Nem queriam saber, aquela história de trazer um pouco de ciência e cultura a esta coluna, explicando o que era um candidato Teflon®, deu o maior rolo.
Tal e qual as torcidas dos times de futebol em dia de jogo de campeonato, as torcidas dos candidatos, à medida em que se aproxima o dia da eleição, vão ficando nervosas e de mau humor.
Esqueci de falar, ontem, que o fato de ser protegido por uma camada antiaderente é, de certa forma, uma qualidade. E que o candidato não tem nada que se envergonhar dessa propriedade, ao contrário.
Uns torcedores mais exaltados do Dário vestiram a carapuça (de Teflon®) e encheram minha caixa postal de comentários. Os mais simpáticos me chamavam de “jornalista Teflon®”. Naturalmente tentando me ofender. Mas como considero o uso dessa película um avanço tecnológico em prol do bem-estar da humanidade, acabei foi ficando lisonjeado.
Outros, depois de xingar minha falecida mãe e dizer várias coisas impublicáveis, terminavam com uma espécie de grito de guerra: “os cães ladram e caravana passa”. Claro, uma caravana coberta de Teflon® desliza com facilidade pelos ambientes mais inóspitos.
E tinha aqueles que falavam, falavam, falavam, depois diziam que não deveriam dar atenção a “um jornalistinha que não tem mais que seis leitores”. Novamente, acho que queriam me ofender, mas acabaram me lisonjeando mais uma vez: afinal, se mesmo tendo apenas seis leitores dedicam tanto tempo e esforço pra me desqualificar, então é porque esses seis leitores são muito especiais. Provavelmente formadores de opinião.
Ah, isso de seis leitores é mentira: fiz as contas e só de primos tenho nove. Filhos (que eu saiba) três, mulher oficial, pelo menos uma e mais a pobre da revisora do jornal, que lê a coluna por obrigação, já temos aí uns 14 leitores. Se duvidar, é capaz de chegar a 20!
Em todo caso, espero que ninguém deixe de votar num candidato só porque sua popularidade não se abala com o que os adversários dizem ou anunciam. Cada um sabe de si e acredito que sejamos todos suficientemente espertos para poder avaliar o custo-benefício das nossas decisões eleitorais.
É certo o tribunal internacional emitir ordem de prisão contra Netanyahu?
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Israel não está isento de críticas, mas a acusação de crimes de guerra não
leva em conta as circunstâncias excepcionais em Gaza. Vilma Gryzinski:
*Exist...
Há 2 horas
9 comentários:
21!
Strix.
Tio César
Eu sou o 21º (no mininmo) e fielmente presente todo dia!
César, antes Teflon do que Peroba, ou como dizem os matutos, Perobo. E a caravana, cheia de ouro dentro, passa e ri de todos nós.Eu estava indeciso na eleição, mas agora já me decidi: não voto em gente com ódio!
Eu sou a 99. To todo dia aqui!
Me preocupa nestas eleições é o voto dos que vierema morar aqui nos últimos tempos. Pessoas que desistiram de suas terras em busca de qualidade de vida, eu os chamo de "retirantes". Chegam nesta maravilha esculpida pela natureza e cultivada por gerações. Não sabem o que fazer com seu voto e aí acham que o prefeito é a maior maravilha. Não percebem o rumo que as coisas estão tomando. Ou seja não conhecem nada melhor. pensam ainda que asfalto e engarrafamento e filas em tudo é coisa de 1º mundo. Pobre de nos Florianopolitanos que vemos nossa qualidade de vida caindo cada vez mais.
Prezada 10:59. Creio que sua análise é simplista. A enorme maioria dos votos do Teflon vem do pessoal de mais baixa renda. A maioria também nascida e moradora da ilha. Os programas assistencialistas – cestas básicas e que tais - que são o sucesso dele, não são voltadas para aqueles que saíram dos grandes centros e vieram morar aqui. (O perfil dos que vieram para Floripa é bem diferente). Eles (a maioria) não vieram atrás de tapetes pretos, muito pelo contrário. Veja os moradores das servidões poeirentas e lamacentas, estão felizes e com placas do prefeito em todos os lugares, depois que tiveram o tapete quente e poluidor (mas melhor que lama) estendido em suas ruelas. Na Barra da Lagoa, por exemplo, manézinha total, depois que suas simpáticas ruas de lajotas foram substituídas pelo asfalto modernoso, todo mundo exultou: “É o progréssio!”. Os “haoles” que vêm para cá, não são como os “haoles” que foram para São Paulo, por exemplo, vindos do Nordeste e em busca de empregos. Colocar a culpa nos “de fora” é simples e superficial demais, prezada 10:59 (posso chamá-la de “quase seis”?).
Carlos X
Anômimos se enumerando é D+
Ou é vc mesmo que coloca estes comentários?
Caro Cesar!!
Nos últimos tempos a coisa mais prazerosa tem sido ler o seu blog e dessa gente boa como o Blog do Damião,Canga e por aí a fora!
Êta povinho estressado essa turma do galego!Imagina se isto aqui fosse a faixa de gaza!Ia faltar carro bomba! E olha que mesmo assim já mataram mais de 10 nessa eleição aqui no Brasil! Mais graças a DEUS ainda vivemos numa Democracia!
Nem todos os leitores deixam comentários.
Acho que vai ser muito mais de 20 a quantidade de leitores desse blog.
Parabéns pela qualidade do conteúdo do blog.
Caro carlos X.
Os que vieram para cá em busca de qualidade de vida são bem vindos, os que foram do nordeste para Sao Paulo também foram em busca de qualidade de vida (emprego). Eu me referia à falta de conhecimento do histórico que muitos parecem ter, e que acham que realmente tudo está maravilhoso.Seja Feliz nesta terra, sejas um >100, eu sou apenas a 99.
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