Não, fim do mundo é exagero, mas é certamente o fim do Brasil. Há lugares, no mundo, onde as coisas andam um pouco melhor. E os malfeitos não são tão descarados. Abusados.
Quando uma “cooperativa” de mentes insanas adultera o leite, só pode estar rindo da nossa cara. No tempo em que o leite era entregue pela carroça do seu Zequinha e vinha das vaquinhas que pastavam naquele sítio lá no final da rua, os pais e avós da gente desconfiavam que eles colocavam água.
Mas era água quase limpa, ali do córrego que nascia morro acima. Nada de soda, de soro, de outras porcarias. E se o pai da gente falasse sério e brabo com o Zequinha, no dia seguinte ele trazia uma garrafa do leite pagão, que não tinha sido batizado.
O Zequinha do leite e sua carrocinha, aliás, foram expulsos do mundo moderno, pela pasteurização. O sonho do leite puro, praticamente sem contato humano, direto da úbere para latões de imaculado aço inoxidável. E daí para invioláveis caixas “longa-vida”.
Vamos descobrindo, aos poucos, que graças à frouxidão legal que nos cerca, ao lamaçal ético que nos inunda e ao pouco caso que fazemos de nossa própria existência, estamos pior agora do que há 50 anos. O leite que nos alimentou na infância, por mais que aos microscópios da época parecesse imundo, é um puríssimo néctar recheado de cálcio e saudáveis gorduras, se comparado com o que compramos hoje, em qualquer prateleira asséptica de supermercado.
A dancinha do trumpismo
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Diferentemente de manifestações polêmicas do passado, como ajoelhar-se
durante o hino nacional, o gesto é visto como celebração patriótica.
Alexandre Bor...
Há 4 horas
3 comentários:
Se fosse vivo, o Barão de Itararé teria que adaptar o bordão "mais água, mais leite, menos água no leite"...
literalmente, a vaca foi para o brejo
literalmente, a vaca foi para o brejo
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