[Os leitores do blog já leram este texto ontem. Reproduzo-o tal como publiquei no DIARINHO de hoje]
Embora Sagaz negue qualquer negociação financeira com o Nei, vamos admitir que tudo que alguns governistas falam à boca pequena tenha, de fato, acontecido. Em que isto altera o que está dito no livro, nos autos do processo de extorsão e naquilo que continua sendo repetido pelo Nei a quem o entrevista? Atribuir algum malfeito ao opositor não faz desaparecer as suspeitas que pesam sobre o governo. Mas esta parece ser a prática comum nos embates políticos Brasil afora: “errei, mas eles erraram tanto ou mais que eu”.
A principal pergunta ainda continua sem resposta (convincente): “afinal, isto que está no ‘maço de anotações’ é mentira?”
Pra mim, pouco se me dá se preferem chamar aquilo de livro, dossiê, ou maço de anotações e muito menos se quem o fez foi o Nei, o Danilo, o Sagaz, o Ponticelli ou o Zé das Couves.
É fundamental saber se aquelas histórias, que têm inegável verossimilhança, são verdadeiras ou mentirosas. Se são só invencionices, precisam ser desmontadas uma a uma. Negadas, desmentidas e seus autores processados. Se são verdadeiras, que os procuradores achem o fio da meada e cumpram com o seu dever.
Ah, e parece que aquele documento que Nei e Danilo assinaram, negando tudo o que escreveram, será o próximo combustível que o governo usará para avivar a fogueira que o consome. Seria bom, antes, chamar os bombeiros.
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Há 12 horas
Um comentário:
Perfeito, César. O que estão falando, certo ou errado, não têm importância. O problema é a relação promíscua entre governo e a revista. Querem mudar o foco. Querem desviar a atenção. Continuam fugindo do principal. Em outras palavras, pelo indefensável estão assumindo a culpa.
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