A grande beleza das campanhas políticas é que os candidatos, todos eles, mostram-se no seu melhor momento. São ágeis, preocupados, sensíveis, firmes, cheios de idéias, têm soluções e explicações, tudo na medida certa. Às vezes, um ou outro, mais inexperiente, no começo da campanha, ainda tenta o caminho da sinceridade e simplicidade, mas logo é desestimulado. E assume o figurino clássico.
Acho muito difícil escolher em quem votar apenas acompanhando os debates e ouvindo os programas eleitorais obrigatórios. Acho-os todos ótimos. Muita gente não tem este problema, porque é torcedor de um clube, digo, partido. Aí, nem precisa prestar atenção no que um ou outro diz: o craque do time sempre está certo e os perna-de-paus dos times adversários sempre estão errados. Simples assim.
Mas nós, que não somos filiados, nem fãs, nem comissionados, que podemos escolher com liberdade em quem votar, estamos com problemas: aparentemente todos têm seus méritos. E sobre os defeitos, geralmente levantados por adversários, não temos assim tanta certeza.
Por isso é que se insiste tanto que o eleitor acompanhe, ao longo do tempo, o que os políticos fazem. É difícil conhecer suas faces reais apenas durante a campanha. Mas, fora do período eleitoral, eles agem com maior liberdade. O diabo é a gente conseguir registrar os desempenhos. Seja porque temos mais o que fazer, seja porque eles fazem tanta bobagem que acabamos enchendo o saco de acompanhar.
Mas é importante ver ou ouvir os debates. Mais importante ainda, conversar com amigos e parentes sobre as escolhas. Pensar no tipo de vereador que queremos na Câmara. Lembrem-se que vem aí a votação do Plano Diretor. Não dá pra gastar o voto com qualquer um. Por mais boa gente que pareça ser. E na prefeitura, problemão: já sabemos que os prefeitos, assim como governadores e presidentes, nunca sabem de nada. Nunca foram eles que fizeram ou deixaram de fazer. É sempre alguém da equipe, da turma. Não adianta o prefeito ser o máximo se coloca, nos postos chaves, gente de última. E como saber isso? Quase impossível, porque os acertos de distribuição de cargos são, muitas vezes, secretos.
É muito dura, a vida de eleitor.
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Há 6 horas
4 comentários:
Como você falou, o prefeito, assim como o Lula, não sabia de nada. O Dário nos brindou com a pior equipe jamais escolhida. O secretário de transportes, por exemplo (tema que foi uma das peças chaves de sua campanha), jamais pegou um ônibus, mas entrou na justiça obrigando as empresas a aumentarem a tarifa, engarrafou a cidade, não entendia nadica de nada do assunto... Mas o Dário não sabia. Seu líder na Câmara, escolhido a dedo, Juarez Silveira, foi pego com o dedo, a mão e o corpinho todo na Moeda Verde. Mas o Dário nem sabia. E haja exemplos. O Dário, também indiciado na Moeda Verde, não sabia também o ele próprio que fazia. Uma coisa! Do Lula ao Juarez, ninguém sabia de nada. Resta a gente saber de alguma coisa e tentar escolher melhor, mesmo sendo difícil.
Carlos X
O mais justo com o eleitor seria os candidatos apresentarem toda a equipe (todo o plantel) a ocupar os cargos comissionados. Desde secretários até ... qual mesmo? Quais são os cargos comissionados do município? Quantos são? O que fazem? Não sei!! alguém sabe? A gente vota num e recebe um montão de "brinde"!!!....
Prezado 3:47. São tantos os cargos comissionados, os assessores para assuntos extraordinários, os aspones de alto salários, que se os dandidatos apresentarem todos, teremos um livro ao invés de santinhos. É melhor votar em quem ainda não esteve lá e em quem não apresenta ficha imunda. São poucos, mas procurando a gente acha.
Ô anônimo das 4:50, não é "dandidato" que se diz, (apesar de alguns posarem de verdadeiros dândis nesta época) é bandidato!!! Quem tem ficha corrida é bandidato!
E concordo que são poucos os que não tem (ou só não tem porque tem instituição nacional que é "cega")...
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