A pequena revolta popular ocorrida numa agência bancária em Balneário Camboriú, noticiada no DIARINHO de ontem, é o tipo da coisa perfeitamente previsível e, portanto, evitável.
O problema é que, para prever que o nível de insatisfação está chegando a um ponto crítico, os bancos (bancões de lucros estratosféricos) teriam que ouvir o clamor das ruas. Ou, pelo menos, o clamor de seus clientes, quando são obrigados a freqüentar as agências.
Surdos por opção, mesmo que formalmente tenham até ombudsman (um ouvidor), os bancos parecem estimular, fomentar, o estresse, o desgaste e o desgosto. A começar pela forma desleixada como transferem a um vigilante, em geral mal preparado e prepotente, a autoridade para decidir quem entra na agência, quando e de que forma.
Sabemos todos, porque não somos idiotas, que as tais portas “eletrônicas” com detector de metal, são travadas, na maioria das vezes, pelo controle remoto que o vigilante tem no bolso. E aí, coitado daquele que tiver a cor da pele, a roupa, o jeitão, que desagrade o vigilante: não entra mesmo.
Sou, por deformação ancestral, um implicante com porteiros. Nunca consigo passar incólume por uma portaria. Quando não implicam comigo, implicam com alguém que está perto, e aí resolvo tomar as dores...
Por causa disso, já fiz inúmeros testes, para provar que o tal detector de metal é fajuto. O do celular é o mais comum: se chego com celular na mão ou visível no bolso da camisa, a porta trava. Dali a algum tempo, venho com o celular oculto, no bolso da calça, e entro sem problemas, a porta não trava.
Já entrei com um molhe de chaves enorme, um volume metálico notável, no bolso. Mas tomei o cuidado de, antes, colocar o celular naquela caixinha. Como o vigilante viu que eu tirei o que tinha no bolso, deixou passar.
Dirão os defensores da “segurança”, que sem isso seria pior. Até pode ser, se é que tem alguma coisa pior do que a humilhação a que os bancões submetem, todos os dias, milhares de pessoas em cada agência.
Não é à toa que os bancões agora criaram sub-bancos, para clientes de “primeira classe”. O Bradesco tem o Prime, o Itaú o Personalité, o Banco do Brasil, o não sei o quê. Quando, com o lucro imoral que usufruem, deveriam se preocupar em oferecer serviço de primeira classe para todos os clientes e não apenas para alguns. Para a massa, em vez das coisas melhorarem, vão piorando dia-a-dia. E só os surdos podem surpreender-se com explosões de insatisfação como a que ocorreu em BC.
Ah, e a história de reclamar pro gerente, então, é um problema sério: o coitado, que está com a bunda exposta na agência, não tem como colocar mais caixas. É tão vítima quanto os demais funcionários e os clientes, da surdez dos administradores bancários.
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
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A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 3 horas
2 comentários:
Porque você não faz como eu? Entro com tudo que tenho, até guarda-chuva. Se a porta trava, paro no meio e que venham abrir, senão ficamos todos parados ali o dia todo, olhando uns para os outros: eles me mandando esvaziar os bolsos e eu fazendo ouvidos moucos, sacudindo os ombros, sorriso amarelo.E ainda digo: chamem a polícia! Funciona que é uma beleza!
para se irritar bem, ficar puto mesmo, vá as 14 horas no BB do Kobrassol pagar alguma coisa no caixa, que fica no piso superior...antes, pra tomar gosto, peça alguma informação para os muitos, diversos e vários bancários que inevitavelmente estarão atendendo telefone...vá e me conte...
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