Vocês são testemunhas que, de vez em quando, chamo a atenção para o perigo das generalizações. Isso de dizer que “político é tudo ladrão” não é comigo. Sei bem que assim como são as pessoas, são as criaturas: um é um, outro é outro.
Mas os políticos vivem fazendo força pra gente esquecer isso e achar mesmo que são todos iguais. Basta sentirem-se desconfortáveis ou acusados de alguma coisa, que a saída mais fácil é tentar desqualificar o acusador.
Desde os tempos do mensalão que ninguém mais se preocupa em mostrar pros idiotas dos eleitores, nem pros imbecis dos contribuintes, que agem corretamente e que são do bem. A única defesa, parece, é o ataque.
Já disse aqui inúmeras vezes e repito: o fato do acusador ser um criminoso, não absolve o acusado automaticamente. A rigor, uma coisa não tem a ver com a outra.
Vejam só este caso do processo que pede a cassação de LHS: ontem um deputado “da base” foi para a tribuna da Assembléia tentar enxovalhar a honra do advogado que propôs a ação. Disse que ele teria recebido umas horas extras indevidas da Celesc.
Vamos admitir que seja verdade. Em que isso alivia para o lado do LHS? Nada. Nadica de nada. Digamos que a tal irregularidade apontada seja transformada num processo, que o advogado seja condenado e tenha que devolver o dinheiro. Em que isso muda a situação do processo do LHS? Em nada.
E, com essa acusação ao acusador, o eleitor do LHS ficará mais tranqüilo? Decerto acham que a gente vai pensar: “ah, bom, se o advogado de lá cometeu algum ilícito, então LHS é inocente do que lhe acusam”.
Esse filme é velho. Já passou um monte de vezes. E tá cada vez pior.
Em tempo: o advogado Gley Sagaz disse que vai levar o deputado à barra dos tribunais: “Crime contra a honra não tem imunidade parlamentar”.
Portugal: o problema do 25 de Novembro.
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Há 13 horas
2 comentários:
Assisti pela TVAL na internet. Lembrou episódios da política josefense recente.
Falácia de "argumentum ad hominem". É demais exigir que estas zebras conheçam esse tipo de coisa.
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