terça-feira, 9 de setembro de 2008

DEMISSÕES NO TCE

O presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Carlos Pacheco, exonerou, a pedido, quatro servidores comissionados, a partir do último dia 8. Os atos publicados hoje, a supor pelos sobrenomes, visam enquadrar aquele órgão nas novas determinações que o Supremo Tribunal Federal (STF) baixou, sobre nepotismo.

Saíram do TCE: Francisco Carlos Fernandes Pacheco, Jerusa Correa Buzzi Fontes, Roberval Rogério Wan-Dall e Leonardo Fermino Pacheco.

EM TEMPO

Há agora grande expectativa sobre o que vai acontecer nos demais órgãos e Poderes. Como já disse outro dia, há um certo nível de hipocrisia na discussão deste assunto. Não se pode imaginar que só porque um Poder afastou os parentes dos cargos em confiança, houve uma “moralização”. Houve apenas a troca de uma pessoa que tinha laços de parentesco, por outra, igualmente nomeada segundo o arbítrio do detentor do poder e portanto tão ou mais comprometida.

O problema principal, insisto, é ter um volume exagerado de cargos e funções que podem ser preenchidos sem concurso, permitindo a construção de uma espécie de corte de fidalgos, a serviço do amo e senhor. O fato de alguns desses beneficiados ser parente é apenas um detalhe. Discutir o nepotismo sem tocar na ferida mais ampla, é fazer apenas um jogo de cena inócuo.

13 comentários:

Anônimo disse...

Tio César,

Quem quer apostar que os "pachecos" serão "reintegrados" em outras instâncias de poder?

Anônimo disse...

Será que os deputados estaduais demitiram as esposas, sobrinhos, netos, tios, sogras, sogros, bisnetos, etc...etc...etc...

Anônimo disse...

Duas questões:
1) Para onde irão estas pessoas? Alguém quer fazer uma aposta?
2) E na Assembléia Legislativa, vão começar quando as demissões?

Anônimo disse...

Pq o Ibope ouviu menos pessoas nesta pesquisa do que na anterior? A cidade está esvaziando???

Anônimo disse...

Pq o Ibope ouviu menos pessoas nesta pesquisa do que na anterior? A cidade está esvaziando???

Anônimo disse...

Quero ver como é que vai ficar o tal nepotismo cruzado?
Hipoteticamente, ad exemlum tantum, o que supostamente há entre a PGE e o TJ?

Anônimo disse...

Outro dia já postei esse comentário, mas vou repeti-lo.
Não encontro justificativas para o Poder Judiciário cujas competências constitucionais impõem que atue tecnicamente, tenha necessidade de cargos comissionados (de livre nomeação e exoneração) quando o maior valor para o desempenho dessas funções seria justamente o conhecimento a ser aferido por meio de concurso público.
Note-se que os projetos das leis que criam esses cargos são oriundos do próprio Poder Judiciário, mas há a responsabilidade da Assembléia legislativa que os aprova e transforma em Leis.

Tio César,

Faça um jornalismo investigativo e busque essas informações, e não esqueça de ouvir a AMB.

obs. Nào confunda com funções de confiança que devem ser exercidas por servidores ocupantes de cargo efetivo.

Anônimo disse...

O TCE exonerar parentes é o cúmulo, isto não é lamentável, não tem nada de estar saindo na frente.

Na verdade, como "órgão exemplo" não deveria ter nepotismo, nem real, nem cruzado.

Este o nosso órgão de fiscalização? Vergonha!

Anônimo disse...

Preparem-se as fraudes em concursos públicos vão aumentar, cada vez mais os padrinhos vão ajudar suas afilhadas, se é que me entendem...

Anônimo disse...

Juan Ramón Capella nos fala de adoção "são os membros dos distintos corpos funcionais dos estados quem adotam a seus sucessores ao decidir os concursos para o acesso às funçoes públicas".

Anônimo disse...

Sempre que posso dou uma passadinha aqui neste blog para saber das notícias.
Na maioria das vezes, as notícias me chamam a atenção, outras nem tanto.Mas isto não vem ao caso.
Não sou contra nem a favor de nomear um parente para exercer uma função de confiança, desde que, este o exerça de verdade, que cumpra com seu dever e não apenas seja nomeado para receber um salário sem ter que trabalhar, isso é injusto. Se eu tivesse oportunidade, também colocaria alguém de confiança para exercer uma função (parente, amigo...). Afinal o nome já diz tudo, "confiança". No entanto, vejo aqui apenas comentários criticando tal ação. Ora pessoal!!! Garanto que se você tivesse tal oportunidade, faria o mesmo. Quem não quer ajudar alguém da família a trabalhar e receber um salário?
Veja bem... falei TRABALHAR e não apenas "encostar" alguém.
A hipocrisia pelo jeito, ainda é grande por parte da população.
Um abraço caro César. Seu blog ainda é um sucesso.

Mário Jorge.

Anônimo disse...

Legal, encaminha-se um projeto de lei criando cargos comissionados (função de confiança somente pode ser exercida por quem detem cargo efetivo)com vencimentos de R$ 10.000,00 e após aprovação legislativa momeio meu filho, minha mulher, um sobrinho para "trabalharem"
Normal, afinal, esse recurso que vem da cobrança de tributos provavelmente decorre daquele percentual que os operários pagam de impostos sobre o feijão, o arroz, o leite para os filhos... eles que diminuam o gasto com alimentação...
saúde, educação, rodovias, segurança no trabalho (não sei como vivem caindo e morrendo), nem se fala...

Anônimo disse...

Com razão o leitor das 11:03, aqueles familiares que não querem nada com nada precisam de uma mãozinha heheh