Amigo que levou o filho pequeno ao parque infantil que fica na Praça Getúlio Vargas, no centro da capital (foto acima), descobriu, horrorizado, uma garrafa quebrada, enfiada na areia bem no lugar onde as crianças que usam o escorregador caem, ao final da descida.
Há muito tempo que aquela praça, embora situada diante do Quartel General da Polícia Militar, virou território de ninguém. Ou melhor, território de mendigos e desocupados de uma maneira geral.
Antes, era bom evitar a praça à noite, mas agora é impossível freqüentá-la durante o dia. A sujeira, os brinquedos quebrados, os restos das noites (camisinhas, garrafas, excrementos, etc) estão lá para demarcar o território e mostrar para os contribuintes e eleitores quem é que manda naquele pedaço nobre da cidade.
O Carlos Damião, em seu blog (carlosdamiao.zip.net) de vez em quando toca no assunto dos mendigos que moram nas ruas da capital. Parece que é um assunto no qual a prefeitura não tem tido muito sucesso. Eles preferem continuar na rua a ir para algum albergue ou abrigo e essa vontade tem sido respeitada, como se esse fato não causasse problemas sérios para os direitos dos cidadãos que pagam impostos.
O parque Dona Tilinha e a própria praça Getúlio Vargas envergonham a cidade, mas parecem não causar a menor ruga de preocupação no prefeito, nem nos vereadores ou mesmo no comando da Polícia Militar, que tem ali, diante de seus olhos e sob seus narizes, um desafio e tanto.
Devolver aquela praça ao lazer do florianopolitano seria uma ótima forma de provar que a prefeitura consegue lidar com coisas mais complexas do que uma camada de asfalto.
Atualização da manhã: tinha esquecido que, do outro lado da PM, tem o Ipuf. Um leitor atento, nos comentários, não só corrige esta falha, como adiciona novas informações.
“Cesar, até o ano passado eu esperava a minha filha que saía do ex-Colégio Coração de Jesus ao meio-dia, e quase todo dia eu via gente sentada nos bancos da praça fumando maconha. É uma vergonha, já que o comando da Polícia Militar está logo ali, do outro lado da rua. Pelo jeito, eles só se ocupam de tocar corneta na entrada e saída do Coronel, e o resto que se dane.
Outro órgão omisso é o IPUF, que parece que ainda não se deu conta que existe uma grande escola ali, há mais de cem anos, e nunca se preocupou em sinalizar o local com a placa de "Devagar - Escola". Liguei duas vezes para o IPUF para reclamar providências, mas eles disseram que eu teria que fazer um requerimento ao órgão, como se não fosse obrigação deles sinalizar as vias.. Questionei a direção do CCJ e eles também disseram que pediram várias vezes, sem obter solução. O ridículo disso é que a placa deveria ser colocada exatamente na frente do prédio do IPUF!”
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
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A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 3 horas
10 comentários:
Caramba. Sempre ouvi falar de agulhas infectadas colocadas nos bancos dos cinemas, mas sempre achei que fossem lendas urbanas. E pelo visto "a turma" são ainda mais crueis, já que nem se importam em ferir crianças.
Hoje em dia todo cuidado é pouco mesmo.
Cesar, até o ano passado eu esperava a minha filha que saía do ex-Colégio Coração de Jesus ao meio-dia, e quase todo dia eu via gente sentada nos bancos da praça fumando maconha. É uma vergonha, já que o comando da Polícia Militar está logo ali, do outro lado da rua. Pelo jeito, eles só se ocupam de tocar corneta na entrada e saída do Coronel, e o resto que se dane. Outro órgão omisso é o IPUF, que parece que ainda não se deu conta que existe uma grande escola ali, há mais de cem anos, e nunca se preocupou em sinalizar o local com a placa de "Devagar - Escola". Liguei duas vezes para o IPUF para reclamar providências, mas eles disseram que eu teria que fazer um requerimento ao órgão, como se não fosse obrigação deles sinalizar as vias.. Questionei a direção do CCJ e eles também disseram que pediram várias vezes, sem obter solução. O ridículo disso é que a placa deveria ser colocada exatamente na frente do prédio do IPUF!
Bem que os recrutas dos bombeiros e da PM que passam o dia marchando e lustrando coturno dos oficiais poderiam ajudar a limpar e conservar a praça.
A propósito, o que fazem os militares e os soldados do Exército em Florianópolis?
Só vejo eles correndo na Beira-mar, saindo com seus carrões na Bocaiuva, e fazendo cri-cri no 63 BI.
Alías, exército é coisa do passado, ou vcs acham que estes bravos defenderiam o nosso País com aqueles fuzis da segunda guerra?
E a gente pagando este faz de conta.
É o caso de reaparelhar o exército então, não de se desfazer dele.
A prefeitura de Fpolis não tem programa de abordagem de rua, muito menos um número de abrigos consideráveis para tantos que moram nas ruas da capital. O problema não são os "mendigos" que você tanto fala, mas os programas públicos de assistência e saúde que nem sequer existem. Além do mais, não basta abrigar alguém que é usuário de drogas, temos de oferecer tratamento para ele em instituições específicas, coisa que a prefeitura de Florianópolis também não tem.
Pessoal, vamos combinar: vocês querem nossos oficiais com as botas sem brilho? Vocês querem as árvores e os meios fios dos quartéis desbotadas, sem aquele branco impecável? São tarefas imprescindíveis. Não se pode deslocar recrutas e praças para outras tarefas, como tomar conta de praças, senão vai desfalcar a equipe. Parem de falar mal do Brasil só porque uma pracinha está com cacos de vidro. Assim não dá! Assim é impossível trabalhar.
Cesar, olha a coincidência no próprio jornal que tu linkasse no post sobre o Odacir Klein:
http://www.jornalja.com.br/reportagem_detalhe.php?id=641
O problema é crônico nas capitais...
Sou aluno do Curso Energia e utilizo(zava) a praça como rota para minha casa (Av. Mauro Ramos), mas fui assaltado lá 2 vezes, sendo a última na PORTA do IPUF. Sei que meus parentes falam de uma praça romântica e acolhedora....infelizmente nunca pude ve-la assim.
Vamos falar sério ! O dia em que a Polícia autuar algum desses marginais da praça, vão chover protestos de ONG's, de igrejas, de protetores dos direitos humanos e o escambáu !
Dirão que a praça é do povo, que eles têm o direito de ficar lá como qualquer cidadão, que não podem ser discriminados !
Eu já vi esse filme quando foi feita a reforma da Praça XV e do Largo do Machado, não apareceu ninguém para apoiar a prefeitura ou a polícia e se posicionar contra alguns políticos aproveitadores da desgraça ! Os orgãos de representação dos comerciantes que pediram por escrito a "limpeza" das praças, se esconderam todos !
"marginais da praça"? "Limpeza"? Apreveite e extermine também os índios que ocupam algumas calçadas do centro da Capital. Há, por que nós também começamos uma limpeza étnica. Qual é amigo, tá pararecendo que você ainda vive nos anos 20, com esse discurso estereotipado e higienista . To entendendo, os "marginais da praça" estão causando um desconforto ao bem social da elite brasileira, neh?
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