O ex-blog do Vieirão (A política como ela é) volta a comentar o assunto, nota que a “grande imprensa” anda alheia ao caso e acrescenta, à lama recente, alguns ti-ti-tis que estavam adormecidos no tempo (Jorge Bornhausen, Henrique Córdova e Vilson Kleinubing...).
A Gazeta de Joinville ouve a Márgara e escarafuncha a colaboração dos figurões locais com a revista Metrópole. Novamente os detalhes acrescentam, à história conhecida, temperos picantes.
Bom, até aí nenhuma surpresa. Era de se esperar que a coisa fosse ser remexida até não mais poder. O que realmente tem me deixado de boca aberta é o silêncio de quem tem sido citado, acusado, envolvido e enlameado.
Não entendo a estratégia do governo. Afinal, uma mulher, a serviço de uma revista que consta dos autos de um processo de cassação, afirma, em vários veículos, que esteve no apartamento do governador, que ele lhe segurou as mãos e teve com ela uma conversa reservada. E como esta existem dezenas de outras afirmações comprometedoras. E ninguém diz nada.
Se se tratam de calúnias, infâmias, aleivos, é importante que alguém diga alguma coisa: “é mentira, demos entrada na semana passada com uma representação em tal lugar, para exigir retratação disso, disso e daquilo”. Ou coisa parecida. O problema é que, se o que Nei e Márgara estão dizendo é verdade, então também estão todos muito quietos. A começar pelo Ministério Público Estadual.
OK, a parte da extorsão a gente entendeu. A parte da “corda pra se enforcar”, também. Não há mais dúvida que o governo não firmou qualquer contrato formal com a Metrópole. Os antecedentes e o modo de atuar da revista, do Danilo, do Nei e da Márgara também já estão esclarecidos. Sabemos de quem se trata. Ah, e é claro que ouvimos com atenção todas as suspeitas de que o PP teria dado um gás para que o livro fosse produzido. E agora?
Agora está ressoando nos nossos ouvidos, zuniando e quase nos ensurdecendo, esse silêncio medonho. Será que esperam que a gente mude de assunto? Confiam que, como já disse alguém (estou em dúvida: Nixon ou Hitler?), “a memória do povo é fraca e seu coração complacente”?
Não morro de amores por nenhum político. Mas me incomoda ouvir o que andam dizendo do governador sem que ninguém, exceto uns poucos auxiliares que repetem um mantra desgastado, saia em sua defesa. Aquele apelo que fiz aqui, para que os secretários presentes à reunião de Itá viessem maciçamente a público para desmentir o Nei e a Márgara, não deu em nada. Decerto não são meus leitores e a proposta não lhes chegou aos ouvidos. Ou então estão todos, como estamos nós, ensurdecidos com esse silêncio pavoroso.
ATUALIZAÇÃO DA TARDE
Só agora vi o que o Adelor Lessa publicou, na coluna que mantém no jornal Tribuna do Dia, de Criciúma. A Associação Empresarial de Criciúma discutiu a contribuição de R$ 10 mil que a entidade fez à revista “A força do Sul”, a pedido do secretário regional. Vale a pena dar uma olhada na íntegra (aqui). Um dos parágrafos resume bem o tamanho da encrenca:
“Um dos membros da atual diretoria da Acic disse ter ouvido do funcionário que apresentou os documentos e deu detalhes da negociação (porque também prestava serviços à diretoria anterior, e testemunhou a negociação): “Foi feito o pagamento porque se não fosse feito, não seria liberado o dinheiro do Estado para construção da sede própria da Associação”.”
É mais um barulho, envolvendo detalhes, que só ajuda a ressaltar o estrondoso silêncio, que se ouve por toda Santa Catarina.
17 comentários:
Tio César,
Acho importante ressaltar a suspeita de que a "libertação" de 43 do cadeião visava desviar a atenção do público.
Assim o LXV poderia retornar em paz!
Tenha certeza de que estão tratando de um "E N O R M E" acordo, para que fique o dito pelo não dito.
È como eu falei no outro comentário,quem vai pagar o pato disso tudo ainda vai ser a funcionária,que foi falar a verdade,e vai ser julgada do que outros fizeram.
Continuo achando que o carinha do notebook pode acabar pagando "o pato"...
Que é verdade tudo isso aí,ninguém tem mais dúvida nenhuma,ao contrário do que se pensava a Márgara tem uma força no que diz,impressionante,porém para a sua própria segurança Márgara eu pensaria melhor em ir para a Assembléia,vão tentar transformar voçê em ré!Acredite!
