O ANO PROMETE

O ano tá começando mais cedo, mas parece que apesar do Carnaval já ter-se ido, não falta animação, frevo e muita gente pulando.

A história dos cartões tem todos os ingredientes para agitar o primeiro semestre. E depois, as campanhas eleitorais municipais e seus reflexos vão se encarregar de manter a temperatura elevada.

Só acho que, nesta hora, é bom ter bem claro que, assim como Nelson Rodrigues dizia que “toda unanimidade é burra”, é possível afirmar que “toda generalização é burra... ou mal intencionada”. Digo isso porque, quando o debate fica muito acirrado, é comum cair na tentação de estender a todos aquilo que é feito por alguns (ou muitos).

Outro dia ouvi alguém chamar, na TV, os deputados, indistintamente, de “malandros”. Acho que foi o próprio Lula, no século passado, que disse que a Câmara era composta por “300 picaretas”. E agora, qualquer despesa paga por servidor público passou a ser “desperdício”. É, se for de fato irregular. Mas talvez haja (eu sou um homem de fé) quem use corretamente os meios de pagamento colocados à disposição.