segunda-feira, 14 de julho de 2008

CEM ANOS DE HISTÓRIA

Publico aqui uma crônica que o meu amigo Chico Amante (Francisco Hegidio Amante) escreveu para celebrar o centenário do João Moritz.

“Quatorze de julho de 1788 – Queda da Bastilha. Quatorze de julho de 1908 – nasce um grande Manezinho, o Dr. João Eduardo Moritz. Cento e vinte anos separam a mesma data que marcou a história, uma mundial e a outra de Florianópolis.



E não foi nenhum Danton, nem Robespierre nem Marat que nasceu em 1908. Foi o “Seu Joãozinho”, lá da Padaria Moritz, aquela da Rua Tiradentes, que tinha A(s) Soberana(s) e a bala Rocôco.



Com o mesmo nome do patriarca, Sr. João Moritz e da Tia Maria, é o pai do João Eduardo – o Janja – do Flávio e do Antônio Carlos, tem uma netarada que não sei os nomes. Irmão de outro famoso Manezinho, o Seu Lico, da Ilze e do Osvaldo, este último não conheci. Tinha como sócio o Tio e Amigo, Seu Arthur Killian.



Homem de muitas facetas, tem uma longa história de vivência e convivência por este mundo afora. Engenheiro pela Faculdade de Engenharia de Itajubá (MG), com estágios na Europa, foi Presidente da Sotelca e Diretor da Empresa Carlos Hoepecke.



As inúmeras homenagens que lhe estão sendo tributadas neste 14 de julho são mais do que merecidas, pois indubitavelmente é um lídimo repositório da história desses cem anos de Florianópolis.



Lembro-me perfeitamente de sua postura na direção do seu Chevrolet placa 0037 desfilando pelas ruas da cidade, e chegando invariavelmente todas às tardes na firma Moritz, da qual foi Diretor Gerente por muitos e muitos anos. Meu patrão, juntamente com o Seu Lico e o seu Arthur, guardo lembranças agradáveis da convivência diária, juntamente com o Pedro Rita, a Dona Tica, o Arthur Eduardo, o Ju Fortkamp, a Nelita, o padeiro Dorinho, o confeiteiro Hercílio, o motorista Brognoli, o Seu Guilherme, o Arnoldo Silveira, o Isolino, o Altino, o Zé Amorim e tantos outros dedicados funcionários da empresa, que vestiam a camisa da firma.



Parabéns. Dr. João, ou melhor, Seu Joãozinho, para preservar os áureos tempos da firma Moritz. Parabéns à sua Esposa, aos seus filhos, noras e netos. Parabéns à Florianópolis, que presencia um de seus filhos comemorar tamanha longevidade, atingindo o seu centenário de nascimento.”

2 comentários:

Anônimo disse...

Cesar.
Aproveito o gancho para tratar de um assunto de alta relevância para nós, manezinhos: A bala Rocôco.
Muitas vezes fui até A Soberana, buscar pacotes de balas Rocôco para revender no armazém de meu pai.
Consumir bala Rocôco era uma sensação excepcional, naquela época de poucos lançamentos.
Assim, gostaria de usar seu veículo para, através dos leitores, tentar buscar a razão de ter sido interrompida a produção daquela bala.
Será que alguém poderia nos dar uma luz sobre esta questão?
Afinal, tratava-se de um sucesso absoluto e acredito que faria o maior sucesso se comercializada atualmente.
Abraços.

Anônimo disse...

Muito obrigado pelo artigo. Já havíamos recebido da direção do Figueirense matéria publicada no jornal Diarinho sobre nosso tio, o que nos deixou muito orgulhosos pela lembrança em vida, porque depois que morre, não adianta mais, não é mesmo? Camila M. Freitas