sexta-feira, 4 de julho de 2008

REFÉNS E PALHAÇOS

A absurda paralisação do transporte coletivo em Florianópolis, como várias das anteriores, prejudicou “apenas” a população. Os políticos (tanto do lado dos empregados, quanto dos patrões, quanto da prefeitura e da Câmara) fazem cara de preocupados e tentam, de reunião em reunião, se acertar. Ninguém parece levar o usuário muito a sério. O negócio é mesmo manter a margem de lucro e os ganhos econômicos.

Reproduzo, a seguir, trechos das mensagens que leitores e leitoras enviaram, mostrando o que pensam dessa situação:

– Eles levaram a população para o centro,e de lá cada um que se vire pra seguir viagem ou voltar pra casa.

Quero mais é que motorista e cobrador se explodam!

Os primeiros dirigem como se fossem motoristas de carros de boi.

E os outros normalmente são uns estúpidos, incapazes de responder uma pergunta sem mostrar aquela cara de C*.

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– O Dario vai dizer que a culpa é do Amin.....

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– A paralisação foi sorrateira (para não dizer pior).

É por essas e outras que a população tem toda a razão de se indignar cada vez mais. E esses trabalhadores, ao invés de angariar a simpatia dos usuários, fazem o contrário, promovendo um movimento paredista sem aviso prévio.

Não bastasse conviver todos os dias com um transporte de passageiros caro e que deixa muito a desejar, ainda nos transformam em reféns de movimentos irresponsáveis e desnecessários como esse.

Simplesmente deprimente. Relho neles!

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– Por que raios eles não avisam: “ó, vamos parar as atividades amanhã às 6h”? Aí ninguém se programa pra ir ao Centro, cancela compromissos, falta/mata aula, trabalho, etc., e as empresas até saem prejudicadas (é o que eles querem, não é?), pois deixam de faturar a grana do pessoal que sai de manhã de ônibus.

Agora, eles levam todo mundo pro Centro e depois param? Baita sacanagem isso aí e só depõe contra eles mesmos, mais até do que a tradicional falta de educação de alguns desses profissionais - há até aqueles que “não te enxergam” no ponto e passam batido enquanto tu ficas lá que nem palhaço com o braço estendido.

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– Acho greve para reivindicar direitos legítima, mas isso aí que fazem com a população é palhaçada.

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– Ficamos REFÉNS dos grevistas, usados como moeda de troca aos seus interesses. Eu, como servidora do Estado, também vou fazer greve cada vez que o governo aumentar os impostos, posso? Não? Por que eles acham que podem?

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– Ahhhhh... o velho e doce “imbroglio” patrão X empregado. Sindicato de motoristas e cobradores de ônibus liderado... por... um bancário?? Kkkkkkkk.

Há tempos não empregava o termo que agora me ocorre: pelegos!!!

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– As empresas deveriam deixar de pagar o salário desse pessoal de surpresa também. Que tal assim: chega dezembro e, surpresa!, salário só em janeiro!

Brincadeiras à parte, concordo integralmente: quando surgir a proposta das catracas eletrônicas novamente a população não pode ter pena.

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– Bando de terroristas. Não vejo termo melhor para caracterizar essa turma. Ficam ameaçando: “olha, cuidado, se não derem o que nós queremos, podemos parar... mas não vamos avisar quando”. Deixam a população angustiada e tendo que cancelar seus compromissos. E quem tinha consulta médica marcada há meses e não pôde ir? Vai ter que esperar mais um tempão para conseguir outro horário. E quem tinha prova no colégio? E quem tinha trabalho importante a realizar? Todos reféns dessa corja, que ontem (quarta) às 11 da manhã estava batendo papo e rindo dos tolos (a população) ali do lado do Direto no Campo. Surra pra eles é pouco...

4 comentários:

Anônimo disse...

Bem, agora acredito que ficaremos sem greves e sem aumentos (visíveis) das tarifas por um bom tempo, pois o projeto que foi aprovado fala em até 5(!)milhões de subsidios.
Agora algumas perguntas: Quais os critérios para a distribuição dessa benesse? Isto pode, em ano eleitoral? E em qualquer outro ano? Pode também? E se não puder e alguém contestar na justiça? Os empresários ficarão com o "mico"? Por que (ontem algum vereador disse isso, na sessão extraordinária) a câmara (comissão de transportes) não tem acesso às planilhas de custos das empresas?
É segredo entre a prefeitura e os empresários? Eu não posso saber? Por que, caso negativo?
Quais os critérios para a renovação das concessões (vencem no próximo ano, conforme discurso do vereador Márcio de Souza)? Já que nós estamos pagando as passagens via subsídios, o transporte não poderia ser municipalizado? Quantos cobradores são empregados? São realmente necessários? Por que a grande diferença de valores entre cartão / dinheiro? O SETUF aplica essa grana toda em um "overnight"?
Tenho muitas outras perguntas, mas deixo estas como sugestão para os nossos políticos responderem, caso seja interesse deles prestarem contas a um cidadão(?) florianopolitano.

Anônimo disse...

Tio César,

Finda a greve, urge esclarecer o porquê que aconteceu!
O Dário, com três anos e 6 meses procurando desesperadamente a caixa preta para abrir, pediu que os motoristas e cobradores parassem por dois dias suas atividades fins, para ajudá-lo nesta busca incessante!
P.S.: como vai ficar em Janeiro, ja´que este subsídio proposto pela alcaide só vale até Dezembro/08?Será que já está armando para as bombas caírem no colo do futuro prefeito, que pelo visto ele não se considera nesta situação. Acho que em Janeiro ele deve se ocupar de administrar as empresas de ônibus da família, transformando-as em benchmark para o setor!

Anônimo disse...

E a Justiça do trabalho? E a Lei de Greve? E a defesa dos serviços essenciais? Cadê a Justiça?

Anônimo disse...

Quando a demissão por justa causa for aplicada e quando o "sindicalista" for responsabilizado pelos prejuízos pela greve sem aviso prévio de 72 horas, a coisa começa a mudar.
Parou sem cumprir o prazo definido em lei: demissão por justa causa !
Dr. Alexandre Abreu já começou a se mexer, por enquanto só multou o sindicato, só que o sindicato tem um comandante que é o responsável pela forma como são deflagradas essas "paralizações relâmpago" e ele tem nome: Ricardo Freitas