem dinheiro sobrando pode se dar ao luxo de contribuir com R$ 50 mil para ajudar a Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal a realizar seus jogos olímpicos.

Ou então, R$ 25 mil para o Campeonato Catarinense de Sinuca de 2008, via a Federação Catarinense de Sinuca e Bilhar. Imagino que todos os esportes olímpicos estejam plenamente atendidos. E aí, se sobrou uma graninha pra dar uma força pra sinuca, por que não, né?

Mas nem tudo são flores, no quintal onde o dinheiro é distribuído generosamente. O Tribunal de Contas do Estado abriu uma “tomada de contas especial” para examinar a papelada de uma graninha que a Federação Catarinense de Futebol de Salão ganhou da secretaria do Knaesel. Trata-se de “apenas” R$ 3 milhões, no período de sete meses (dá mais de R$ 400 mil por mês), transação que fez tocar os alarmes no TCE.

Essas histórias estavam nos Diários Oficiais dos dias 19 e 20 de junho. E são apenas algumas das pérolas. Tem mais. Mas ficam pra outro dia.

ATUALIZAÇÃO DA MANHÃ

Um amigo que acompanha o esporte há muitos anos, mandou um recadinho:

“Cesar, dá pra entender a dinheirama jogada na Federação de Futsal. É a ligação de Cacá Pavanello (leia-se Malwee), atual diretor geral da Fesporte, com a modalidade.”

Será?

E um (uma?) comentarista deixou a seguinte informação:

“Bom dia! Para seu conhecimento, desde 2006 existe na Secretaria de Esporte, Turis e Cultura, o Projeto TROQUE LIXO POR LIVRO, premiado nacional e internacionalmente. O Projeto, que já foi implantado em Blumenau e Gaspar, tem todo o trâmite realizado e nunca, nunca sequer foi examindado na Secretaria. Fizemos várias viagens para a implantação de um projeto que beneficia a leitura gratuita para as crianças e que ao mesmo tempo cria a educação ecológica. Para isso não tem dinheiro, e nem é dinheiro do Governo, é o apoio para que a captação seja realizada por uma ONG honesta.”