OK, já sabemos que o eleitor não liga pra isso, mas não custa dar mais alguns murros na ponta dessa faca. Ou nesse ferro frio: dos 30 prefeitos eleitos no segundo turno, 22 têm ações na Justiça. Apenas quatro, dos 26 eleitos nas capitais, não estão respondendo a nenhum processo.
Tá certo que tem alguns processos que são menos graves. Há inclusive aqueles que os adversários é que começam, só pra dizer que o prefeito ou o candidato deve alguma coisa.
Mas há aqueles de improbidade, que em geral só são abertos quando há indícios fortes. Como disse o juiz Paulo Henrique Machado, secretário-geral da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), “A Justiça não recebe uma ação dessa natureza sem o mínimo de evidências”.
Ou seja, teria sido melhor se o eleitor prestasse atenção nisso e evitasse dar um cheque em branco pra quem ainda não provou se sabe lidar com o dinheiro dos outros.
Segundo o site Congresso em Foco, que anda mexendo nesse abelheiro, nas capitais o mais processado é o ex-governador do Maranhão, João Castelo (PSDB). Mas Santa Catarina não tem do que se envergonhar. O prefeito Dário Berger, com sua dúzia de processos, está bem colocado nesse ranking das pendências. Na verdade, parece que, de improbidade mesmo, são apenas cinco, os processos.
A grande jogada nas campanhas, agora, é dizer que é “baixaria” sempre que alguém tenta mostrar um quadro como esse. E de “acusação infundada” qualquer tipo de denúncia, por mais fundamentada que seja. Alguém botou na cabeça do eleitor que, se o candidato diz que é bonzinho, ele é bonzinho mesmo.
Graus de dissidência: Em democracia não cabem as utopias.
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Adam Michnik
En democracia no caben las utopías ni resultan funcionales los rigores
éticos del luchador antitotalitario; otra cosa es que se recurra a ello...
Há 15 horas
3 comentários:
Já se disse e é mais que óbvio, No Brasil a maioria dos votantes não lê jornal, mas limpa a B* com ele. Daí que nenhuma informação afeta uma decisão, especialmente se tiver algum favorzinho por baixo.
E também tem a onda do "tapetão". Agora, na nova língua fabioveigana, buscar o socorro da Justiça para estancar ilegalidades é levar o "jogo" para o "tapetão". É preciso lembrar que quando alguém diz que o Judiciário é tapetão, na verdade diz que seus juízes são parciais. Será que não há um único magistrado capaz de defender o judiciário? Ou o silêncio da magistratura é concordância?
Mas também a dona Justa não julga nunca !
Inocenta o Jujú e não condena o Dáriomoedaverde !
Coincidência que nas regiões da cidade com mais irregularidades a votação do Moeda Verde foi mais expressiva, não ?
Desanimador !
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