terça-feira, 27 de maio de 2008

DR. MOREIRA INVESTIGADO

Calma, não se trata do Dr. Moreira ex-governador e presidente da Celesc. O pedido de investigação protocolado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) no Ministério Público de Santa Catarina refere-se ao Dr. Eduardo Pinho Moreira Filho.

O filho do Dr. Moreira, segundo denuncia o Sintrasem, teria sido contratado sem concurso para o Programa de Saúde da Família, da prefeitura da capital, com lotação no Posto de Saúde de Canasvieiras. E teria recebido o salário, de R$ 4,5 mil, de maio de 2006 a janeiro de 2007. Os contracheques estão anexados ao ofício pedindo a investigação.

Até aí tudo bem. Nada muito grave. O problema, o caroço, o nó da coisa, é que, segundo o Sindicato, o Dr. Moreira Filho seria um fantasma. Os servidores municipais do posto de Canasvieiras chegam a afirmar que ele nunca apareceu para trabalhar.

Como o Sintrasem não tem como investigar os indícios de fantasmagoria, pediu ao MPSC que mobilize sua equipe de “ghostbusters” (caça-fantasmas) para esclarecer o caso. Vai ver o moço é tão discreto que conseguiu ir trabalhar todos os dias sem que seus colegas o notassem.

E essa história de que os proventos eram depositados numa conta bancária de Criciúma também pode ser apenas intriga da oposição. Afinal, hoje em dia pode-se perfeitamente movimentar a conta de qualquer lugar do mundo.

Atualização da tarde: o Dr. Moreira (pai) me disse, há pouco, que os servidores do posto de Canasvieiras não conheciam seu filho pela simples razão dele estar lotado no posto do centro e, quando este fechou para reforma, no da Agronômica. Segundo ele, o filho trabalhou normalmente na prefeitura até janeiro de 2006, quando saiu para fazer a residência médica.

Um comentário:

Anônimo disse...

Filho de autoridade precisa trabalhar? O filho do Ministro das Comunicações Helio Costa ganhava salário do Senado há anos e nunca apareceu lá. Só agora, depois de uma reportagem, é que pediu demissão, com o comentário de seu pai de que “ele se demitiu por ser uma pessoa de caráter”. Pelo que sei e leio, e seguindo nossa tradição, familiares de autoridades estão isentas de terem que comparecer a qualquer repartição, a menos que uma publicação bote a boca no trombone. Aí o familiar pede demissão, por integridade e excesso de caráter. Assim funciona a república.