PRA BOTAR MAIS LENHA NA FOGUEIRA
Sr.Cesar que tal voce entrevistar o Súsú, sera que ele fala alguma coisa?
Já tentaste falar com ele?
Aquela (estória ou história) de ameaça de vou sumir com voce da terra do ar e do mar e quisá das galaxias, é verdadeira?
Será que o omi que protegia a jogatina fala?
Acho que até os Dep. lá da ALESC poderiam chamar o assessor para assuntos aleatórios pra uma conversinha.
Ao comentário do anônimo das 12:50,eu até pensei nisso no início,mais vendo e lendo tudo que se fala dessa moça,eu acredito que ela vai até o fim,pode até se dar mal,mais vai até o fim.Deve ter muito do que se vingar,,,desde os tempos da madame Márgara em Jlle..chegou a vez dela,porém terá um preço,pode esperar que a conta chega.
Sem a jogatina a Codesc deeve ter servido para outras jogadas. E não foi só com a Metrópole. E as outras?
Cesar,
Os escandalos, estadual e federal estão deixando muita gente boa sem dormir.
Pedro de Souza
Cesar,
Será que Gilmar Mendes vai soltar o Cacciola.
Aliás recomendo o livro dele. Imbátivel!
Pedro de Souza
Tio César,
Só aumentam as provas. Diarinho, Folha de Blumenau, Gazeta de Joinville e agora a Tribuna, de Criciúma.
As provas estendem-se "por toda Santa Catarina" Já deve ter mais de 15; P(or) M(ais) D(isfarces)B(ancados).E eles ainda têm coragem de achar que houve extorção?
O que houve foi calote, e ilegalidades!
Em resposta ao TULIO. Quando falo em um E N O R M E acordo, pode até ser que seja um FRITAMENTO da Margara. No nosso País e neste Estado, tudo é possível...
Está vindo à tona apenas a lambança com a Metrópole. E o resto? Não houve outras revistinhas enaltecendo a mesma turma? Se com a Metrópole foi tudo isso, imaginem com os outros...
Caro César, lhe respeito como jornalista, mas coloque os fatos completos, vc, dissimuladamente, omitiu o que o presidente da ACIC INTEIRAMENTE informou na mesma coluna, vejamos:
O que disse:
Edilando de Moraes, ex-presidente da Acic, que negociou e acertou o pagamento para a revista Metrópole:
– "Pressão psicológica sempre tem, mas não teve nada claro, nada abertamente, QUE SE NÃO PAGASSE A REVISTA O DINHEIRO PARA A OBRA NÃO VIRIA".
– "O valor que nós pagamos foi pela reportagem da nova sede que foi publicada pela revista, e que foi elaborada pela nossa assessoria de imprensa".
– "O Gentil apareceu dizendo que tinha uma revista que iria destacar obras do Estado no sul, e pediu para a Acic também participar. Nós aceitamos e depois ele veio com o dono da revista, o tal Nei".
– "O preço era R$ 16 mil, à vista, mas nós negociamos por R$ 10 mil, em parcelas. Nós contribuímos porque iria falar bem do sul, e do nosso Secretário".
Tudo que não se precisa agora é colocar lenha na fogueira. E vou adiante, creio que estão muita ênfase a esses verdadeiros bandidos, como Nei e Margára. O Governo não deve mesmo dar ainda mais espaço a esses aproveitadores baratos, que alegam ter um CONTRATO TÁCITO!!!!!! Ora bolas, CONTRATO TÁCITO????????? HAHHAAHHA... Brasil, o país da piada pronta.
Volto, novamente, a repetir o meu mantra: SERÁ QUE COM TODAS ESSAS INFORMAÇÕES O TSE VAI TER A CORAGEM DE FAZER DE CONTA QUE NÃO TÁ VENDO NADA?
O anônimo das 6:11 acha que presta um serviço ao governo ao cair da tarde e ao cerrar as cortinas de mais um dia de expediente em seu PC plugado à administração. O fato é que seu comentário enumera ao menos uns três ou quatros crimes: corrupção ativa epassiva, extorsão, chantagem, formação de quadrilha... e ainda acha que bandido é só Nei e Márgara. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk pela sandice bizarra... parece raciocínio de um ex-rábula-geral que anda a procura de uma boquinha...emqualquer dos poderes...
Anônimo das 6:11 me diga uma coisa: naquela foto em que aparece a Márgara, o Governador e a Revista Metrópole sendo rabiscada por ele...você acha que era MESMO o LHS quem estava ali? Não foi uma montagem com a imagem dele? Não? Então vá estudar antes de abrir a boca.
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