Parece até campanha política: as coisas são ditas sem qualquer compromisso com a verdade. Ou comprometidas apenas com meias verdades, o que, no fim, dá na mesma.
A Skol (Ambev), querendo aparecer como empresa preocupada com o meio ambiente, lança o litrão de cerveja, em embalagem de vidro retornável. Tá escrito nas propagandas (o que, para todos os efeitos, equivale a um contrato) e no rótulo.
Supermercados como o Angeloni, na contramão dos cuidados com o ambiente, recusam-se a montar uma estrutura para receber os cascos usados na troca por novos. A história da tal embalagem retornável, vai, na prática, por água a baixo.
O cliente, com cara de tacho e se sentindo um palhaço, bate com a cara e com os cascos vazios, na porta do supermercado. E aí vai atrás de alguma explicação da Skol (Ambev). Que, tal e qual os políticos apanhados com as calças na mão, não diz nada. Faz que não é com ela. Nem pensa em brigar com o Angeloni e com outros estabelecimentos que, além de inundar o mundo com sacolinhas plásticas, não querem saber de ajudar na reciclagem de nada.
Estão, os supermercados que nos exploram e ao ambiente e a dona Ambev (poderosíssima, dona até da Budweiser, um ícone dos EUA) na contramão da tendência mundial. E aposto que nos mercados europeus, onde retornar a embalagem é comum e obrigatório, eles se comportam direitinho. Aqui, como parece que ainda acham que é a casa da Mother Joan, a gente é tratado dessa forma desrespeitosa. E o ambiente, ora, o ambiente que se ferre, impermeabilizado pelas sacolinhas de plástico e atulhado de embalagens produzidas a mais, porque faltou sensibilidade, interesse e respeito para montar um esquema eficiente de retorno e reciclagem.
Em tempo: no Paraná, o secretário do Meio Ambiente entrou no circuito, cobrando da Ambev uma posição. A empresa teve que se mexer, pra dar uma conseqüência prática à história e fugir da acusação de propaganda enganosa. Aqui, com o presidente da Fatma preocupado em liberar seu dinheirinho na PF, com os fiscais preocupados em se defender dos processos e o governador arrumando as malas para nova viagem à Europa, é evidente que nenhuma providência virá do poder público.
Os anos 90 foram uma seca
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Politicamente falando, os anos 90 foram uma grande chatice porque se deixou
de ler história. Esquecemos que se a democracia era a voz do povo, então o
po...
Há 3 horas
2 comentários:
Tio César,
Pra aturar o Dário e o Luiz Henrique só bebendo de litro!
Tomara que eles sejam "não retornáveis"!
Ainda bem que não ingiro Skol, mas não é só o Angelino que não aceita o casco vazio. Alguns grandes supermercados da capital também não estão aceitando.
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