Apropriei-me, no título desta nota, da expressão usada pelo Canga, no Cangablog, porque é, de fato, a mais correta. Com a proximidade das eleições, baixou na prefeitura de Florianópolis o caboclo tranca-rua. A pretexto de “revitalizar” as vias (e para “mostrar trabalho” para o eleitor), inferniza-se a vida nada fácil dos que precisam ir e vir na capital. O caos instalado na beira-mar norte não é o único, não foi o primeiro nem será o último.
Ontem de manhã o secretário de obras da prefeitura explicava, para o Mário Mota, na CBN, por que as obras na beira-mar norte não podiam ser feitas à noite, quando trânsito é menor: “temos que respeitar a lei do silêncio, porque as máquinas fazem muito barulho e não podemos perturbar o descanso de uma zona residencial”. Sugiro que os moradores da beira-mar norte solicitem a gravação da entrevista à CBN e a utilizem quando a prefeitura, a qualquer pretexto, liberar trios-elétricos, shows e outros barulhos que, aí sím, infernizam a vida de todos, moradores e passantes.
E um leitor aqui da coluna informa que no Koxixos (boteco que fica num dos bolsões da beira-mar norte) a zoeira vara a noite e não adianta ligar para a Guarda Municipal, nem para a prefeitura, nem para a Polícia, porque ninguém dá bola. A lei do silêncio, nesse caso, é uma ficção. Zorra de bêbado pode. Aliviar o sufoco de milhares de pessoas que precisam transitar pela avenida, nem pensar.
Bom, quando o Motinha perguntou cadê a pintura da sinalização da rua do Córrego Grande, cuja “revitalização” (meia-sola seria o termo apropriado) está pronta há tempos, o secretário se enrolou todo. E entregou o jogo: como amontoaram o serviço num tempo curto, a turma não está dando conta de fazer direito um de cada vez.
E a principal informação: o caboclo tranca-rua vai continuar, no mínimo, até a eleição. O secretário falou que as “obras” na beira-mar devem durar até dezembro (e aí, digo eu, vai depender do resultado da eleição, porque se o Dário não levar, é possível que a “obra” seja abandonada assim que sair o resultado).
Ainda não descobri quais serão as “obras” que estão preparando para tocar no verão. Vocês sabem, né, que temporada em Florianópolis sempre tem que ter uma tranqueira. Ô vida...
Ah, e pra quem acha que o transtorno é inevitável porque, afinal, precisa mesmo fazer a manutenção do pavimento: o problema é a falta de planejamento integrado, de preparo de alternativas (e sinalização das alternativas) e a concentração de “obras” nos meses que antecedem a eleição.
Sem falar que em ruas repavimentadas (digo, que ganharam meia-sola), como a Madre Benvenuta e a do Córrego Grande, na semana seguinte ao final do trabalho, foram abertas valas transversais no asfalto “novinho”, pra instalação de alguma coisa que os “planejadores” esqueceram de prever.
Lentidão e engarrafamento por causa de obras necessárias é compreensível, mas quando a lentidão e o engarrafamento são cercados de incompetência por todos os lados, o saquinho estoura e a paciência desaparece.
O colapso da Alemanha
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Los errores en sus políticas fiscal, energética e industrial la han
convertido en una economía vulnerable a los cambios económicos y
geopolíticos. Victor...
Há 6 horas
3 comentários:
Cesar, foi a PATROA quem mandou colocar o selinho da merchandisig do Diarinho aí? hehehe
Pôxa cesar, chamar isso de obra eleitoreia é até injenuidade da sua parte.
No fundo até tem a função de dizer que o prefeito está trabalhando.
Na prática, isso tudo parece obra superfaturada...
Eu trabalho no Córrego Grande e posso afirmar. A rua geral do Córrego ficou muito pior após a "revitalização". Mas muito mesmo. Antes tinham uns poucos rachados no asfalto que bastariam pequenas ações pontuais para resolver.
Mas o pior mesmo foi a forma como a obra andou.
Trancaram a rua, em pleno horário comercial por uns 3 dias seguidos.
E os teus amigos estavam todos lá, (é, aqueles da Guarda Municipal) falando ao celular, ao lado das viaturas sem fazer *orra nenhuma. Quem "controlava" o trânsito eram os operários da obra.
Como diriam: Barbaridade néé ohhh.
Daniel
Alguns meses antes da obra a prefeitura passou pelo Córrego e "pintou" algumas bicicletas na beirada da rua, com a intenção de... bom, não sei qual era a intenção, para demarcar uma ciclovia é que não foi, pois de nada adiantou, carros e bicicletas continuam disputando espaço. Bom, agora que terminaram de mexer no asfalto lá, as demarcações foram pra cucuia. Tudo bem, não serviam para nada, mas que é uma mostra da desorganização reinante, isso é.
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