Letra da música “1968” que Romário José cantou ontem, em Plenário, na sessão especial
em homenagem aos 40 anos dos movimentos de... 1968
Naquele tempo as palavras tinham asas
E escapando por janelas e frestas das casas
Iam voando, murmurando, sobre os vales
Sobre os rios, sobre os campos e florestas.
Naquele tempo as palavras tinham cores
E cobriam de repente as cidades com flores
Iam pintando, murmurando, sobre os cenhos
Sobres as bocas, afastando as tempestades
Naquele tempo as palavras tinham fogo
E acendiam nos lares a ternura em todos
Iam queimando, murmurando, sobre as camas
Nos cabelos, desatinos da loucura.
Naquele tempo as palavras davam vivas
E bebiam nas taças madrugadas festivas
Iam cantando, murmurando, nas tavernas
Nos poemas, nas estrofes das baladas.
Naquele tempo as palavras tinham ninhos
E investiam disparadas com lanças contra moinhos
Iam lutando, murmurando, cavalgando,
Tresloucadas, mensageiras de esperanças.
Mas de repente as palavras sem fronteiras
Acordaram entre muros, assustadas, prisioneiras...
Vieram juízes com mordaças,
Com sentenças no papel
Homens com tochas e lenha
Ah, quantos dias de fel!
Arrastando as correntes, murmuradas com segredo
As palavras tinham senhas, ah quantas noites de medo!
Quanta agonia, para abrir de novo as asas
Para replantar as flores e reconstruir Babel.
em homenagem aos 40 anos dos movimentos de... 1968
Naquele tempo as palavras tinham asas
E escapando por janelas e frestas das casas
Iam voando, murmurando, sobre os vales
Sobre os rios, sobre os campos e florestas.
Naquele tempo as palavras tinham cores
E cobriam de repente as cidades com flores
Iam pintando, murmurando, sobre os cenhos
Sobres as bocas, afastando as tempestades
Naquele tempo as palavras tinham fogo
E acendiam nos lares a ternura em todos
Iam queimando, murmurando, sobre as camas
Nos cabelos, desatinos da loucura.
Naquele tempo as palavras davam vivas
E bebiam nas taças madrugadas festivas
Iam cantando, murmurando, nas tavernas
Nos poemas, nas estrofes das baladas.
Naquele tempo as palavras tinham ninhos
E investiam disparadas com lanças contra moinhos
Iam lutando, murmurando, cavalgando,
Tresloucadas, mensageiras de esperanças.
Mas de repente as palavras sem fronteiras
Acordaram entre muros, assustadas, prisioneiras...
Vieram juízes com mordaças,
Com sentenças no papel
Homens com tochas e lenha
Ah, quantos dias de fel!
Arrastando as correntes, murmuradas com segredo
As palavras tinham senhas, ah quantas noites de medo!
Quanta agonia, para abrir de novo as asas
Para replantar as flores e reconstruir Babel.
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