Publiquei ontem o artigo do Alon Feuerwerker, onde ele sonha com uma oposição que oxigene a democracia brasileira. E o deputado federal Paulinho Bornhausen (DEM), sentindo-se provocado, ligou para dizer que o DEM tem procurado fazer o dever de casa.
Ele acha que a imprensa trata o partido com algum preconceito, não registrando adequadamente o esforço que eles têm feito para encontrar “o tom oposicionista mais correto”.
O deputado afirma que o DEM tem atacado em quase todas as frentes e está “sempre com o dedo no gatilho”. Ele reconhece que ainda falta um pouco de “treino” para acertar melhor a mão. Mas, no caso da CPMF, por exemplo, “não tem negociação com o governo, os senadores do DEM que queriam negociar saíram do partido e quem não respeitar a posição do partido, pode perder o mandato”, diz Bornhausen.
Outro calo do governo que o DEM quer cutucar, é a história da TV Pública, ou “TV Lula”, como o Paulinho a qualifica. O partido protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo e vai convocar diretores da nova estatal para que se expliquem no Congresso.
“Bom, pode ser que ainda não seja a oposição dos sonhos, mas é a oposição possível”, afirma o deputado.
AINDA A OPOSIÇÃO
E leitores também sentiram-se provocados pelo artigo e pela cobrança. Um deles disse que a mesma preocupação, que no artigo de ontem era especificamente direcionada para o governo federal, deveria valer para o governo estadual.
Claro, lógico, e também para os governos municipais. Oposição é ótimo. Obriga quem está no poder a andar na linha e mostrar, na prática, que o eleitor votou certo.
Mas não é fácil. Afinal, um partido que faz oposição ao governo federal, pode ser aliado do governo estadual e situação no governo municipal. E o único jeito de conciliar tudo isso e manter-se de pé e olhando nos olhos o eleitor, é agir limpamente. Às claras.
Numa situação dessas, se alguém faz jogo por debaixo dos panos com os coleguinhas no âmbito estadual, nada garante que a sujeira não apareça mais adiante, num confronto com adversários federais. Ou vice versa.
Então, quando a gente vê um político muito quieto, encostado num canto, com cara de guri mijado, quando deveria estar enfiando o dedo em alguma ferida ou pelo menos dizendo que o rei está nu, não pode deixar de desconfiar que, de fato, por algum motivo, ele fez nas calças.
A dancinha do trumpismo
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Diferentemente de manifestações polêmicas do passado, como ajoelhar-se
durante o hino nacional, o gesto é visto como celebração patriótica.
Alexandre Bor...
Há 4 horas
2 comentários:
Ah, se tivéssemos oposição - claro que não seria o Paulinho Bornhausen o lider dela...
Feuerwerker quer dizer, em alemão, "pirotécnico", segundo o próprio traduziu para mim.Tem tudo a ver: o negócio é ver pegar fogo!
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