sábado, 13 de setembro de 2008

BYE BYE BESC!

O anúncio de que o Banco do Brasil e o governo do Estado chegaram a um número sobre o valor a ser pago pelo BESC, traz às rodas de conversa, novamente, a questão do futuro do banco catarinense.

O BESC é uma espécie de fusca: a gente sabe que tem alguns ítens desatualizados, que o desempenho já não é o mesmo de antes, mas carrega ele no coração. Afinal, ao longo dos anos, o fusca e o BESC nos quebraram inúmeros galhos e a gente criou, por ambos, um sentimento que desafia o pragmatismo da modernidade.

Anos atrás, surgiu uma piada que até mostrava um certo descontentamento popular com o banco. Era uma piada racista, que eu adaptei para poder contar:

“– O que é um pobre, dentro de um fusca, parado na frente do BESC?
– Não sei... o que é?
– Nada! porque pobre não é gente, fusca não é carro e BESC não é banco!”


Mas isso era apenas amuo de enamorados, piada para ser contada dentro de casa. Assim que algum estranho aparecia falando a mesma coisa, a gente reagia.

Pois bem. Na reportagem que o DC publicou sobre o assunto hoje (aqui), tem algumas frases do vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, Aldo Mendes, que dão pistas preciosas sobre o que vai acontecer:

“Segundo Mendes, o BB vai utilizar esse período também para encontrar uma forma de reduzir o quadro de funcionários do Besc, que é de 3.337 servidores. A primeira opção será desligar os 539 trabalhadores que aderiram ao plano de demissão incentivada da instituição. Para um grupo de 349 servidores antigos - contratados antes da Constituição de 1988 - , o Banco não pretende fazer alterações. Já para os 2.449 funcionários que entraram no Besc por meio de concursos, em 2004, a saída encontrada pelo banco pode ser a de estimular a transferência para agências do BB em outros Estados,

- Os que aderiram ao plano de demissão voluntária serão desligados gradativamente até 2010. Aos servidores mais novos que manifestarem vontade de mudar para outros Estados, o banco poderá oferecer incentivos - adianta Mendes.”

Ou seja, sobre os funcionários concursados não pairam nuvens muito carregadas. Afinal, podem até ter melhorias salariais, ao passar a trabalhar para o Banco do Brasil. E mudar para outros estados pode ser muito legal (sei por experiência própria). Mas se estão encontrando ocupação e lotação para eles, significa que não existem planos de manter o banco funcionando do jeito que está. Onde existir uma agência do BB, a agência do BESC, provavelmente, será fechada. E assim por diante.

Como também está dito lá, “por obrigação contratual, a marca Besc será mantida até o quinto ano de incorporação”. O que não significa muita coisa: é possível manter uma marca em meia dúzia de agências. E cinco anos, vocês sabem, passam num já.

O BESC, portanto, já era. Ou vocês entenderam aquela conversa de outro modo?

8 comentários:

Anônimo disse...

Por que vender um banco estadual? Se o Fusca não anda é por problema no motor. Arruma o motor e segue andando.
Se o banco for deficitário é por incompetência administrativa. Dá uma geral no banco e segue em frente. Preferiram vender. Ou melhor, fazer caixa.
Para eles mais importante que o próprio Besc é o dinheiro que entra. Agora temos um estado sem banco próprio e um governo com dinheiro em caixa. É a descentralização de valores. E dos valores.

Anônimo disse...

Por isso, nada como ouvir o parecer técnico. Já o político...só bravatas.

Anônimo disse...

Tio César,

Vale a pena ver o cometário no
Ex-Dep Vieirão sobre o prejuízo que SC levará!
Não privatizaram o BESC. Eliminaram-no! Sem dó nem piedade, apreço vil! Para pagar a farra qe se transformou este Governo.
Ainda serão capazes de culpar o Esperidião!
Caras de pau!
FIQUE CLARO À SOCIEDADE CATARINENSE:O GOVERNO DE LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA EXTINGUIO O BESC! POR PREÇO VIL!

Anônimo disse...

Repetindo a pergunta que fiz no Blog há tempos:
Qual é a diferença entre privatizar o BESC ou incorporá-lo ao Banco do Brasil ?
Ahhh ! ele continua sendo um banco público ? e daí, cara pálida ? qual é a diferença ? apenas de jogo de palavras do Lula e do Luiz 15 !
Não dá para entender é como Banco Santos e BESC quebraram num país no qual banco é o melhor negócio do mundo !

Anônimo disse...

Adorei a comparação fusca/Besc! Mas qual a "correção política" em trocar um preconceito por outro? Racismo por aporofobia?
Abç, Flávia

Anônimo disse...

Cesar, pelo lado emocional, tudo bem, mas quando a gente pensa no quanto já se mamou nessas tetas, acho que o BESC já vai tarde! E só de pensar em não ter mais que aturar aqueles caixas com cara de quem tá te fazendo um favor em receber o teu boleto, já me deixa satisfeito!

Anônimo disse...

E a Senadora Ideli, não vai dizer nada? E o Nildão? Também vai permanecer calado? Só rindo mesmo...Avaí , meu Avaí.....

Anônimo disse...

Cesar, esse governador é um perdulário. Vende tudo para fazer caixa. Vende o que ele nem o seu partido construiu, mas que a sociedade catarinense ao longos dos anos conseguiu construir. E vende para que? fazer caixa? Caixa para que? as maiores dívidas de Santa Catarina foram deixadas pelo Paulo Afonso Vieira, ou tres folhas de pagamento dos servidores público, o que obrigou o Espiridão Amim a ficar de mãos atadas pelos quatro anos, até botar a casa em dia. Poderia ele ter vendido o BESC na época para pagar esse rombo deixado pelo Paulo Afonso. Mas não o fez. Agora o perfulário Luiz XV vai extinguir o BESC POR TODA SANTA CATARINA....