quinta-feira, 24 de julho de 2008

DOS PERIGOS DA VIDA EM SOCIEDADE

[CURSINHO TIO CESAR DE AUTO-AJUDA ROMÂNTICA]

Daqui a pouco vou jantar com uma amiga. Não é fácil, para o homem casado, relacionar-se com as mulheres sem colocar em risco a instituição. Da mesma forma, não é simples para a mulher casada, ter seu círculo de amizades masculinas. Num e noutro caso esse procedimento, que deveria ser conseqüência natural da vida em sociedade, assume contornos de operação muito complexa.

É comum ouvir dos amigos do mesmo sexo piadas, advertências, gracinhas, sobre as amigas. Talvez as mulheres sejam mais cúmplices entre si, mas talvez também aconteça por lá esse certo clima de censura e velada reprovação.

É como se todo e qualquer relacionamento com mulheres fosse, automaticamente, ameaça ao casamento. Talvez até seja, em casamentos mal ajambrados, em que cada um sai à cata de alguma coisa mais divertida e interessante, louco para se livrar daquele estrupício. Ou sem o menor respeito por aquela criatura que em má hora atravessou-se em seu caminho.

Mas em casamentos que se mantém porque ainda têm razão de ser, é comum haver uma certa liberdade. E dependendo de como as criaturas vêem o mundo, ambos têm amigos de diversos gêneros. Sem que qualquer um corra algum perigo especial apenas por causa disso.

Jantar com uma amiga, numa cidade charmosa como o Rio de Janeiro, num restaurantezinho aconchegante, a milhares de quilômetros de onde a esposa talvez esteja jantando com um amigo ou com amigas ou com os filhos ou sozinha, poderia ser apenas isso. Mas aposto que vocês também estão pensando coisas. “Humm”... mãos no queixo, olhar inquisidor, “esse aí anda aprontando”...

Não é fácil para o homem casado relacionar-se com outras pessoas do sexo oposto. E é fundamental para que o casamento funcione direito, que a gente não fique isolado, amarrado e amordaçado. Conversar com amigos e amigas oxigena as idéias, amplia o repertório de assuntos e melhora a auto-estima. Logo, deve melhorar também a qualidade do relacionamento em casa.

Só espero que ela entenda que se trata de um inocente encontro de amigos e não apareça com aquele vestido, nem me abrace ao chegar com força excessiva, nem me olhe com aqueles olhos nem fique tempo demasiado segurando a minha mão. E tomara que, em nenhum momento, a gente ouça Jura Secreta. Porque, com esse conjunto de elementos inflamáveis (o problema é a soma, separadamente nem são assim tão perigosos), cessa tudo o que a antiga musa canta, porque eu quero é rosetar. Ô vida dura!

3 comentários:

Anônimo disse...

Interessante...

Anônimo disse...

Vai jantar com a Márgara? Depois conta como foi. Prá tua mulher!

Anônimo disse...

A Cesar o que é de Cesar!!!